Governo Dilma tem 57% de aprovação após queda de 8 pontos, diz Datafolha
A popularidade da presidente Dilma Rousseff caiu pela primeira vez desde o início de seu mandato, há dois anos.
Pesquisa feita pelo Datafolha na quinta e na sexta-feira mostra que 57% da população avalia seu governo como bom ou ótimo. São 8 pontos a menos que no levantamento anterior, feito em março.
A presidente perdeu popularidade entre homens e mulheres, em todas as regiões do país, em todas as faixas de renda e em todas as faixas etárias, segundo o Datafolha.
Os números do Datafolha indicam que a deterioração da imagem de Dilma é um reflexo do aumento do pessimismo dos brasileiros com a situação econômica do país e mostram que a população está mais preocupada com a inflação e o desemprego.
Para 51%, a inflação vai subir. Em março, esse índice era de 45%. A mesma tendência pode ser observada em questões sobre desemprego, poder de compra do salário, situação econômica do país e do próprio entrevistado.
Apesar da queda de popularidade, a presidente Dilma Rousseff continua sendo a favorita para vencer a eleição presidencial do ano que vem.
No cenário mais provável da disputa, em que teria como adversários a ex-senadora Marina Silva (Rede), o senador Aécio Neves (PSDB) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), Dilma teria 51% das intenções de voto, segundo o Datafolha.
São sete pontos a menos que o verificado no levantamento anterior, de março. Mas ainda assim é o suficiente para liquidar a eleição já no primeiro turno.
Em segundo lugar, com os mesmos 16% da última pesquisa, aparece Marina, atualmente engajada na criação de um novo partido político, a Rede Sustentabilidade.
Aécio foi o único que cresceu em relação ao levantamento de março. Ele tem agora 14% das intenções de voto, quatro pontos a mais que na pesquisa anterior.
Nessas oportunidades, Aécio criticou o governo com muita ênfase na inflação, objeto de crescente preocupação da população, conforme a mesma pesquisa.
Em quarto lugar na pesquisa, com 6% das intenções de voto, aparece o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). O índice é mesmo obtido por ele no último levantamento.
A pesquisa foi realizada nos dias 6 e 7 de junho. Foram feitas 3.758 entrevistas. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Atualização à 1h54: Aqui, o jornalista Saulo Pessanha já havia repercutido na Folha Online a pesquisa do Datafolha com a queda da popularidade e intenções de voto da presidente Dilma.
TUDO PELA IDEOLOGIA-Percival Puggina
E a ideologia em tudo. Afirmação reiterada, persistente, contra a lógica polida e esférica dos fatos é indício de mentira cabeluda. Veja a Medicina cubana, por exemplo. Relatam-se sucessos mágicos. Coisa de botar no chinelo o orgulhoso Hospital Albert Einstein. Essa fábula faz parte da alma do negócio ideológico e financeiro da Castro&Castro, aquela empresa que a partir de 1959 assumiu toda a atividade produtiva de Cuba. Como é possível alguém crer que uma ilha onde viver é catalogar carências possa produzir esplendores da Ciência? É possível, sim. Até o Chávez caiu nessa.
Veja o caso dos brasileiros que vão cursar Medicina em Cuba. São alunos que, ante o purgatório do vestibular, preferem botar fé no paraíso cubano. Batalham indicação de partidos e movimentos sociais afinados com a Castro&Castro. Ao retornarem, são reprovados em exames de revalidação, mesmo tendo frequentado o que há de bom – assim dizem – em Medicina e Saúde Pública no mundo. Sim, sim, sei. Eu e o Chávez. O fato de médicos cubanos se apresentarem às portas dos hotéis de Havana oferecendo-se como guias de turismo deve ser boa confirmação dessa excelência toda. Já a proposta de importar de Castro&Castro milhares de profissionais, a troco de ouro para os cofres da exportadora e de tostões para os médicos, ofende os direitos humanos das comunidades pobres e isoladas, escolhidas para recebê-los. A solução que proponho é, socialmente, muito mais justa. Destaquem esses profissionais para cuidar dos membros do governo federal e seus agentes, bem como de todos os que, no meio social, político e partidário, acharam a iniciativa o maior barato. Vergonha! Preferem pagar bem o governo cubano a remunerar bem os médicos brasileiros.
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Também ofende a dignidade humana a ideia de que índios devam permanecer, séculos afora, lascando pedra para fazer lança e servindo, seja como zoológico humano para deleite de antropólogos estrangeiros, seja para as matreiras intenções da Fundação Nacional do Índio e do Conselho Indigenista Missionário. Esses organismos estão ideologicamente sequestrados por interesses não nacionais. As sucessivas invasões de áreas de lavoura evidenciam que transformaram os índios em militantes de causas que não são suas. A produção de alimentos ocupa menos de 30% do território nacional. O resto é mato. Portanto, se os índios querem viver segundo sua tradição tribal, não será em áreas de lavoura plantada que o farão. Têm os outros 70% à disposição. Os que querem se integrar à Civilização, não o farão como sem-terras que pintam o rosto com tinta de urucum e tocam tambores de guerra. Reservas indígenas vão entrar para o agronegócio? E daí, presidente Dilma? Veja a encrenca em que sua gente meteu o país. Assim como o MST recrutava sem-terras no meio urbano, agora a Funai recruta índios para seus objetivos ideológicos e corporativos. A Funai não anda a fim de mato. Virou MST dos índios. E o CIMI nunca esteve a fim de evangelizar. Proclamam em seu site: “Impulsionados por nossa fé no Evangelho da vida, justiça e solidariedade e frente às agressões do modelo neoliberal, decidimos intensificar a presença e apoio junto às comunidades, povos e organizações indígenas e intervir na sociedade brasileira como aliados dos povos indígenas, fortalecendo o processo de autonomia desses povos na construção de um projeto alternativo, pluriétnico, popular e democrático”. Conheço bem essa toada. De letra e de música.
http://gracanopaisdasmaravilhas.blogspot.com.br/2013/06/tudo-pela-ideologia-percival-puggina.html
A coisa tá feia para a Dilma e o PT esse papo de favoritismo é balela. A popularidade dela só vai cair. A possibilidade de ela perder é grande.
O Brasil está uma BOSTA. Desculpem o termo xulo. Muitos não viram, mas o Brasil já está indo rumo ao abismo há muito tempo. Em três anos da mandato, Dilma não fez nada além de ampliar a distribuição de pães e priorizar obras do circo como Copas e Olimpíadas, preocupada com VOTOS. Mas o que chamou a atenção mesmo foi ver tantos Ministros roubando, o Ministro Mantega só fazendo cagadas na economia, Lula e José Dirceu ainda mandando no Governo, ver nordestinos e gados morrendo de fome e sede porque a Obra da Transposição foi abandonada depois de consumir R$ 20 Bilhões. Enfim, um monte de BOSTA e ela sem fazer NADA.
Por falar em Bosta, até é bom trazer pra cá a opinião de um Especialista no assunto, o Blogueiro, advogado e escritor, Leonardo Sarmento, que escreve crônicas tão boas ou melhores que essa no Blog Mosaico de Lama, para resumir nosso pensamento e o dele.
Como falo de “merda”, como falo do povo brasileiro, não posso deixar de falar de política… Se falo de política e merda não posso deixar de falar de PT, o maior conglomerado de merdas deste país… E não é à toa que a partir de sua descoberta seu mau cheiro caiu nas graças do povo, que nos dias mais festivos passou a trocar seu sagrado arroz papa e o feijão aguado por uma porção de merda à moda brasileira a ser degustada pós-agradecimentos por seus feitores…
Nesta dias, Lula e Dilma defecaram, ops, discursaram à frente de sua organização criminosa reunida. Para meliantes, ops, “militantes do PT” discursaram personagens que marcaram e continuam a marcar época em nossa história, com uma credibilidade deturpadora de qualquer média logicidade intelectiva… Discursaram os que trouxeram à baila social o uso natural do vocábulo corrupção, imoralidade pública, antieticidade como um algo tolerável e muitas vezes justo, “aplaudível”, em uma acepção bem peculiar, claro… Esses encontros são sempre épicos, pois se aglutinam merdas para todos os lados, é um esgoto a céu aberto, para onde se olha se depara com uma merda maior, mais gorda, a cada respiro o vômito se faz presente, isso claro, para quem não come merda todo dia e se diz satisfeito com as cagadas… Neste mesmo dia propôs-se um desagravo a José Dirceu, o mais aplaudido e festejado da noite, ideia essa aprovada por aclamação, uma moção de repúdio as verdades trazidas por uma famosa revista nacional, “Veja” só… Foi ainda redigido um documento intitulado “Por uma imprensa livre”, documento esse que propõe absurdas censuras à imprensa com um título que só convenceria analfabetos funcionais de sua pertinência para com seu conteúdo… e não é que vislumbro um convencimento social em massa como provável…
Em um raso exame de fezes encontraríamos proeminentes figuras políticas como José Dirceu, Marcos Valério, Delúbio Soares, José Genoíno, João Paulo Cunha, a frustrada chacrete Ângela Guadagnin, Antônio Palocci, Lula, Dilma e muitos outros que não valem mais meu tempo perdido neste sempre épico encontro… Esses oxiúros comandam esse país de merda sem que esta merda de sociedade se coce para eliminá-los de seus rabos, pelo contrário, engolem, comem o cocô e arrotam caviar sem saber o gosto que tem… É literalmente um povinho de merda… fazer o quê?
Felizmente os Institutos de pesquisas já começaram a divulgar isso, seguraram, seguraram, mas não deu mais. A bosta já está derramando e fedendo.
Nossa sorte que o DATAFOLHA se antecipou antes do IBOPE, Vox Populi, Gallup e outros que mamam nas tetas do Governo e da CNI, viessem com mais uma pesquisa mentirosa e muitas vezes compradas.
Felizmente o povo também está acordando. Viram o que fizeram quando a Caixa Econômica Federal fez aquela Bosta de espalhar pânico entre os dependentes das esmolas?
O piadista até podia mudar a tradicional piada: Tenho duas notícias ruins para contar: Uma boa e uma ruim. Qual você quer ouvir primeiro? A boa. O Brasil está uma BOSTA. E a ruim? Não está tendo BOSTA pra todo mundo.
Graças a essas Bostas, Dilma começou a despencar feio. E não é pouco não. 8%.
Caro Leniéverson,
O mais terrível na velocidade da queda, como cantou o Lobão, é que, diferente de uma pirambeira na qual se atira e se esborracha as fuças na Campos/São Fidélis, ela também pode ser “lenta, gradual e segura”, como a distensão do governo federal do general Ernesto Geisel (1974/79), cuja política externa foi desavexada fonte de inspiração às administrações petistas de Lula e Dilma.
Abç e grato pela colaboração!
Aluysio
“Dirceu — A Biografia” e relatos de tortura e morte. Ou: Quem conta a verdade possível é a sociedade, não comissões fajutas de estado
Por Reinaldo Azevedo-Veja
Quem conta a verdade possível, em matéria de história, é a sociedade: seus pesquisadores, historiadores, jornalistas, comentadores. Por mais honestos que sejam os narradores sobre os fatos, as narrativas serão necessariamente distintas. E não apenas em razão do estilo de cada um. Haverá aquele a enxergar relação de causa e efeito onde outro vê ou mera correlação ou não mais do que um acidente. Ao ordenar os eventos, reconstruímos a realidade segundo o nosso entendimento. Onde, então, está a verdade — sempre partido do princípio de que todos são fiéis aos fatos, de que não existe mentira deliberada? Está nesse conjunto diverso de vozes e de entendimentos da realidade.
Assim se fazem as coisas nas sociedades livres. Instituir, pois, uma comissão estatal da verdade para definir a “versão oficial” dos fatos é mero exercício de truculência política, de vigarice intelectual e de pilantragem filosófica. A razão é simples: os elementos meramente fáticos, destituídos do contexto que lhes dá sentido, em vez de esclarecer o mundo, servem para obscurecê-lo ainda mais. Quando essa dita “comissão da verdade” pretende instituir uma “moral da história”, aí já estamos no terreno do mais asqueroso oportunismo. Por que essas considerações? O editor de VEJA Otávio Cabral acaba de lançar pela Editora Record o livro “Dirceu — A Biografia” (364 págs; R$ 39,90). Ali se narram verdades que, para escândalo do bom senso, não são do interesse daquela comissão instituída por Dilma Rousseff, embora essa também seja uma história de tortura de morte.
O fio condutor do livro é a vida de José Dirceu, personagem central do maior escândalo político da história brasileira, articulador do que foi muito bem definido por ministros do Supremo como uma tentativa de golpe nas instituições democráticas e republicanas. Ora, uma personagem com esse vulto, com todas as características evidentes do anti-herói, que força a própria estereotipia para entrar na galeria dos vilões, merece ter a vida esmiuçada. E Cabral se dedicou, então, a uma pesquisa detalhada para reconstruir a trajetória do chefão do PT. Como informa Thaís Oyama em reportagem na VEJA desta semana sobre o livro, o autor analisou 15 mil páginas de documentos, distribuídas em nove arquivos, e entrevistou 63 pessoas. É… O Dirceu do mensalão, chamado pela Procuradoria-Geral da República de “chefe de quadrilha”, não se fez por acaso. Cabral decidiu investigar o pântano em que nasceu tal flor e escreveu um livro que, acreditem, traz revelações surpreendentes. Eu diria que Dirceu é ainda mais Dirceu do que se supunha…
Se já conhecíamos, por exemplo, aspectos de sua biografia pessoal que pareciam pouco recomendáveis para consumo humano, o livro se encarrega de evidenciar que Dirceu não enganava pessoas apenas por necessidade; ele também o fazia por gosto. Volto a esse ponto mais tarde. Dentre as muitas revelações do livro, dou destaque a duas porque dizem muito sobre a personagem e também nos remetem à tal “Comissão da Verdade”.
José Dirceu, o homem condenado a 10 anos e 10 meses por corrupção ativa e formação de quadrilha, segundo o depoimento de uma das testemunhas da história, participou do assassinato de um sargento da Polícia Militar de São Paulo, em 1972. A morte ocorreu em uma das ocasiões em que ele voltou do exílio em Cuba — era um protegido de Fidel Castro —, em companhia de outros membros do grupo Molipo (Movimento de Libertação Popular), uma tentativa de movimento armado criado por exilados brasileiros em Cuba, financiado por Fidel. Lembro que o destino do Molipo ainda hoje gera especulações à boca miúda. Todos os dirigentes foram mortos pelas forças de segurança. Só Dirceu escapou.
Há uma outra revelação chocante: Dirceu comandou, segundo relato da época, o sequestro e sessões de maus-tratos de um jovem chamado João Parisi. Leiam trecho do livro:
O soldado da Força Pública Paulo Ribeiro Nunes e o estudante do Mackenzie João Parisi Filho, membro do CCC [Comando de Caça aos Comunistas], descobertos enquanto se passavam por militantes do movimento estudantil, foram levados vendados ao Conjunto Residencial da USP, o Crusp, onde os apartamentos 109, 110 e 111 do bloco G eram utilizados como uma “delegacia informal” da turma de Dirceu. Lá, foram interrogados e mantidos em cárcere privado (…) A Parisi, porém, foi dado tratamento de inimigo de guerra, segundo relato do delegado do DOPS Alcides Cintra Bueno Filho, em documento de 18 de agosto de 1970:
“Por determinação do ex-líder estudantil Jose Dirceu de Oliveira e Silva, concretizou-se o sequestro do então universitário João Parisi Filho, da Universidade Mackenzie. João Parisi Filho foi levado para o Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo, onde permaneceu em cárcere privado por vários dias, submetido a sevicias. Nesse conjunto residencial, Parisi foi conduzido vendado e algemado, onde foi submetido a interrogatório, sob ameaça de morte. A vítima permaneceu presa durante dias, em condições desumanas. Após ter passado por esses atos de atrocidade, o estudante Parisi foi conduzido de olhos vendados para a copa do quinto andar do pavilhão G, onde foi trancafiado por uma noite e dois dias, permanecendo nesse local todo esse tempo deitado, com as mãos algemadas e presas ao cano da pia daquela dependência. Nessa situação, foi encontrado por duas empregadas que fazem a limpeza”.
Voltei
Pois é… São apenas duas de muitas histórias um tanto estarrecedoras sobre o Zé. Mais uma vez, temos uma medida do Paraíso na Terra que teria sido o Brasil se “eles” tivessem vencido a batalha. Não por acaso, Dirceu foi tomar lições sobre o que fazer em Cuba — e continua a defender até hoje com unhas e dentes a ditadura que o abrigou. Eis aí algumas contribuições importantes para a verdade sem crachá, para a verdade que não depende de comissão oficial.
Aqui e ali já se contou a história do Dirceu que viveu clandestinamente no Paraná, com o nome de Carlos Henrique Gouveia de Mello, casado com Clara Becker — que é a mãe do hoje político Zeca Dirceu. Muito bem! Veio a Anistia, e o homem não teve dúvida: revelou à mulher que, bem…, ele não era ele e se mandou. Ela ainda tentou salvar o casamento, mas foi inútil. Muitos já tentaram livrar a cara de Dirceu nessa história: “Ele só estava se protegendo e protegendo a sua família…”. É mesmo? Pediu, por acaso, licença à mulher, à mãe do seu filho, para usá-la como disfarce? Não, é claro! A biografia revela agora que Dirceu não enganava apenas por necessidade, mas também por gosto. Tinha uma outra mulher em São Paulo, chamada Miriam Botassi. Clara, assim, era enganada duas vezes: pelo militante político José Dirceu e pelo marido que julgava ter, Carlos Gouveia. Dirceu, como se vê, mudava de nome, mas não de caráter.
Que vida venturosa, não?
No livro, Cabral demonstra que, a partir de um determinado ponto, as trajetórias de Lula e Dirceu se imbricam. As relações nem sempre foram as mais pacíficas, e houve um momento em que o Zé encostou a faca do pescoço de Lula. Em troca do silêncio sobre a forma como o partido captava recursos para campanha, exigiu a presidência do PT e plenos poderes. Levou o que quis.
Eis aí: “Dirceu — A Biografia” ilumina a trajetória de uma figura central na construção e realização do projeto de poder petista. É a verdade sem crachá. É a verdade escrachada.
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/dirceu-a-biografia-e-relatos-de-tortura-e-morte-ou-quem-conta-a-verdade-possivel-e-a-sociedade-nao-comissoes-fajutas-de-estado/