Enquanto interresses menores de um grupo menor de gente menor do PT local atrapalham o projeto de construção de um projeto alternativo ao modelo que se perpetua na Prefeitura de Campos desde 1989, o populismo aprofunda suas raízes no município. Com a unanimidade dos vereadores presentes, acabou de ser aprovado na Câmara o projeto da Prefeitura que criou o cheque-construção.
No valor de R$ 1,5 mil, o crédito será disponibilizado a partir do ano que vem, junto à secretaria de Promoção Social e à Empresa Municipal de Habitação (Emhab). Como seus predecessores cheque-cidadão e cartão-cidadão, o cheque-construção será concedido a partir de cadastro, em teoria para atender a população de baixa renda que possua terreno ou imóvel em situação regularizada.
Na oposição, a vereadora petista Odisséia Carvalho cobrou a definição dos critérios para concessão do benefício e prometeu fiscalizar. Já Abdu Neme (PSB), questionou o valor, segundo ele pouco para se construir uma casa, suficiente apenas para obras de reparo ou ampliação. Líder do governo, Jorge Magal (PMDB) prometeu lutar pelo aumento do auxílio.
Na prática, é mais uma medida populista para conquistar eleitores com o uso de dinheiro público, travestida de benefício, tática que tanto aproxima o grupo de grupo de Garotinho do PT de Lula. Quanto à unanimidade dos vereadores, poucos são aqueles entre eles que não enxergam nesse cheque-construção a chance de transformá-lo em dividendo eleitoral para proveito próprio. Dificilmente um edil que tiver poder para interferir na concessão do auxílio perderá sua reeleição em 2012.