Com vistas a 2016, Pudim detalha planos do PR e aliados para 2014

Considerado hoje o nome mais forte do grupo governista à sucessão da prefeita Rosinha (PR), em 2016, o deputado estadual Geraldo Pudim (PR) sabe que seu caminho à Prefeitura de Campos começa a ser trilhado desde já, com passo fundamental a ser dado em 2014, quando pretende se lançar candidato a deputado federal, cargo que ocupou até ter que abrir mão da tentativa de reeleição em 2010, quando Anthony Matheus (PR) desistiu de se candidatar a governador para se eleger à Câmara Federal. Segundo Pudim, desde então, sua candidatura a deputado federal ficou acordada entre ele seu líder, como lembrou recentemente à filha deste, a deputada estadual Clarissa Matheus (PR), que também planeja se lançar à Câmara Federal.

Nas contas de Pudim, que garante serem as mesmas de Anthony, há espaço no eleitorado de Campos não só para ajudar Clarissa a puxar a legenda para todos os candidatos à Câmara Federal do PR no Estado, como suficientes para deixar sua eleição e a do deputado federal Paulo Feijó praticamente asseguradas. Sobre a eleição a deputado estadual, Pudim acredita que seu grupo não pode cometer o mesmo erro de 1998, quando lançou vários candidatos locais, inclusive ele mesmo, sem eleger nenhum. Ele entende que três seria o número máximo de candidatos locais do PR à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), que concorreriam junto com nomes de outros partidos do grupo, como PP e PT do B. E, sejam da situação ou oposição, os candidatos campistas sofreriam também a pressão de concorrentes do município vizinho de São João da Barra.

(Foto de Vagner Basilio)
(Foto de Vagner Basilio)

Candidatura a deputado federal — Conversei isso com Garotinho há cerca de 15 dias, quando ele confirmou minha pré-candidatura à Câmara Federal. Em 2010, quando eu era deputado federal e ele pré-candidato a governador, depois que a sua candidatura não se consumou, ele conversou comigo, falou que precisaria concorrer como deputado federal, eu entendi que aquilo era o mais importante para o grupo, e concorri como estadual. Mas, desde lá, deixamos combinado que eu seria novamente candidato a federal em 2014, o que agora vai se cumprir.

Contrariedade de Clarissa — Conversei com Clarissa sobre isso há cerca de dois, três meses, em Brasília, durante nossa batalha conjunta pela manutenção dos royalties aos estados e municípios produtores. Ela, que também é pré-candidata a deputada federal, alegou que não teríamos espaço para três candidatos do mesmo grupo, com ela, Feijó e eu. Disse em resposta que seu pai é um gênio em estratégia eleitoral, virtude que nem os adversários de Garotinho negam.

Estratégia — O que Garotinho planejou? Eu e Feijó ficamos com o Norte e Noroeste Fluminense. Clarissa puxará a legenda  na capital e região metropolitana. Garotinho tem muito voto em São Gonçalo e na Baixada Fluminense, junto a um contingente eleitoral que responde por mais de 60% do eleitorado fluminense. A conta é simples: o PR tem, só em Campos, de 100 mil a 120 mil votos para deputado federal. Se Clarissa fizer uns 10 mil, 15 mil votos em Campos, e se o que sobrar for dividido entre mim e Feijó, eu e ele já saímos daqui com nossas eleições praticamente asseguradas.

Demais candidatos do PR — O objetivo do PR é fazer oito deputados federais. Temos alguns outros candidatos fortes. Zoinho, de Volta Redonda; Neca, de Nilópolis; e os pastores Francisco Floriano e Adilson Soares, já detêm mandatos na Câmara Federal e buscarão a reeleição. Temos ainda o deputado estadual Altineu Cortes, de Itaboraí, onde ficou em segundo para prefeito na última eleição, e Dr. João, que foi candidato a prefeito em São João de Meriti.

Como impedir êxodo após eleição? — Nossa meta é fazer de 10 a 12 deputados estaduais. Em 2010, elegemos nove e ficamos com apenas quatro: Clarissa, Altineu, Samuquinha e eu. As coisas ficam difíceis por conta da hegemonia do PMDB, que hoje tem o vice-presidente da República, os presidentes do Senado e Câmara federais, o governador e o vice do Estado do Rio, o presidente da Alerj, o prefeito da cidade do Rio e o presidente da Câmara de vereadores da capital. Diante dessa hegemonia, além de recuperarmos o governo fluminense com Garotinho, o que ele tem preconizado é primar mais pela qualidade do que pela quantidade, em relação dos nossos demais candidatos.

Candidatos de Campos à Alerj — Posso falar pelo PR, no qual não vejo condições de lançarmos mais do que três candidatos de Campos, ou correríamos o risco de repetir 1998, quando tivemos várias candidaturas, pulverizamos a votação e ninguém do grupo se elegeu. Temos algumas pré-candidaturas apresentadas, como a dos vereadores Magal e Gil Vianna, além do próprio Wladimir, presidente do partido em Campos. O pastor Éber Silva também já manifestou intenção em se candidatar e, se tiver que fazê-lo, será pelo PR. Além deles, há alguns outros com a pretensão legítima de se lançarem, não só no PR, mas também, por exemplo, no PP, que é o partido do vice-prefeito Chicão, ou no PT do B, do vereador Mauro Silva, que hoje é vice-presidente regional da legenda. Temos que conversar e decidir o que é melhor e mais viável para nosso grupo.

Candidatos de outros municípios — Vamos sofrer essa pressão, não só no nosso grupo, mas também na oposição, sobretudo dos candidatos de São João da Barra. Carla Machado, caso não sofra nenhuma impedimento jurídico, por conta da sua prisão pela Polícia Federal e das denúncias de compra de voto e apoio na última eleição municipal, que estão tramitando na Justiça, virá com a força de quem foi prefeita duas vezes para disputar uma vaga de deputada estadual. Assim como Betinho, que também foi prefeito duas vezes, não pode deixar seu espólio vazio, ocupando espaço com a candidatura à Alerj do seu filho Bruno Dauaire, pelo PR, muito embora a eleição municipal de São João da Barra, em nosso entender, ainda não tenha acabado.

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Este post tem 8 comentários

  1. marcos abreu

    Ele esqueceu que o vereador Dr abdu neme do Pr é candidato a deputado estadual, mauro Silva também é candidato a estadual

  2. LUCIANO DE CAMPOS

    DEPUTADO GERALDO PUDIM você é um politico preparado para reassumir a Câmara e também a nossa prefeitura em 2016. Estou com você. Que DEUS te abençoe.

  3. Roberto

    Abdu apóia Brazao!!!quem sempre apoiou…

  4. Jurea

    “Há ALGUNS OUTROS com a PRETENSÃO LEGÍTIMA de se lançarem, NÃO SÓ NO PR, mas também, por exemplo, no PP, que é o partido do vice-prefeito Chicão, OU NO PT do B, do VEREADOR MAURO SILVA, que hoje é vice-presidente regional da legenda.”

    Atenção a leitura.

  5. Savio

    Com a “oferta” de políticos tão (trecho excluído pela moderação), o que podemos esperar é que todos eles sejam repudiados nas urnas!

  6. neusa liere

    EU APOIO DR ABDU NEME O MEU AMIGO DO CORAÇÃO PARA DEPUTADO ESTADUAL. ESTOU COM VOCE!!!!

  7. DR Abdu Neme

    Independente da vontade de alguns ,sou candidato a deputado estadual ,vou apoiar federal do meu partido ,me aguarde ,vou trabalhar muito na região e em todo estado, com ajuda dos meus colegas de profissão e amigos.

  8. marcia macedo

    APOIO DR.ABDU NEME

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