Ao ler as colunas de opinião do último domingo, atentei a uma série de notas curtas, todas relativas à chegada do novo bispo católico de Campos, Dom Roberto Ferrería Paz. Após declarar aqui à Folha sua preocupação com o fisiologismo que entende generalizado nos processos eleitorias do município e de projetar uma postura ativa de enfrentamento ao problema, por parte da Igreja Católica, já no pleito de 2012, nada mais natural que o bispo tenha se tornado figura carimbada de todos os articulistas políticos da cidade.
Não por outro motivo, espera-se que o trecho final das notas, onde é sugerido que Dom Roberto passe a desenvolver projetos sociais com o governo Rosinha, se trate realmente apenas disso, não do anúncio velado de uma tentativa de cooptação fisiológica de quem desveladamente condenou e declarou pretender enfrentar o fisiologismo praticado neste município.
Dom roberto é bispo e ele tem os compromissos religiosos dele, os políticos recebem salários para justamente fazerem alguma coisa de bom para o município e serem reeleitos e não tentar a reeleição através do tão praticado fisiologismo. O bispo como um líder religioso tem o dever de abrir os olhos dos fiéis para uma política melhor na cidade.