Yes, we can‘t
Em rodas de conversa, não tenha dúvida ao afirmar: desde que Zico se aposentou, Dejan Petkovic é o maior meia que apareceu no futebol do Rio de Janeiro. Como o Galinho encerrou a carreira de jogador (no Brasil, pois jogaria depois no Japão) em 1989, isso significa elevar o craque sérvio à condição de principal artista, nos últimos 20 anos, do maior palco do mundo: o Maracanã. Isso, logicamente, ao lado de um atacante: Romário.
Todavia, não foi no Maracanã que Pet deu hoje seu último espetáculo de futebol, mas no Parque Antarctica, casa do líder do Brasileirão, o Palmeiras de Muricy Ramalho, que levou dois gols do camisa 43 rubro-negro. O primeiro, aos 23 minutos da etapa inicial, em penetração pela área, após se livrar de dois marcadores com aqueles seus dribles clássicos, lentos, feitos só de habilidade (como eram os de Zico), e encontrar o espaço mínimo para colocar a bola, mais um passe que um chute, no canto oposto do goleiro Marcos. O segundo, aos 16 do segundo tempo, um gol olímpico, aquele em que o adjetivo dispensa narrações. Duas obras de arte no campo e mais três pontos para o Fla na tabela.
Agora, em quinto lugar, com 48 pontos — a um de São Paulo e Internacional, dois do Atlético Mineiro e seis do mesmo Palmeiras —, além do limiar ao G-4 e uma vaga na Libertadores, já não é delírio sonhar com o título, que o clube da Gávea não conquista desde 1992. O empecilho maior é que das oito partidas restantes, o Fla joga apenas três no Maracanã, ainda que a próxima, no domingo, contra o velho freguês Botafogo, deva ser jogada no Engenhão; ou seja: no Rio.
Com Pet jogando assim, dá para acreditar!