Quatro anos da morte de Manzarek, tecladista da poesia de Morrison no The Doors

 

Ray Manzarek

 

 

Manzarek e Morrison nos tempos do The Doors

 

 

Coisas do Facebook. Só agora há pouco, numa postagem feita aqui pelo músico e amigo Nelson Memeia, soube da morte, de Ray Manzarek, tecladista da banda The Doors (1965/71). Na verdade, ele faleceu desde 20 de maio de 2013, mas como só tomei conhecimento hoje do fato, mesmo com quatro anos de atraso, o sentimento de perda é presente. Sou de uma geração que passou a conhecer mais o lendário conjunto de rock estadunidense a partir do filme “The Doors” (1991), de Oliver Stone, com Val Kilmer em interpretação viceral do cantor, poeta e band leader Jim Morrison (1943/71).

Morto em Paris, aos 27 anos, Morrison reforçou o mito das lendas do rock mortas nessa idade emblemática, tradição aberta por Jimi Hendrix (1942/70) e Janes Joplin (1943/70), e que depois seria também seguida por Kurt Cobain (1967/94), do Nirvana. No filme de Oliver Stone, que merece ser visto e revisto, o papel de Mazarek coube ao ator Kyle MacLachlan.

Por conta do filme, virei fã da música do The Doors, que marcaria profundamente minha juventude. Além da trilha sonora da transição à maturidade, o batismo da banda, a partir do livro de ensaios “As portas da percepção” (1954), que o escritor britânico Aldous Huxley escreveu sobre os efeitos da mescalinha e sob influência do poeta místico William Blake (1757/1827), outro inglês, serviu também para ampliar meu conhecimento literário.

“Try now we can only lose/ And our love become a funeral pyre” (“Tente agora, nós só podemos perder/ E nosso amor será uma pira funerária”), “We chased our pleasures here/ Dug our treasures there/ But can you still recall/ The time we cried” (“Nós perseguimos nossos prazeres aqui/ Escondemos nossos tesouros ali/ Mas você pode ainda recuperar/ O tempo que nós choramos”) e “Are you a lucky little lady in the City of Light/ Or just another lost angel?/ City of Night” (“Você é uma mocinha de sorte na Cidade da Luz/ Ou só mais um anjo perdido?/ Cidade da Noite”) foram versos de Morrison que, com o teclado de Manzarek ao fundo, fizeram e fazem parte da minha vida.

Abaixo como despedida quatro anos adiada e cartão perene de boas vindas, as três músicas que escreveram poesia em meus dias, e no de tanta gente mundo afora:

 

 

 

 

 

 

 

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Este post tem 2 comentários

  1. Sandra Maria Teixeira dos Santos

    “Meus heróis morreram todos…”

    1. Aluysio Abreu Barbosa

      Cara Sandra,

      Manzarek morreu aos 74 anos de câncer biliar. Em relação à causa mortis do verso de Cazuza, como médica, imagino que saiba a diferença.

      Abç e grato pela chance da ressalva!

      Aluysio

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