São José, Restaurante, Clínica da Criança e retomada de obras em 2019

 

 

Críticas de olho em 2020

Em entrevista publicada (aqui) na página 2 desta edição, o deputado estadual eleito Rodrigo Bacellar (SD) fez críticas ao governo Rafael Diniz (PPS): “o governo precisa querer ser ajudado e assumir as suas falhas, que não são poucas”. Como claramente aposta em alternativas para a eleição a prefeito de Campos em 2020, Rodrigo também teceu restrições ao deputado federal eleito Wladimir Garotinho (PRP): “é impossível dissociar sua imagem do pai, até pelo fato dele, durante os oito anos de governo da mãe, ter atuado assiduamente na Prefeitura”. De um lado e do outro, são críticas que parecem ser compartilhadas por relevante parcela dos campistas.

 

Respostas em 2019

Ciente da necessidade de recuperar a popularidade que o elegeu prefeito ainda no primeiro turno de 2016, o planejamento de Rafael para 2019 não se restringe à programação de verão no Farol. Em parceria com o Sesc, várias atrações nacionais foram anunciadas na quinta (20). Após o verão, está programada a inauguração do novo Hospital São José e do novo Restaurante Popular, que ainda atende pelo infeliz nome de Centro de Segurança Alimentar e Nutricional (Cesan). Com obras perto da conclusão e já em fase de licitação para compra de móveis, outra novidade será a Clínica da Criança, que vai funcionar na Cidade da Criança.

 

Retomada

Rafael também planeja retomar as obras do Shopping Popular e do Palácio da Cultura, paralisadas desde o governo Rosinha Garotinho. Em outro projeto, a rede municipal de ensino pretende abrir o ano letivo de 2019 com sua primeira escola em tempo integral. O nome da unidade ainda não foi revelado para não gerar sobrecarga nas matrículas. Mas o planejamento é levar o regime de tempo integral a mais três escolas no correr do ano. A ideia é também usar as sete Vilas Olímpicas do município não só para a prática de esporte, como reforço escolar e atividades artísticas.

 

Luta de classes?

Não é novidade que a esquerda brasileira, desde a eleição presidencial de 2014, passando pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016, abusou do conceito marxista da luta de classes. Reagir a essa tentativa de aplicação de uma visão europeia do século 19, sobre o Brasil do século 21, foi um dos motivos pelos quais Jair Bolsonaro (PSL) se elegeu presidente em outubro. A crítica a esse “nós contra eles” não foi exclusiva da direita. Na campanha presidencial, o então candidato Ciro Gomes (PDT) alertou diversas vezes: “nós precisamos encerrar essa luta odienta entre ‘coxinhas’ e ‘mortadelas’. O Brasil não aguenta mais isso”.

 

Segregação x solidariedade

Mas há determinados tipos de atitude que realmente parecem endossar a visão preconceituosa e segregadora que a classe média brasileira teria em relação aos mais pobres. Na noite da última quarta-feira (19), numa lanchonete da av. Pelinca, sua proprietária teria simplesmente se negado a servir uma moradora de rua com dois filhos pequenos. Em ato de solidariedade, ela havia pedido e recebido fichas para dois cachorros-quentes e um Guaravita, que haviam sido compradas por uma senhora.

 

“Gente desse tipo”?

Na hora de receber o lanche que suas fichas lhe davam direito, a proprietária da lanchonete teria dito: “eu não vendo cachorro-quente para gente desse tipo”. Não satisfeita, ainda teria insinuado que a moradora de rua e seus dois filhos teriam roubado as fichas. Uma outra freguesa que observava tudo, se revoltou, levantou da mesa e testemunhou que as fichas do lanche foram compradas e dadas por uma senhora que já não estava mais ali. Só depois de puxar as imagens nas câmeras de segurança do estabelecimento, verificando a verdade, a proprietária aceitou dar o lanche que havia sido pago.

 

Ranço escravocrata

A confusão estaria desfeita se a proprietária da lanchonete não tivesse servido à moradora de rua sobras de outros lanches. A cliente interviu novamente e disse que a mãe e seus dois filhos iriam escolher o cachorro-quente e os acompanhamentos, como qualquer outro freguês. Todos que estavam ali, comemoraram a atitude. Um áudio narrando toda a situação viralizou nas redes sociais da cidade. Ser solidário, neste caso, transcende ideologia política. Trata-se de ser humano. Ou não. Em plena av. Pelinca, esse ranço escravocrata do qual tanto se acusa a elite campista, precisa ser extirpado. Tanto pior quando sobrevive até em período de Natal.

 

Publicado hoje (23) na Folha da Manhã

 

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Este post tem 5 comentários

  1. cesar peixoto

    Rodrigo Bacellar antes dele falar de Rosinha ele deveria falar do pai dele que foi presidente da câmara assim como Marcão e não fizeram nada pela nossa cidade, ele foi eleito a deputado ele deve agradecer o pai que deve ter injetado uns (trecho excluído pela moderação) na sua campanha

  2. Edmar Carlos da Cruz

    Parabéns pala matéria!!! “Gente desse tipo”? e Ranço escravocrata. Infelizmente convivemos todos os dias com esse tipo de “gente”, que tratam pessoas com indiferença e falta de respeito.

  3. marcelo monteiro silva

    A partir de 2019, vai aparecer grana para tudo, sabe porquê as eleições serão em 2020, primeira deixa o povo morrer nas filas de hospitais, e etc, depois veem como Sasá Mutema, ou seja, o salvador da pátria, espero que o povo de a devida resposta nas urnas, e o MP entre investigando tudo que possível. ACORDA POVO.

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