Também na sessão de ontem na Câmara, acabou suspensa a suspensão dos Plano de Cargos e Salários (PCS) dos professores da rede pública municipal, sob alegação de contenção de despesas com a ameaça aos royalties. Ao questionar a suspensão, a vereadora Odisséia Carvalho (PT) usou na tribuna a lógica que já havia sido externada por este blog (aqui): se o próprio secretário municipal de Administração e Recursos Humanos, Fábio Barreto, dizia que o PCS seria custeado por recursos próprios do município, como poderia ser afetado pelos royalties?
Ato contínuo ao questionamento, o presidente da Câmara, Nelson Nahim (PR) informou que havia recebido ligação de Fábio para “esclarecer” a questão. Em seguida, o líder go governo, vereador Jorge Magal (PMDB), subiu à tribuna para dizer que a suspensão havia se convertido num simples adiamento, garantindo que o PCS não iria mais esperar a definição da questão dos royalties pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas seria pago ao magistério em abril, retroativo a março.
Magal alegou que foi um erro de interpretação, jogando a culpa no jornalista da secretária de Comunicação que redigiu o texto inicial (providencialmente susbstituído por um novo). Também professora e sindicalista, a vereadora petista se deu por satisfeita com a revisão da suspensão do PCS para sua classe — num passo atrás do governo Rosinha que lembrou muito o ocorrido com o IPTU —, mas não deixou de ironizar:
— Pois é… A culpa acaba sempre sobrando para o jornalista!