A credibilidade real na equação virtual

Uma das tantas características positivas da interatividade de um blog, é a posibilidade dos debates gerados nos comentários se tornarem tão ou mais interessantes do que as postagens que os gereram. Sempre que isso acontece, o Opiniões mantém  o hábito de conferir, também  à discussão nos comentários, a relevância maior de post. Não por outro motivo, segue abaixo a troca de comentários entre o leitor Cristiano e este blogueiro,  sobre o post Porque a mídia tradicional triunfa também na virtual … 

 

 

Acredito que o caso do jornal mencionado seje apenas um caso, e não acredito que seje uma fórmula. Não acredito na chamada credibilidade, isso não existe, as pessoas cada vez mais buscam opiniões diferentes, escrever é algo que todos nós sabemos fazer, e alguns exercitam mais. Credibilidade em Campos é ler uma coisa em um jornal e ler outra em outro, porque os 2 jornais estão sempre se opondo, a quem posso confiar a credibilidade? A verdade, ela existe ou é um invenção?

O grande erro do jornalismo é achar que ele tem a verdade, as pessoas buscam formar sua própria opinião, será que lendo apenas um jornal na nossa cidade conseguimos isso?

Onde encontro mais credibilidade, num blog de uma pessoal qualquer, ou em algum jornal que vai sempre jogar de acordo com seus ventos. Acredito que Campos seje um caso a parte, mas o jornal impresso americano tem dado grandes sinais de declinio, o jornal impresso não vai acabar, mas acredito que irá reduzir bastante.

 

Aluysio

novembro 5th, 2010 em 20:52

Caro Cristiano,

Um jornal tem uma linha editorial, uma cara, que é sim ditada por uma visão de comunidade e mundo, com tudo aquilo que a compõe, inclusive seus interesses de ordem privada, que podem até pesar, mas desde que não sejam o fiel da balança em detrimento da informação. No caso por vc citado, entre os dois jornais da cidade, nove entre 10 campistas, ouvidos a esmo nas ruas, irão responder não só que um deles pertence a Garotinho, como claramente irão identificar o interesse político deste ditando a linha editorial do veículo. E este jornal identificado como chapa-branca, desde sua gênese, não é a Folha.

De qualquer maneira, o mesmo tipo de interesse interfere também nos blogs pessoais, de maneira controlada ou determinante, com atuação midiática igualmente chapa-branca de muitos deles. Isso sem contar os interesses meramente pessoais, inconfessáveis no mais das vezes. Ou vc acha, por exemplo, que o silêncio de cumplicidade da dita “rede-blog” local, em relação aos mandos e desmandos do grupo que (ainda) controla a reitoria do IFF, foco de denúncias de estudantes, professores e servidores junto ao MEC e de investigação no Ministério Público Federal, não acontece unicamente porque o mentor daquele desgastado grupo político, na maior e mais importante instituição de ensino da região, é também figura de proa da mesmíssima “rede-blog”, sensivelmente reduzida em atualizações, acessos e comentários, desde que a Folha dinamizou sua versão online e ampliou sua própria rede de blogs?

Opiniões, meu caro Cristiano, não possuem o mesmo compromisso visceral com os fatos que têm os números. E são eles que apontam a média de acessos únicos da Folha em mais de 20 mil/dia, número que pode ser multiplicado, no barato, por três, para se aferir hoje o seu número real de leitores. Para se conquistar tal resultado, em tão pouco tempo, impossível não ter a credibilidade como um dos fatores determinantes da equação. Assim como o contraditório é condição capital à busca da verdade, sua discordância é um seu direito, mas quando contraposta à uma esmagadora maioria, parece ser a exceção que serve para confirmar a regra.

Abraço e grato pela colaboração!

Aluysio

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Este post tem um comentário

  1. Savio

    CRISTIANO: Sobre o seu comentário “escrever é algo que todos nós sabemos fazer, e alguns exercitam mais.”
    De fato, meu caro! Você precisa exercitar MAIS!Ou talvez seja porque eu não saiba o que significa o “seje” que você escreveu! __Pode me ensinar o que significa esta palavra, na forma aplicada? Obrigado.

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