Cultura de Campos, daqui a pouco, no Folha no Ar

Como no “Cantos” (aqui), outro blog do qual participo, as discussões extrapolaram a poesia (tema daquele espaço) e se estenderam sobre toda a Cultura de Campos, a partir dos questionamentos do ex-gerente municipal de Cultura Deneval Siqueira de Azevedo Filho e dos esclarecimentos do atual secretário de Cultura Orávio de Campos, achei por bem reproduzir também aqui o importante debate, que se ampliará daqui a pouco, a partir das 16h, quando junto ao também jornalista Rodrigo Gonçalves, estarei entrevistando Orávio no programa Folha no Ar, com transmissão ao vivo pela Plena TV, TV Litoral, Rádio Continental e Folha Online.

  

Cultura de Campos: passado, presente e futuro

Por aluysio, em 21-10-2009 – 14h33

 

Deneval e Orávio, respectivamente em fotos de Silésio Corrêa e Hugo Prates (Folha da Manhã)
Deneval e Orávio, respectivamente em fotos de Silésio Corrêa e Hugo Prates (Folha da Manhã)

 

Num comentário ao post ‘Ex-presidente da FCJOL fala sobre FestCampos’ (aqui), o ex-gerente de cultura de Campos, professor Deneval Siqueira de Azevedo Filho, não só endossou as críticas de Luciana Portinho, relativas ao tardio FestCampos de Poesia Falada e à inatividade do Conselho Editorial da Fundação, como as estendeu ao Café Literário, ao curso de cinema com a UFF, ao Pólo de Cinema de Campos e ao Prêmio Alberto Ribeiro Lamego, realizações culturais da gestão municipal anterior, que acusa terem sido abandonadas na atual. Além de disponibilizar o espaço do blog à manifestação do atual presidente da FCJOL, Avelino Ferreira, e ao secretário de Cutura Orávio de Campos, a este último enviei um e-mail pessoal, reforçando a abertura de espaço às respostas que julgasse devidas. Como Orávio, democraticamente, me respondeu, tomo a liberdade de reproduzir abaixo seu e-mail, logo após a repodução das críticas do Deneval, para que o leitor faça seu juízo livremente, sobre o passado, o presente e possibilidades de futuro para a cultura de Campos: 

 

 Deneval:

Apesar de sabermos que a atual gestão da FCJOL carece de pessoas capacitadas para a formatação de um projeto cultural, o mais grave é o revanchismo de não dar continuidade aos projetos que, já com bastante tradição, vinham se consolidando. O mesmo aconteceu com o tradicional Café Literário, O Curso de Cinema, a parceria com a UFF, O Polo de Cinema de Campos, o Prêmio Alberto Ribeiro Lamego, e muitos outros eventos importantes como a editoração de obras. A verdade é que não sabem trabalhar e sofrem daquilo que Harold Bloom chama de Síndrome do Ressentimento. É um descaso enorme com os rumos que vinha tomando a cultura em Campos. E o Conselho Municipal de Cultura? Não se reúne mais. São fatos contundentes que comprovam a “burrice” da administração atual. Sim, porque ingenuidade não é!

 

Orávio:

1) Com a criação da Secretaria Municipal de Cultura, houve a necessidade de mudar a lei 7.919, adaptando-a às necessidades atuais. A Câmara aprovou a mudança no último dia 8 e foi sancionada pela Prefeita Rosinha Garotinho, conforme publicado no DO de 16 do corrente. Falta agora a nomeação oficial dos atuais titulares e suplentes eleitos na Conferência Municipal de Cultura. Está por pouco…

2) O Café Literário não voltará ao Palácio da Cultura, por questões técnicas. Estamos conversando com Benedito Marques, provedor da Santa Casa; e o programa poderá ser reestruturado, em termos de saraus, no salão nobre do Hotel Gaspar, no centro da cidade, onde pretendemos sediar nossa Escola de Música e de Balé.

3) Quanto ao curso de cinema, a municipalidade, no momento, vai apoiar o que Zé Luiz está programando na UFF. Na nossa conta ficará algo parecido com o Festival do Minuto, um misto de cinema (vídeo) documentário. Pensamos numa mostra reunindo o pessoal das universidades.

4) A questão do pólo vai (por ser matéria aprovada pelo Conselho, em sua gestão anterior), acreditamos que a decisão ficará na primeira pauta, ainda este ano (esperamos), juntamente com a criação do Fundo Municipal de Incentivo à Produção Cultural, assunto inserido na própria lei.

5) O Prêmio de Cultura Alberto Lamego, versão 2009, também será definido pelo Conselho Municipal de Cultura, a quem caberá estudar a forma mais correta e democrática para escolha do intelectual a ser destacado.

Abraços do Orávio de Campos”

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