Hirano diz que áreas prioritárias serão poupadas e admite necessidade de reflexão

Líder governista Paulo Hirano
Líder governista Paulo Hirano

“Não foi uma lista de cortes, mas de todas as ações do governo em que os royalties são utilizados”. Quem garantiu ao blogueiro, por telefone, foi o líder da bancada governista na Câmara, vereador Paulo Hirano (PR), em relação à lista apresentada ontem pelo secretário de Governo Suledil Bernardino (aqui), com ações do poder público municipal que estariam em risco caso seja confirmada, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a nova lei dos royalties aprovada no Congresso Nacional. Indagado sobre como um corte de 16,6% (cerca de R$ 400 milhões) estimado pelo próprio Centro de Informações e Dados de Campos (Cidac), sobre um orçamento de R$ 2,41 bilhões já previsto para o município em 2013, poderia afetar tanto as ações governamentais, Hirano garantiu que, caso se confirme a redução nos recursos do petróleo, a prefeita Rosinha (PR) terá sensibilidade aos serviços essenciais, como saúde, iluminação e coleta de lixo, todos ameaçados na lista de Suledil:

— Se nós perdermos os royalties, todas as áreas de atuação do poder público municipal sofrerão restrições, pois em quase todas são aplicados os recursos advindos do petróleo. Seriam cortes pontuais e necessários, mas isso não que dizer, por exemplo, que se vá fechar o Hospital Ferreira Machado (na verdade, Suledil disse que a ampliação do HFM estaria comprometida). Dentro dessa perspectiva de perda orçamentária entre 15% a 20%, lógico que iremos definir quais são as áreas prioritárias, nas quais os cortes iriam afetar diretamente a vida da população. Nessas áreas, como saúde e passagem a R$ 1,00, que já faz parte da vida do campista, seriam mais poupadas do que outras. Tenho certeza que a prefeita Rosinha terá essa sensibilidade, tanto que, no caso na licitação para construção de 4.500 novas casas populares, ela já mandou segurar. E só será liberada se os royalties nos contratos já firmados do pós-sal forem mantidos, como os governadores dos estados não produtores já sinalizaram (aqui), com receio de perderem a disputa no STF.

Distante da arrogância com que alguns governistas encaram as críticas da oposição e da própria população a alguns gastos supérfluos da primeira gestão Rosinha, mesmo que não os admita, o líder da situação mostrou maturidade para admitir que o episódio deve servir ao governo como alerta quanto ao planejamento de gastos futuros, mesmo caso os royalties sejam mantidos para os estados e municípios produtores:

—  Com certeza, quando se toma um susto desses, você deve repensar a questão dos gastos, replanejar, refletir, redimensionar. Sobretudo nas áreas prioritárias do governo, que para estarem garantidas, demandam que os recursos sejam usados com mais segurança como um todo.

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Este post tem 2 comentários

  1. JOSE p://www.fmanha.com.br/blogs/opinioes/?p=13283#ERALDO

    Curioso o Dr. HIRANO, agora vereador. A pasta da Saúde foi a que mais maltratou os nossos cidadãos. Recebia mais de quinhentos milhões por ano e nenhuma melhoria efetiva foi sentida pela população, à exceção de alguns programas de vacinação, mesmo assim, limitados à uma pequena faixa etária, quando o correto seria abranger as faixas de risco, o que não foi feito, como pude depreender de comentários do Dr. Nélio Artiles, na sua entrevista à UniTV.
    Investimentos nos hospitais municipais que mudassem a realidade no atendimento, também quase nada.Ele também já sabia como fava contada essa redução, mas nada fez para melhorar a eficiência da Pasta.
    Agora que o leite derramou, vem aconselhar moderação à chefe?? JOSEGERALDO

  2. JOSE p://www.fmanha.com.br/blogs/opinioes/?p=13283#ERALDO

    Bem… antes tarde do que nunca. JOSEGERALDO

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