CNT/MDA: início do governo Bolsonaro abaixo de FHC, Lula e Dilma

 

Com Bolsonaro, seus filhos e ministros mais destrambelhados (aqui) envolvidos em sucessivas denúncias e polêmicas, com pouco mais de 50 dias após a posse, a popularidade do novo governo já atinge níveis preocupantes.

Ponto de equilíbrio da gestão, os militares parecem cientes da situação. Tutelam abertamente os delírios olavistas do governo. E têm em Mourão um vice empenhado em ser o “bom”, onde Jair, Carlos, Flávio, Eduardo, Ernesto e Vélez são vistos como o “mau”. Não por outro motivo, o vice é chamado pelos diplomatas estrangeiros (aqui) de “o adulto na sala”.

Divugada hoje, a última pesquisa CNT/Sensus foi feita entre 21 e 23 de fevereiro, com 2.002 pessoas em 137 municípios de 25 unidades da Federação. Nela, Bolsonaro teve 38,9% de ótimo e bom na avaliação popular do brasileiro.

 

(Infográfico: Poder 360)

 

Apesar de ainda manter uma legião de adoradores acríticos, o capitão hoje tem aprovação quase 20 pontos percentuais menor do que os 57% de FHC em fevereiro de 1995; ou que os 56,6% de Lula em janeiro de 2003. Em seu início de governo, Bolsonaro ficou mais de 10 pontos atrás até de Dilma, que registrou 49,1% de ótimo e bom em agosto de 2011.

 

(Infográfico: Poder 360)

 

Virtude inegável do governo Bolsonaro foi na comunicação à população da necessidade da Reforma da Previdência. Nisso, se mostrou bem mais exitoso do que seus quatro antecessores: além de FH, Lula e Dilma, Temer. Ainda assim, segundo a CNT/Sensus, a proposta de reforma de Paulo Guedes tem 43,4% de aprovação, contra 45,6% de reprovação.

Para quem achava que as fortes emoções do país tinham acabado com a ascensão de Bolsonaro ao poder, os próximos meses prometem.

 

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Este post tem 8 comentários

  1. Alexandre

    A pesquisa CNT/MDA sugere baixa popularidade de Jair Bolsonaro tendo em vista que ele mal completou dois meses de governo.

    VALE A PENA RESSALTAR O PERFIL DE QUEM PARTICIPOU DA PESQUISA:
    “Sobre o conhecimento e utilização de dispositivos tecnológicos, os percentuais dos que conhecem e utilizam são:
    Smartphones: 69,5%
    Aplicativos de navegação: 51,8%
    Aplicativos de transporte: 41,8%
    Séries e filmes on-line: 40,7%
    Compras on-line: 40,6%
    Aplicativos de bancos: 37,9%”

    1. Aluysio Abreu Barbosa

      Caro Alexandre,

      Ressaltada a evolução tecnológica ao longo dos tempos, o fato é que a metodologia da pesquisa é a mesma que deu índices de aprovação popular bem superiores a FHC, Lula e até Dilma, no mesmo período do governo Bolsonaro.

      Abç e grato pela participação!

      Aluysio

  2. Cesar Peixoto

    Eu não nego eu votei nele acreditando que haveria mudança, mas depois da eleição do presidente do senado e do presidente da câmara, se a eleição fosse hoje eu não votaria em nenhum deles.

  3. Cilas da Rocha Goncalves

    27 unidades da federacao. E Bolsonaro era tragedia anunciada. Foi eleito porque enfrentou fracos adversarios.

    1. Aluysio Abreu Barbosa

      Caro Cilas,

      Na verdade, a pesquisa foi feita em 25 unidades da Federação.

      Abç e grato pela participação!

      Aluysio

  4. Lopes

    Pesquisa CNT…serio?? aquela que disse que haddad tinha virado em cima de Bolsonaro? Por favor, nos polpe dessa idiotice.

    1. Aluysio Abreu Barbosa

      Caro Lopes,

      A polpa (seca) do seu comentário confunde as pesquisas presidencias CNT/Sensus, sempre próximas à realidade, com as do instituto Vox Populi, cujos resutados forjados em favor de Haddad foram antecipados e criticados pelo blog (http://opinioes.folha1.com.br/2018/09/14/em-ridiculo-previsivel-vox-populi-mostra-que-o-pt-nao-aprendeu-nada/). Você é mal informado, mal intencionado ou ambos. Por favor, poUpe os leitores do blog de novas idiotices.

      Grato pela chance de dar nomes aos bois — e aos burros!

      Aluysio

  5. Bruno

    Cabral diz que esquema na Saúde envolvia o arcebispo do Rio — que fez campanha para Bolsonaro pelos ‘valores cristãos’

    O ex-governador do Rio Sérgio Cabral disse, em depoimento na terça, dia 26, que resolveu revelar seus esquemas de corrupção para ficar bem consigo mesmo.

    Depois de dois anos e três meses preso, Cabral alegou ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal, que é um homem “muito mais aliviado”.

    “Em nome da minha mulher, da minha família e da história, decidi falar a verdade”, mandou.

    “Esse foi o meu erro de postura, de apego ao dinheiro, ao poder. Isso é um vício”.

    Cabral é um pilantra e o arrependimento vale um ovo frito, mas o que ele contou a respeito de uma das figuras mais honoráveis do estado é curioso.

    Segundo ele, o desvio de recursos na saúde pública envolvia religiosos. E não se fala aqui de evangélicos.

    Citou o purpurado cardeal Dom Orani Tempesta, arcebispo da Arquidiocese do Rio.

    “Não tenho dúvida de que deve ter havido esquema de propina com a O.S. da Igreja Católica, da Pró-Saúde. O dom Orani devia ter interesse nisso, com todo respeito ao dom Orani, mas ele tinha interesse nisso”, acusou.

    “Tinha o dom Paulo, que era padre, e tinha interesse nisso. E o Sérgio Côrtes nomeou a pessoa que era o gestor do Hospital São Francisco. Essa Pró-Saúde certamente tinha esquema de recursos que envolvia religiosos. Não tenho a menor dúvida”.

    Sem fins lucrativos, a entidade é uma das maiores em gestão de serviços de saúde e administração hospitalar do Brasil. Tem sob sua responsabilidade mais de 2 068 leitos e 16 mil profissionais.

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