Vereador Silvinho Martins no Folha no Ar desta terça

 

(Arte: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Vereador governista, Silvinho Marins (MDB) é o convidado do Folha no Ar desta terça (29), ao vivo, a partir das 7h da manhã, na Folha FM 98,3.

Silvinho falará sobre a nova composição da Câmara Municipal de Campos, a partir (confira aqui) da reforma administrativa da Prefeitura. E analisará os primeiros 100 dias do governo Wladimir Garotinho 2.

Por fim, com base nas pesquisas, tentará projetar as eleições de 6 de outubro de 2024 a presidente (confira aqui, aqui, aquiaqui e aqui), governador (confira aqui e aqui), senadores (confira aqui) e deputados federal e estadual.

Quem quiser participar ao vivo do Folha no Ar desta terça poderá fazê-lo com comentários em tempo real, no streaming do programa. Seu link será disponibilizado alguns minutos antes do início, nos domínios da Folha FM 98,3 no Facebook e no YouTube.

 

Wladimir a deputado federal e Rodrigo a governador?

 

Presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar é pré-candidato a governador e o prefeito Wladimir Garotinho, a deputado federal (Foto: Divulgação)

 

 

Wladimir a deputado e Rodrigo a governador?

É quase certo que o prefeito Wladimir Garotinho (PP) sairá do cargo até 4 de abril de 2026. É possível que o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União), assuma o governo do estado até a mesma data. Wladimir hoje tem mais chance de concorrer a deputado federal em 4 de outubro de 2026. Rodrigo, sobretudo se já no cargo, seria candidato a governador.

 

Vice de Paes ou apoio a Rodrigo?

Wladimir tem outros cenários à vista. Mantém aberta a porta para vice do prefeito carioca Eduardo Paes (PSD) a governador. Como para apoiar Rodrigo ao mesmo cargo. Nesta possível parceria eleitoral entre os dois maiores políticos de Campos da sua geração, o município teria investimentos estaduais. Como teve enquanto durou a pacificação entre Garotinhos e Bacellar.

 

Opções de Rodrigo

Com ou sem apoio de Wladimir, Rodrigo tem também outras opções. Pode tentar ser deputado federal ou se reeleger a estadual. Embora não pudesse se candidatar numa 2ª reeleição a presidente da Alerj, nela manteria muito poder. Ou pode virar conselheiro no Tribunal de Contas do Estado (TCE) do RJ, seu objetivo antes de subir o sarrafo a governador.

 

Quem senta na cadeira de Castro?

A vaga de conselheiro do TCE-RJ hoje pode ter outra finalidade a Rodrigo. Serviria para ofertar ao vice-governador Thiago Pampolha (MDB). Para que este abrisse vaga ao presidente da Alerj assumir a cadeira de governador. Da qual Cláudio Castro (PL) também sairá até 4 de abril de 2026, para concorrer seis meses depois a senador ou deputado federal.

 

Lados A e B de Pampolha

Como a coluna revelou (confira aqui) em 12 de março: “Quem conhece a política fluminense, mas trabalha na oposição a Bacellar, diz que Pampolha é a encarnação da marchinha ‘Daqui não saio, daqui ninguém me tira’. Quem conhece a política fluminense e trabalha com Bacellar, aposta que o vice-governador só está valorizando o passe”. Hoje, a aposta maior é na segunda opção.

 

Paes com Lula ou Tarcísio?

Até as candidaturas serem homologadas nas convenções partidárias entre julho e agosto de 2026, tudo serão especulações. E há várias nos bastidores. Há quem, por exemplo, aposte que Paes não seria candidato a governador em apoio nacional a Lula. Mas à eventual candidatura presidencial de Tarcísio de Freitas (REP), atual governador de São Paulo.

 

Rejeição a Lula no RJ

Todas as pesquisas estaduais de 2025, como das eleições municipais de 2024 no RJ, apontam que Lula hoje tem uma aprovação entre o eleitor fluminense consideravelmente menor que a do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Isso seria um empecilho a Paes. Que teria que esconder o presidente candidato à reeleição na sua campanha a governador.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

A variável Kassab (I)

O governador de São Paulo tem entre seus maiores aliados Gilberto Kassab. Que é presidente nacional do PSD e secretário de Governo de Tarcísio. Se este concorresse a presidente, certamente teria o apoio de Kassab. O que, até partidariamente, levaria Paes pelo mesmo caminho. Em apoio a um presidenciável com rejeição menor do que Lula entre o eleitor do RJ.

 

A variável Kassab (II)

Por outro lado, na correlação entre as eleições estaduais e nacional, há quem aposte que Kassab trabalha para que Tarcísio se candidate à reeleição como governador de São Paulo. Em que, hoje, é considerado franco favorito. E com Kassab de vice. Da qual sairia para tentar se reeleger governador já sentado na cadeira em 2030, quando Tarcísio sairia a presidente.

 

No RJ, Flávio e quem ao Senado?

No RJ, o caminho de Castro ao Senado pode não ser tão fácil quanto apontam as pesquisas, que hoje o colocam em 2º lugar na corrida. Se ninguém discorda que Flávio Bolsonaro (PL) é favorito à reeleição ao Senado, na 1ª das duas cadeiras fluminenses em 2026, a disputa real pela 2ª também pode guardar surpresas. E elas podem sair de onde menos se espera.

 

Bené e Crivella ao Senado?

Caso Tarcísio não se lance agora a presidente, a aliança de Paes com Lula poderia trazer ao Senado no RJ não só a hoje deputada federal Benedita da Silva (PT), 3ª colocada nas pesquisas, mas também Marcelo Crivella (REP). Ex-adversário figadal de Paes, que tirou Crivella da Prefeitura do Rio em 2020, as conversas entre os dois estão abertas em 2025 para 2026.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Crivella, Kassab e Tarcísio em Dilma

Paes se lançaria a governador com dois nomes a senador: Benedita, sua cota na aliança com Lula; mas para tentar driblar a rejeição deste no RJ, também Crivella. Que, antes de o bolsonarismo capturar o eleitorado neopentecostal em 2018, já foi ministro da Pesca de Dilma Rousseff (PT). De quem Kassab foi ministro das Cidades e Tarcísio, diretor-geral do Dnit.

 

Bolsonaro mira Senado contra STF

Há mais dificuldades à candidatura de Castro a senador. Com a possibilidade de condenação e prisão de Bolsonaro, réu por tentativa de golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF) e já inelegível até 2030, o bolsonarismo passou a ter como objetivo crescer sua bancada e tentar chegar à presidência no Senado. Que é onde o STF pode ser constitucionalmente enfrentado.

 

Flávio, Eduardo e Michelle ao Senado?

Bolsonaro pode achar que Castro não tem perfil, se senador, para encarar um ministro do STF como Alexandre de Moraes. Para isso, além de Flávio no RJ, o ex-presidente pode lançar seu filho 03, Eduardo (PL), senador em São Paulo; e a esposa, Michelle (PL), senadora em Brasília. Isso caso nenhum deles se arrisque a presidente, ou vice numa chapa encabeçada por Tarcísio.

 

União com PP favorece Rodrigo

Aliado de Castro, enquanto também busca o apoio de Bolsonaro, Rodrigo tem a curto prazo outro trunfo em sua pré-candidatura a governador: nesta terça (29), seu União e o PP de Wladimir têm marcada em Brasília a oficialização da Federação dos dois partidos. Que reunirá não só a maior bancada federal, mas também mais de 1/3 de todos os prefeitos fluminenses.

 

Publicado hoje na Folha da Manhã.

 

Do céu ao purgatório, a tragédia como ethos do Botafogo

 

(Imagem: Reprodução de TV)

 

Este blog tem um grupo de WhatsApp que divide com o programa Folha no Ar. Composto de lulopetistas, bolsonaristas e nem-nem, sua moderação dá um certo trabalho nestes tempos de bipolaridade política. Ainda assim, é tido como um dos mais conceituados da cidade e região. Rende pautas e alguns debates interessantes.

Nesse grupo, na manhã de hoje, um amigo botafoguense aparentemente jogou a toalha por conta da atuação ruim do seu time na noite de ontem. Em que até o bom goleiro John falhou bisonhamente no gol do argentino Estudiantes de La Plata, que deu números finais ao placar. Ao que respondi com um texto sincero, mas um pouco mais longo, que reproduzo abaixo:

 

O empresário estadunidense John Textor, Pai Provedor do Glorioso (Foto: Botofogo)

 

Sempre tive simpatia pelo Botafogo, por conta das histórias sobre Garrincha, Didi e Nilton Santos que meu pai me contava. E aprendi terem composto, ao lado do Santos de Pelé, Zito e Pepe, a fase de ouro do futebol brasileiro. O sentimento se reforçaria com a leitura de “Nunca houve um homem como Heleno”, de Marcos Eduardo Neves.

Em 2023, torci sinceramente para o Botafogo sair da fila no Brasileirão. Assim como para o Fluminense do meu pai (confira aqui) na Libertadores daquele ano. E, com o primeiro, pude sentir na pele a frustração com uma das maiores pipocadas da história do mesmo futebol brasileiro.

Na sequência, após o Botafogo golear por 4 a 1 um Flamengo todo desfalcado no Brasileiro de 2024, a arrogância de parte da sua torcida — como a do flamenguista médio, só que com menos títulos e torcida — me irritou bastante. E, sem a minha azarada torcida pessoal, que deu sorte ao Fluminense, vi o Botafogo ser campeão com merecimento (confira aqui) do Brasil e da América do Sul. Pelo que liguei a alguns botafoguenses, para cumprimentar e reconhecer a façanha.

Tenho muita desconfiança dos que defendem a inexorabilidade das SAFs no futebol de clubes. Sinceramente, não sei se estão certos. Mas sempre vou preferir o sistema dos clubes em que os sócios votantes impõem freios, contrapesos e consequências às decisões do comando do futebol. Como Leila no Palmeiras ou Rodolfo Landim no Flamengo, onde a condução errática das molecagens de Gabigol rendeu a eleição da oposição a presidente.

A todos os botafoguenses que liguei para saudar pelos títulos de 2024, frisei que aquele time tinha dois craques: Almada e Luiz Henrique. Não sei se nenhum deles contou a John Textor, estadunidense a encarnar nosso messianismo lusitano de Dom Sebastião. Mas o fato é que o gringo vendeu os dois jogadores, não quis pagar o que o luso Artur Jorge pediu e o resultado está aí. Exposto em 2025 como o dente perdido pelo argentino Barboza. E não há o que o clube possa fazer sobre as decisões do seu Pai Provedor.

Não tenho argumento racional à constatação de muitos botafoguenses, de que, sem o dinheiro de Textor, o Glorioso não teria como reencontrar seu tempo de glória. Mas, como lembrou o Cristo, toda moeda tem duas faces. Particularmente, creio que o equilíbrio entre a arrogância catártica de 2024 e a desesperança presente de 2025 seria mais salutar. Mas, vendo de fora, reconheço que a tragédia, no sentido grego, faz parte do ethos do Botafogo.

 

Papa com nome a quem Cristo pediu: “Conserta minha Igreja!”

 

Em 27 de março de 2020, no auge da pandemia da Covid, o Papa Francisco caminhou e celebrou sozinho uma missa na praça de São Pedro vazia

 

 

Novo Papa conservador ou progressista?

A morte do Papa Francisco, na segunda, consternou o mundo. Que, em sua bipolaridade política, passou a debater se o sucessor do Trono de Pedro será progressista ou conservador. Como foi outro Papa muito popular, João Paulo II, polonês e um dos responsáveis pela queda do socialismo ateu na Europa, com a queda do Muro de Berlim em 1989.

 

“Conserta minha Igreja, Francisco!”

Em sua Argentina natal, até hoje se discute se Jorge Mario Bergoglio seria politicamente progressista ou conservador. O fato é que, quando se tornou Papa e adotou o nome Francisco, em 2013, ele adotou implicitamente a revelação de outro Francisco. O italiano de Assis, a quem Jesus apareceu no século 13 e pediu: “Conserta minha Igreja, Francisco!”

 

Coragem com bom humor

Ao encarar os escândalos financeiros do Banco do Vaticano e os de pedofilia que assombravam a Igreja Católica no início do século 21, Francisco abraçou a missão. Na qual misturou coragem com humildade e um traço que talvez o distinga de todos os seus antecessores: o bom humor. Como se distinguiu ao falar sério quando pregou o acolhimento da Igreja aos homossexuais.

 

Exemplo do Cristo

Desde João XXIII e seu Concílio Vaticano II, nos anos 1960, que permitiu que as missas católicas fossem celebradas na língua de cada país, Francisco foi o Papa mais reformador. Na missa que rezou sozinho na Praça de São Pedro, em 27 de março de 2020, no auge da pandemia da Covid, ele talvez não tenha consertado a Igreja do Cristo. Mas foi o seu melhor exemplo.

 

Publicado hoje na Folha da Manhã.

 

Nova pesquisa Paraná traz retrato ruim à reeleição de Lula

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

 

Lula em fase ruim à reeleição

O presidente Lula (PT) apareceu ontem (confira aqui) atrás do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), inelegível até 2030, nas consultas espontânea e estimulada da nova pesquisa Paraná. À frente dos opositores elegíveis no 1º turno, Lula perderia no 2º turno. Não só para Jair, como para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (REP).

 

Dados da pesquisa

A pouco mais de 1 ano e 5 meses da urna presidencial de 4 de outubro de 2026, a pesquisa Paraná foi feita entre 16 e 19 de abril. E ouviu 2.020 eleitores de todos os 26 estados brasileiros e Distrito Federal, com margem de erro de 2,2 pontos para cima ou para baixo.

 

Na espontânea

Na consulta espontânea, mesmo inelegível e réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro liderou com 18,2%. Ele ficou no empate técnico com Lula, com 17,2%. Em 3º lugar, Tarcísio teve 1,6%, com todos os demais abaixo de 1 ponto de intenção. Os 53,5% que disseram não saber em quem votarão revelam uma eleição aberta.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Na estimulada

Na consulta estimulada, Bolsonaro liderou fora da margem de erro na disputa do 1º turno contra Lula, por 38,5% a 33,3%. O petista ficou à frente, mas em empate técnico contra Michelle, por 33,7% a 31,7%. Lula liderou fora da margem de erro só no 3º cenário ao 1º turno, contra Tarcísio, por 34,0% a 27,3%.

 

Atrás de Jair, Michelle e Tarcísio no 2º turno

As piores projeções à reeleição de Lula, no entanto, ficaram nas simulações da pesquisa Paraná ao 2º turno. No qual, fora da margem de erro, o presidente perderia não só para o antecessor inelegível, por 40,4% a 46%; mas também para Michelle, por 41,0% a 45,0%. Embora em empate técnico, Lula ficou atrás também de Tarcísio ao 2º turno: 40,6% a 43,4%.

 

Acefalia à esquerda e à direita

Na acefalia narcisista das redes sociais, a pesquisa gerou questionamentos dos lulopetistas. Que já tinham questionado as pesquisas de 2018, quando Bolsonaro se elegeu presidente. Tal e qual os bolsonaristas em 2022, quando Lula se elegeu. Politicamente antagônicos, são muito semelhantes na incapacidade cognitiva de aprender com os próprios erros.

 

Publicado hoje na Folha da Manhã.

 

Com interdição de plataformas, problemas de caixa a Campos?

 

Plataformas P-53, na sexta, e PCH-1, na segunda, interditadas na Bacia de Campos (Montagem: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

 

Wladimir: “Campos terá problema de caixa”

O município de Campos terá problemas de fluxo de caixa nos próximos meses? Foi o que o prefeito Wladimir Garotinho (PP) disse (confira aqui) na segunda (21). O motivo seriam problemas em duas plataformas na Bacia de Campos: P-53, interditada (confira aqui) na sexta (18) pela ANP, e PCH-1 (ou Cherne 1), que teve (confira aqui) um incêndio e deixou 32 petroleiros feridos na mesma segunda.

 

Queda do barril de petróleo

A causa seria também o tarifaço do presidente dos EUA, Donald Trump, que puxou o preço do barril de petróleo para baixo no mercado internacional. Também presidente da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), Wladimir foi endossado pelo secretário executivo do órgão, Marcelo Neves.

 

Questionamentos ao prefeito

Ao blog Opiniões, o presidente e o secretário da Ompetro explicaram na segunda que o problema principal para Campos com as plataformas era na P-53. No entanto, a associação no mesmo dia com o incêndio na Cherne 1, que tem pouco impacto na arrecadação de royalties, viralizou questionamentos a Wladimir nas redes sociais.

 

Explicações (I)

“A principal plataforma de produção (a P-53) da nossa Bacia foi interditada pela ANP na sexta. E hoje (na segunda) tivemos um acidente em outra plataforma (a PCH-1 ou Cherne 1). Isso, somado ao tarifaço de Trump, fez o preço do barril Brent (petróleo cru) despencar abaixo dos US$ 60”, disse o prefeito e presidente da Ompetro.

 

Explicações (II)

“Dos dois incidentes, o que mais nos impacta é a interdição da P-53. Se ficar paralisada por um mês, pode impactar nossos royalties em cerca de 15%. O Brent já vem caindo, em decorrência do tarifaço de Trump. O impacto financeiro se dará a partir de junho, pois os repasses ocorrem dois meses após a produção”, projetou o secretário executivo da Ompetro.

 

Análise do especialista (I)

“Para os municípios produtores, a queda na cotação do barril de petróleo já geraria um cenário preocupante. Uma perspectiva de desaceleração econômica vai adicionar um aperto ainda maior. Com esses episódios na Bacia de Campos, as projeções parecem mesmo preocupantes”, advertiu à coluna Igor Franco, especialista em finanças e professor do Uniflu/FDC.

 

Análise do especialista (II)

“Os incidentes nas duas plataformas, especialmente a P-53, no Campo de Marlim Leste, terão impactos nas receitas de petróleo em Campos. Afinal, Marlim Leste foi responsável por 2,13% da produção total da mesma bacia em fevereiro deste ano e o município de Campos é um importante produtor”, explicou à coluna o economista Alcimar Ribeiro, professor da Uenf.

 

Publicado hoje na Folha da Manhã.

 

Lula atrás de Bolsonaro no 1º turno e de Michelle e Tarcísio no 2º

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

O presidente Lula (PT) está atrás do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), inelegível até 2030, nas consultas espontânea e estimulada da pesquisa Paraná divulgada na manhã de hoje. À frente dos nomes elegíveis da oposição ao 1º turno presidencial, Lula ficou atrás em todas simulações da pesquisa ao 2º turno. Não só de Jair, mas da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e do governador de SP, Tarcísio de Freitas (REP).

A pouco mais de 1 ano e 5 meses da urna presidencial de 4 de outubro de 2026, foi o cenário apresentado pela nova pesquisa do instituto Paraná. Que foi feita entre 16 e 19 de abril, com 2.020 eleitores de todos os 26 estados brasileiros e Distrito Federal, com margem de erro de 2,2 pontos para cima ou para baixo.

Espontânea — Na consulta espontânea, em que o eleitor fala da própria cabeça em quem vai votar, mesmo inelegível e réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro liderou com 18,2%. Ele ficou no empate técnico com Lula, com 17,2% de intenção. Em 3º lugar, Tarcísio teve 1,6%, com todos os demais abaixo de 1 ponto de intenção. A maioria dos 53,5%, que disseram não saber em quem votarão, revela uma eleição aberta.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Estimulada contra Bolsonaro, Michelle e Tarcísio — Na consulta estimulada, em que os nomes dos possíveis candidatos são apresentados ao eleitor, Bolsonaro liderou fora da margem de erro no 1º cenário ao 1º turno, com 38,5% contra 33,3% de Lula. Este ficou à frente de Michelle, mas em empate técnico no 2º cenário, por 33,7% a 31,7%. O petista liderou fora da margem de erro só no 3º cenário, contra Tarcísio, por 34,0% a 27,3%.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Atrás de Bolsonaro, Michelle e Tarcísio no 2º turno — As piores projeções à reeleição de Lula, no entanto, ficaram nas simulações da pesquisa Paraná ao 2º turno, agendado para 25 de outubro de 2026. No qual, fora da margem de erro, o presidente hoje perderia não só para o antecessor inelegível, por 40,4% a 46%; mas também para Michelle, por 41,0% a 45,0%. Embora em empate técnico, o petista ficou numericamente atrás também de Tarcísio ao 2º turno: 40,6% a 43,4%.

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

(Infográfico: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

William Passos, geógrafo com especialização doutoral em estatística no IBGE

Análise do especialista — “A Paraná testou sete cenários com entrevistas presenciais. Com Jair Bolsonaro, caso as eleições fossem hoje e o ex-presidente pudesse se candidatar, ele lidera tanto no 1º turno, por 38,5% contra 33,3% de Lula, quanto num eventual 2º turno: 46,0% contra 40,4% de Lula. Já a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro, perderia para Lula no 1ºturno, por 31,7% a 33,7%; mas venceria o venceria no 2º turno, por 45,0% a 41,0%. Como o governador de São Paulo, Tarcísio de Feitas, atrás de Lula no 1º turno, por 27,3% a 34,0%; mas à frente num eventual 2º turno, por 43,4% a 40,6%”, resumiu William Passos, geógrafo com especialização doutoral em estatística no IBGE.

 

Renda do petróleo vai cair com problemas em plataformas e Trump

 

Interdição das plataformas P-53, na sexta, e PCH-1, hoje, junto ao tarifaço de Trump, trarão problemas de caixa para Campos e demais municípios produtores de petróleo a partir de junho (Montagem: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

“Teremos problemas de fluxo de caixa nos próximos meses”. É o que projeta para Campos o prefeito Wladimir Garotinho (PP). Ele deu as causas do tempo de vacas magras que avizinha. Que, segundo o secretário executivo da Ompetro, Marcelo Neves, deve começar a ser sentido em junho.

— A principal plataforma de produção (a P-53, primeira no Campo de Martim Leste) da nossa Bacia foi interditada pela ANP (confira aqui) na sexta (18). E hoje tivemos um acidente (confira aqui) em outra plataforma (a PCH-1 ou Cherne 1). Isso, somado ao tarifaço de Trump, fez o preço do barril Brent (petróleo cru) despencar abaixo dos US$ 60 dólares — disse Wladimir.

— Dos dois incidentes, Martim Leste interditada pela ANP na sexta e a explosão hoje na Cherne, a que mais nos impacta é primeira. Que, se ficar paralisada por 1 mês, pode impactar nossos royalties em cerca de 15%. Cherne tem uma produção muito pequena, inferior a 1% se ficar paralisada o mês inteiro — contabilizou Marcelo Neves, secretário executivo Ompetro.

— A produção é apenas um dos itens no cálculo dos royalties, como a cotação do Brent e a cotação do dólar, entre outras variáveis de cálculo. O Brent já vem caindo nas últimas semanas, em decorrência do tarifaço de Donald Trump. O impacto financeiro dessas ocorrências se dará a partir de junho, pois os repasses ocorrem 2 meses após a produção — projetou o secretário executivo da Ompetro.