Três bombas-relógio que poderiam gerar uma grave crise institucional estão sendo desarmadas nos últimos dias: o projeto de lei que limita a formação de novos partidos; a tentativa de controlar a atuação do Supremo Tribunal Federal, e a emenda que retira do Ministério Público o poder investigativo. As três iniciativas parlamentares têm uma digital única, a dos petistas irritados com a condenação dos mensaleiros.
E o trabalho de desmontagem dessas bombas, que colocariam em risco a democracia brasileira, tem também uma marca própria, a do PMDB, atuando como aqueles esquadrões antibombas em países atacados pelo terrorismo.
Partido que enfrenta o paradoxo de ser imprescindível para a governabilidade do país e ao mesmo tempo não ter condições de ser protagonista da cena política, por um desses acasos que fazem a política o PMDB preside as duas Casas do Congresso nos anos vitais para a sucessão presidencial e, diante da atuação cada vez mais desenvolta dos “aloprados” do PT, está tendo a oportunidade de exercer o papel de fiador da democracia brasileira, o que, se não releva, pelo menos deixa em segundo plano no momento seu histórico de fisiologismo.
Depois de um encontro dos presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Henrique Eduardo Alves, com o ministro Gilmar Mendes do STF, num reconhecimento político da sua liderança, começaram a ser desarmadas as bombas deixadas pelo caminho. A proposta do presidente da Câmara de proibir a aprovação por aclamação de uma emenda constitucional já é uma limitação a arroubos de fanáticos, religiosos ou políticos, que surgem no Congresso com mais freqüência do que seria desejável numa democracia estável.
Aos que alegam que a PEC estava ainda no começo da tramitação, não se justificando o alarme, é bom lembrar que se uma comissão de Constituição e Justiça considera “admissível” uma proposta como essa, claramente inconstitucional, que submete decisões do Supremo aos caprichos da maioria congressual do momento, toda a tramitação já começa viciada, denotando a intenção de um grupo político de impor sua vontade mesmo contra a lei.
O mesmo raciocínio vale para a lei que tenta atingir a criação de novos partidos, com o objetivo claro de dificultar a caminhada da ex-senadora Marina Silva para a disputa presidencial de 2014 ou, mais claramente, facilitar a reeleição da presidente Dilma Rousseff.
A questão da “PEC da impunidade”, como ficou conhecido o projeto de emenda constitucional que pretendia proibir o Ministério Público de investigar, pode ser resolvida de maneira democrática com essa comissão anunciada ontem, que vai rediscutir o assunto de maneira a que não haja “vencidos nem vencedores”, e que o combate à corrupção seja reforçado e não tolhido.
Só sua criação já é uma derrota para aqueles que viam na PEC um instrumento de retaliação à atuação do Procurador-Geral da República no julgamento do mensalão. E uma ducha de água fria nos que, aproveitando-se da sede de vingança, queriam mesmo era um ambiente mais propício à maracutaia, sem o MP para investigar.
O PMDB tem contra si o histórico fisiológico de suas principais lideranças que dificulta antever nas suas ações um movimento de revigoramento do Poder Legislativo. Deixando que questões locais se sobrepusessem às nacionais, demonstrou uma vocação política restrita, aceitando o papel de coadjuvante de PT e PSDB, partidos que têm “vocação presidencial”.
A ação rápida e eficaz de seus líderes, entre eles o vice Michel Temer nesses casos dos últimos dias dá ao partido a possibilidade de atuar em outra dimensão, num momento delicado da cena brasileira. O PMDB torna-se mesmo um contraponto às tentativas petistas de neutralizar as divergências através de golpes institucionais.
O PT fez seu tempo no poder.Que saia e deixe que a democracia, esta jovem e ainda frágil democracia brasileira , se mostre pois o que vemos ainda hoje é uma tentativa de golpe branco nas instituições.
PT foi uma triste decepção neste país.Ao menos para mim que não sei de nada tal como o ex-presidente Lula.
Nunca votei no PT,.Não acredito em pessoas que perdem o dedo mínimo da mão esquerda ,sendo dextro.
Por ter nascido e me criado em terrenos de uma usina de açúcar,vi vários casos de empregados que cortavam seus dedos mínimos,para poder aposentarem por invalidez.Não sei se foi este o caso do nosso ex- presidente
Eu clamei pelos partidos políticos e suas lideranças contra essas insanidades no Parlamento Nacional. Felizmente o PMDB, único deles, reagiu à altura da gravidade dos fatos.
O PARTIDO DA REPÚBLICA, com seus mais de 40 parlamentares, nem saiu da toca dos ratos da democracia. Porque será???
Lula finge que não está por trás do entrevero entre o Supremo e o Congresso e adota fala mansa
Papo furado – Ainda fugindo da imprensa por causa dos inúmeros escândalos em que se envolveu, direta ou indiretamente, Luiz Inácio da Silva continua dando palpites na política brasileira, mesmo que à distância e longe dos holofotes.
Como se desconhecesse as razões que levaram a um confronto entre os poderes Legislativo e Judiciário, Lula disse que não há qualquer clima de animosidade entre o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional. Lembrando que os Poderes devem cumprir seus respectivos papeis, o ex-metalúrgico destacou o dito popular do “cada macaco no seu galho”.
Esse discurso embusteiro seria minimamente palatável, apesar de chulo, se o Brasil funcionasse dessa maneira. O Supremo não interfere nos assuntos do Legislativo, exceto quando provocado em razão do desrespeito às normas constitucionais. Do contrário, o STF cumpre o seu papel dentro do que determina o conjunto legal e a Carta Magna.
A situação torna-se incomoda para o PT porque o Palácio do Planalto transformou o Congresso Nacional em apêndice obediente, onde busca apoio para governar a partir de um sem fim de Medidas Provisórias, editadas ao arrepio da Constituição Federal.
Fora isso, o Mensalão do PT mostrou de forma incontestável a necessidade da postura sempre vigilante do Poder Judiciário e do Ministério Público, os quais estão na mira de um projeto de engessamento que leva a rubrica palaciana.
Acreditar que a fala de Lula é mansa e conciliadora é assinar um recibo em branco para que a esquerda verde-loura avance em seu projeto totalitarista de poder. Ou a sociedade reage a essa clara tentativa de golpe, ou o aeroporto mais próximo é a melhor das saídas. Atentai bem, brasileiros!
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