Diálogo entre esquerda e direita é sucesso de público na FDC

 

Da esquerda à direita; Igor Franco, Gustavo Alejandro Oviedo, Aluysio Abreu Barbosa, Ricardo André Vasconcelos e Vanessa Henriques (foto: Paulo Pinheiro – Folha da Manhã)

 

 

Ontem, das 19h às 22h, se desenvolveu o “Diálogo entre Visões de Esquerda e Direita”, promovido pelo Centro Universitário Fluminense (Uniflu), no auditório da Faculdade de Direito de Campos (FDC). A mim coube o prazer e a honra de mediar os debatedores: a cientista social Vanessa Henriques, o jornalista e servidor federal Ricardo André Vasconcelos, o bacharel em administração Igor Franco e o advogado e publicitário Gustavo Alejandro Oviedo.

Vanessa e Ricardo deram visões da esquerda democrática. Igor e Gustavo apresentaram as angulações da direita liberal. A ideia do evento, acolhida com entusiasmo pelo advogado Rafael Crespo Machado, professor da FDC,  nasceu do debate virtual sobre o tema “avanço da direita no Brasil”, do qual todos os 11 colaboradores deste blog trataram em suas participações entre 23 de setembro e 4 de outubro.

Foi maciça a presença do público, composto de universitários, simpatizantes dos dois espectros políticos representados e simples interessados no debate, aberto a todos, que ganhou corpo na socidade brasileira com as pesquisas Datafolha e Ibope às eleições presidenciais de 2018. Nelas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o deputado Jair Bolsonaro (PSC, de mudança para o PEN, que mudará de nome para Patriota) aparecem liderando a corrida ao Palácio do Planalto.

Sem que nenhum dos participantes do debate soubesse enquanto ele se dava, sua primeira 1h50 foi transmitida ao vivo (aqui) pela página de Facebook do Uniflu. E lá foi acompanhado, em tempo real, por mais de duas mil pessoas.

Com boa resposta do público, o debate de ontem foi uma iniciativa modesta, na curta envergadura de uma universidade e veículos de mídia do interior. Mas foi altamente exitosa ao evidenciar como, ao largo da bipolaridade que busca reduzir a discussão política a um Fla x Flu, é possível o diálogo em alto nível, com a participação aberta ao público, entre visões ideológicas opostas.

Um fala, o outro escuta e, ainda que não concorde, pode depois dizer por quê. Com as ideias no eixo da contenda, não as pessoas.

Quaisquer que sejam os resultados das urnas de 2018, todos os 207,7 milhões de brasileiros serão governados e legislados pelos eleitos no voto popular. E continuaremos todos, “vencedores” e “vencidos”, convivendo nos mesmos ambientes de trabalho, instituições de ensino, famílias, grupos de amigos reais e virtuais.

Para aquilo que nos une enquanto sociedade poder coexistir entre aquilo que separa, só há um caminho: o diálogo. E nele se pressupõe ouvir, sobretudo o contraditório, além de falar.

Nesse esforço coletivo, agradeço pessoalmente a Vanessa, ao Ricardo, ao Igor, ao Oviedo, aos professores da FDC Rafael e Cristiano Miller, bem como a todos os presentes e a cada um dos que ontem nos acompanharam ao vivo pela democracia irrefreável das redes sociais.

Quem quiser ver (ou rever) a primeira 1h50 do debate de ontem, pode conferir abaixo:

 

 

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Este post tem 2 comentários

  1. GEORGE GOMES COUTINHO

    Parabéns a todo@s @s envolvid@s no engajamento que propiciou este encontro. A democracia, antes de ser algo pronto e acabado, precisa deste tipo de atividade cotidianamente para ser oxigenada . De outra maneira a democracia morre de falência múltipla dos órgãos. Que venham outros encontros! Abçs fraternos para tod@s

    1. Aluysio Abreu Barbosa

      Caro George,

      Se formos reeditar o encontro de quarta, pretendemos contar com a sua participação.

      Abç fraterno e grato pela generosidade!

      Aluysio

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