No Folha no Ar de hoje, sem o secretário municipal de Defesa Civil, Marcos Soares, o ambientalista e professor Arthur Soffiati disse aos jornalistas e blogueiros Rodrigo Gonçalves e João Noronha que estranhou a desistência de última hora do outro convidado. Segundo Soffiati, ambos se encontraram recentemente, num shopping da cidade, quando o secretário declarou não se importar com as críticas. Às feitas por ontem por Soares, à produção do programa, de que o ecologista “fala muito, mas não age”, este disse se tratar de retórica antiga e que seu papel é mesmo o de apontar falhas e sugerir soluções, cabendo às autoridades públicas agir ou não a partir delas.
— Fui no programa não para um embate, como o secretário de Rosinha classificou, mas em busca de respostas sobre onde, quando e como está agindo o governo municipal. Diante de um quadro grave que se avizinha, com as chuvas de verão e as possibilidades de novas inundações, creio que toda a população de Campos mereceria essas respostas — esclareceu Soffiati, não sem responsabilizar, além da Prefeitura, também o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), pela providências que deveriam ter sido tomadas desde o quadro de caos do último verão, com mais de 30 mil desabrigados e mais de 60 mil desalojados na região
Diante da ausência de Soares e de suas respostas, o professor disse que a solução é rezar, mas fez uma ressalva ao santo tradicionalmente destinatário das orações relativas a chuvas. “Como São Pedro já é muito ocupado, acho que os campistas deveriam rezar para São Esdras”, sugeriu.