Das hiprocrisias que se criam em Campos, a burguesinha do lanche sem Toddynho

 

 

 

Há algum tempo, o amigo Geraldo Machado, comunista histórico, conceituado advogado e ex-presidente da OAB/Campos, definiu um seu colega de lida, mas reputação duvidosa: “É um analfabeto de pai, mãe e parteira. Só em Campos uma figura dessas se cria”.

Com o passar dos anos, sobretudo a partir da democracia irrefreável das redes sociais, fui constatando serem muitos os exemplos, alguns hereditários, que julgam ter “se criado” nesta planície de hipocrisias cortada pelo rio Paraíba.

O que dizer da típica menina mimada de classe média campista, cujo hobby é posar de defensora dos “frascos e comprimidos”, como diria Didi Mocó, enquanto seu genitor se destacava em alguns governos municipais recentes como um dos mais perniciosos e amorais parasitas do poder?

Certo dia, numa conversa pessoal, perguntei à moça como levava para dentro de casa sua retórica questionadora das ruas. Ao que, num rasgo raro de sinceridade, talvez amolecida pelas cervejas anteriores, ela respondeu: “Uma vez perguntei e ele me disse: Filhinha, não pergunte como papai faz para pagar o seu Toddynho”.

Na dúvida se existe exemplificação mais clara do conceito marxista de pequeno burguês, a certeza ecoa ao canto de Seu Jorge: “Burguesinha, burguesinha, burguesinha, burguesinha, burguesinha/ Só no filé”.

Quem não tem filé, nem Toddynho, que se contente com a distribuição de lanche e café no Centro de Campos, em ato político partidário travestido de caridade. Tudo a mando de quem, além de quebrar a cidade e ser o empregador do papai, municipalizou o Restaurante Popular sem deixar para ele nenhuma previsão orçamentária.

E, no cocho mal disfarçado em prato raso, a distribuição de lanche — sem Toddynho — só durou um dia…

Nem é preciso perguntar como essa gente dorme. Afinal, ausência de noção de ridículo pode ter propriedades mais poderosas que o Rivotril achocolatado do chefe.

Como por exemplo definir a dondoca capaz de ligar para colunista social e questionar que o convidado de honra não foi proibido pela Justiça de ir ao casamento da filha do seu áulico, mas d’ELA? Megalomania pura e simples? Viuvez judicial de luz própria?

Na paráfrase politicamente correta do conhecido dito popular: filhx de sapo, girino é.

 

 

 

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Este post tem 9 comentários

  1. ERIKA THOME

    UI!! DOEU!!! KKKKKKKKKKKKKKKKK

  2. Giulia

    Gente! Essa do todinho do papai eu fiquei de cara. A moça é socialista ou socialite?

  3. alessandro arruda junior

    tem gente que só aprende mesmo da pior maneira

  4. Lara Faria

    Quem não sai ao seus é monstro. Ou talvez se torne por conta disso.

  5. Sandro

    Meu faleido avô diria a burguesinha: vai se criar fiota !!…. rsrsrsrsrsrsrs

  6. renata

    da proxima vez sera que vai rolar lanche com todynho pro povo ??aguardem cenas dos proximos capitulos ..

  7. Aluysio Abreu Barbosa

    Caros Erika, Giulia, Alessandro, Lara, Sandro e Renata,

    Como disse ontem na democracia irrefreável das redes sociais a dois amigos, entre os mtos que comentaram comigo o texto, não é nada que Hemingway não tenha lecionado em vida e prosa: o primeiro risco de quem quer bater, é apanhar. Sobretudo quando o agressor tem pés de barro e queixo de vidro. Antes tarde do que nunca, que a didática da lição tenha sido devidamente aprendida.

    Abçs e grato pelas participações!

    Aluysio

  8. Janio

    Tirando os gracejos ao ex presidente da OAB ((trecho excluído pela moderação), ótimo texto. Geraldo Machado pode ser seu amigo, (trecho excluído pela moderação)

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