Na edição de hoje de O Globo, foi publicada uma carta enviada por Zico ao seu ex-companheiro de campo e hoje técnico do Flamengo, Andrade. Juntos, eles compuseram duas das melhores linhas médias rubro-negras de todos os tempos: a incomparável de 1981, junto a Adílio; e a de 1987, quando os dois ex-craques eram coadjuvados por Aílton e Zinho.
Se o Fla já era o franco-favorito para levar mais esse Campeonato Brasileiro, no próximo domingo, no Maracanã, diante do Grêmio, muito mais depois da força enviada pelo eterno camisa 10 da Gávea. Afinal, todos sabem: no Flamengo, palavra de Zico é lei!
Segue abaixo a transcrição da carta, daquele que foi, nas palavras do ex-craque Sócrates, “o maior jogador brasileiro, depois de Pelé”, cujo último gol marcado no Flamengo, contra o Fluminense, em Juiz de Fora (MG), comemora hoje exatos 20 anos, como mostra o vídeo acima, postado pelo jornalista Marcelo Monteiro, no globo.com (aqui).
“Grande Tromba,
Boa sorte nessa final, que Deus te ilumine a tomar as melhores decisões pro seu grupoe que passe a sua energia de maior vencedor de Brasileiros para seus comandados. Como meu jogo será no sábado, estarei colado na TV passando esse nosso espírito vencedor de tantas conquistas juntos. Desse seu amigo, ex-companheiro, admirador não só do profissional, mas do ser humano.
Depois de Ilsan, falei ao telefone, agora há pouco, com seu advogado, João Batista de Oliveira Filho. Embora confirmando a informação que passou ao blog no dia 13 (aqui), ele ainda não se definiu sobre o agravo de instrumento no plenário do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) como próximo passo jurídico a ser dado.
Antes de decidir como irá agir, o advogado da vereadora eleita quer primeiro tomar conhecimento do teor da decisão do juiz relator Luiz Márcio Victor Alves Pereira, datada do dia 30, mas só divulgada na noite de ontem. O prazo para o recurso de Ilsan é de três dias após a publicação da decisão, que deve ser feita, segundo João Batista, ou na sexta-feira, ou na segunda da próxima semana.
Acabei de falar, por telefone, com Ilsan Vianna. Abatida com a decisão de ontem do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), ela não quis fazer maiores comentários, pelo fundamentado receio de poder atrapalhar o desenrolar dos fatos na Justiça.
Ilsan Vianna, em sua diplomação como vereadora, entre o promotor eleitoral José Luiz Pimentel (à esq.) e o juiz da 100ª ZE de Campos, Leonardo Grandmasson, responsáveis por tornar o mesmo efeito sem efeito, alguns minutos depois (Foto de Antônio Cruz em 11/11/09)
Como passei boa parte do dia de ontem sem acesso à net, o blog acabou não sendo atualizado sobre o novo passo do caso Ilsan Vianna, com seu mandado de segurança para assumir o mandato de vereadora negado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Todavia, a decisão do juiz relator, Luiz Márcio Victor Alves Pereira, já havia sido prevista neste espaço virtual desde o último dia 18 (aqui).
Agora, como o blog também previu, desde o dia 13 (aqui), o próximo passo dos avogados de Ilsan será entrar com um agravo regimental no plenário do TRE, onde a decisão cabará aos seus sete integrantes. Caso não consiga sucesso na tentativa, o caminho será o recurso novamente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que já deu decisão favorável à vereadora eleita, muito embora em outra ação.
Lastreado pelas duas previsões corretas, o blog se arrisca, hoje, a mais uma; aliás, a mais duas: Ilsan vai perder de novo no TRE, mas levará o mandato para o qual foi eleita no TSE.
Belido adverte: depois de conseguir os R$ 250 mil para comprar o título do Monitor, restará levantar 10 vezes este valor, para imprimir o jornal
Por e-mail, o jornalista e advogado Guilherme Belido avisou ao blog da conclusão, em seu site (aqui), da sua análise sobre a suspensão ou encerramento das atividades do Monitor Campista. Elucidativo quanto aos motivos do fechamento, ele também ilustrou os organizadores da campanha Viva Monitor (aqui) sobre o verdadeiro tamanho da empreitada: após comprar o título centenário por R$ 250 mil, o próximo passo teria que ser a arrecadação de 10 vezes este valor, para conseguir rodar o jornal.
Mas vamos ao original do raciocínio, no artigo transcrito abaixo. Até por ser uma das pessoas em Campos que melhor conhece o passado e o presente do jornalismo da cidade, Belido é uma bas pessoas mais balizadas para falar sobre o que poderá ser, no futuro:
Ainda… O Monitor
Agora, sim, pondo um “fim” na série de artigos, devo reafirmar o que todos sabem e que consiste no “X” da questão que sentenciou o fechamento do Monitor: a perda do Diário Oficial.
Deixou de abrigar as publicações oficiais do município porque estas eram feitas de forma irregular. Perdeu um privilégio que não deveria ter tido e com o qual se beneficiou porque todos “deixavam prá lá”.
No tratar da coisa pública – do recurso público – expressões como “privilégio” e “benefício” não têm vez. Mas, no caso do velho órgão, a exceção era feita sob o manto do “…Mas é o Monitor… Fazer o quê?…” Como quem diz: o jornal precisa.
Mas a verdade é que dinheiro público não pode ser usado para salvar jornal. Mais ainda, a legislação determina protocolo para publicação dos atos oficias – processo de licitação ou coisa parecida – que devem ser feitos no jornal de maior circulação. E ocorre que o Monitor – recuando apenas 50 anos – não ocupara tal posição em tempo algum.
Da década de 50 para cá, estiveram à frente na venda avulsa e assinantes, alternando entre si a preferência do leitor, A Notícia, Folha do Povo, A Cidade, Folha da Manhã e O Diário. Pouco interessa se este ou aquele, apesar de não haver dúvidas quanto à liderança da Folha da Manhã nos últimos 30 anos.
Mas – e aí reside a chave da questão – fosse este ou aquele, o Monitor – tal qual a Folha do Commércio – não foi. Nunca foi. Sempre esteve de fora da disputa não fugindo da condição de jornal de pequena circulação. Arrisco dizer que mesmo os semanários Correio de Campos e Reportagem, que circularam em Campos por quase 30 anos, tiveram maior penetração que o Monitor.
Enfim, não é tarefa da Prefeitura salvar jornal. Sua obrigação é salvar os pobres das enchentes, salvar os desabrigados, salvar as crianças que passam fome e frio, salvar o precário sistema de Saúde e atuar em tantos outros cenários dos quais deve se ocupar.
Nem os Associados quiseram salvar o jornal e deram um preço para seu título. Devemos torcer, agora, para que a bela campanha de arrecadar R$ 250 mil seja vitoriosa. Depois, outra para levantar dez vezes este valor, necessário para a compra de impressora rotativa e demais equipamentos.
Porque só o título do jornal fechado não basta. Sem parque gráfico próprio e pagando para “rodar”, os custos inviabilizam qualquer publicação diária.