“Uma atitude fascistóide”. Foi assim que o vereador carioca e candidato a deputado federal pelo PV, Alfredo Sirkis, em visita de campanha a Campos, classificou a manifestação programada para hoje, em São Paulo, contra a chamada “grande imprensa”. Além de PT, CUT e UNE, segundo definiu e denunciou o jornalista Merval Pereira, em sua coluna publicada hoje em O Globo, o evento é também organizado pelos “que se intitulam ‘blogueiros independentes’, todos, sem exceção, financiados pelo dinheiro público”. Irônico que, nesta terra de planície, quem se arroga de título idêntico, até pouco tempo se ufanava por ter conseguido emplacar um e-mail na mesmíssima coluna do Merval — um dos tantos que, pelo “crime” da exposição do contraditório, passou a ser encarado como inimigo figadal por essa espécie de SS virtual.
Com a bagagem de quem integrou a luta armada contra a ditadura, junto com vários “companheiros” hoje no comando do PT, Sirkis não tem dúvidas de quem está por trás deste movimento de “inteligência” do partido: José Dirceu, mentor do Mensalão. Em conversa com o blogueiro, o verde revelou, inclusive, que enquanto estava reunido, ontem, com a cúpula da campanha de Marina Silva à presidência, chegou a informação de que todas as denúncias contra o governo federal, repercutidas pela imprensa, teriam origem dentro do próprio PT. Seriam facções não apenas insatisfeitas com a iminente ocupação do PMDB no governo Dilma, como por oposição interna ao grupo palaciano nas diputas sempre intestinas do partido — nítidas e bem reproduzidas, por exemplo, em Campos.
Para Sirkis, além do “fantasma do PMDB”, um possível governo Dilma ainda teria outro grave problema: Lula. Não bastasse Zé Dirceu dando as cartas novamente sob a mesa do PT, o verde indagou qual seria o papel do popularíssimo presidente quando finalmente deixar a cadeira: “tutor de Dilma?” Se não se ateve à postura de magistrado que caberia à presidência da República, evidenciando total ausência de limites para tentar eleger sua candidata, a qualquer custo, ainda no primeiro turno, o que garante que Lula irá aprender a fazê-lo, depois que se tornar ex?
SIRKIS,você tem perfil de VERDE,nunca PT.Quer saber,como um partido de sindicalistas,não do cortador de cana,por exemplo,em nossa região,não tem nunhum representante na classe pobre meso? é C para classe A,como em todo BRasil,tendo que “engolir” esse MOVIMENTO SEM TERRAS,que não tem apoio depois de ganharem os piores pedaços,vai ter moral de dizer que lutaram “CONTRA DITADURA”,se seus “rabos foram logo cortados” e mandados no mesmo avião do Sr. Gabeira,Dirceu,Dilma e outros.Os desterrados de valor foram Brizola,Juscelino,Darcy Ribeiro,Goulart(um fraco,nunca ia enfrentar nada).Petista não gosta de petista,essa é a verdade.Por Isso voto MARINA,talvez vc e Andral.Tá dito,PT saudações,nunca MAIS!
Caro Newtinho,
Com todas as críticas que tenho ao PT, não chegaria a dizer: “saudações, nunca MAIS!”. Embora, como o Sirkis explanou muito bem acima, eu também ache que Dilma, sob os devaneios de Dirceu, a avidez do PMDB e a tutela de Lula, tenha grande possibilidades de fazer um governo ruim, caso seja mesmo eleita, ainda enxergo algumas virtudes e bons quadros no partido.
Em Campos, por exemplo, Odisséia tem se esforçado para levar dignamente o mandato de Renatinho Barbosa na Câmara, além de pintar como possível candidata do PT à Prefeitura. Bem verdade que poderia evitar alguns dos problemas de agora, no próprio partido, se tivesse há muito tempo o decortino de cortar do seu círculo de influência, por exemplo, um correligionário que a procurava em casa, de madrugada, para mendigar uns trocados que sustentassem seus hábitos “heterodoxos”.
Mas, numa planície em que muita gente boa ainda aceita gente desse tipo posando como crítico moral, não se pode exigir demais da vereadora.
Abraço e grato pela colaboração!
Aluysio
Claro que SIM Aluysio,Odisséia, e seu marido Eduardo Peixoto,são o PT pra mim em CAMPOS,mais os outros,e quando falo disso,em eleições passadas,”venderam a alma ao diabo” ou no caso do DR. Makoul que não tinha perfil( Não capacidade,isso tinha) de petista,o povo trabalhador não vislumbrou isso.Mas a vereadora Odisséia,minha amiga,como Ilsan também são dignas de nota como edis,mas o “PT NUNCA MAIS” foi meu voto em LULA,fez um cartaz e apresentou esse filme de terror no lugar,que é Dilma Roussef,mas DEUS é GRANDE!Na hora de prefeito,aí vamos ver se o Partido dá a força a ela,pois nem Renato teria essa facilidade com sua grande votação.
SAindo do ambito eleitoral, as críticas à GRANDE MÍDIA são devidas, e com a popularização da internet e dos meios independentes de informação, tendem a ser cada vez mais contudentes, não dá mais pra tolerar o cinismo, que se esconde utilizando o SACRO DIREITO à liberdade de expressão, e o direito à informação, tão essenciais ao regime democrático, pra mostrar fatos incompletos para atender aos interesses de determinado grupo, AGINDO SIM, A IMPRENSA COMO UM GRANDE PARTIDO, se essa se propõe a emitir sua opinião que a faça de forma clara, assumindo o que pensa, e não se escondendo numa falsa imparcialidade(Que deve reger a atividade de informar, não a de opinar) pra manipular seus leitores, se a imprensa compra o Serra como candidato que assuma, e faça um jornalismo ético e profissional, e não a VERGONHA que se tem visto, cada hora é um factóide novo, em fase de investigação, apresentado como verdade absoluta.
Caro George,
Em primeiro lugar, questionar aquele que critica, ou os motivos pelo qual critica, no lugar de se discutir a crítica, embora muito em voga no presente do Brasil, é um dos sofismas mais antigos da humanidade. Se fossem factóides as denúncias que a imprensa trouxe contra o governo federal, cuja origem o Sirkis revelou estarem no próprio PT, elas não teriam gerado a queda de Erenice Guerra. Aliás, entre os três ministros da Casa Civil que Lula teve em quase oito anos de governo, a única que não caiu em meio a escândalos de corrupção, é aquela que hoje lidera as pesquisas à presidência da República.
Ao fim e ao cabo, quanto ao papel da imprensa, no Brasil, na Argentina, na Venezuela, no Irã, ou em qualquer outro canto do mundo, necessário espargir as sombras “fascistóides” (outra boa definição do Sirkis) de hoje com a luz do grande Millôr Fernandes: “Jornalismo é oposição, o resto é armazém de secos e molhados”.
Abraço e grato pela colaboração!
Aluysio