Barrado na BR 101, direito de ir e vir ganhou Nelson na praça

Manifesto

O Centro de Campos foi cenário ontem para protesto de artistas contra a denúncia de censura no Trianon à peça “Bonitinha, mas Ordinária”, de Nelson Rodrigues, por supostos motivos de ordem pessoal e religiosa da prefeita Rosinha, e para o manifesto intitulado de “Dia Nacional de Luta”, que contou com a participação dos sindicalistas, “Cabruncos Livres”, ex-catadores de lixo da Codin e integrantes do MST.

O ato do “Dia Nacional de Luta” começou no Centro e se estendeu em uma passeata, com cerca de 500 pessoas pela avenida Alberto Torres, rumo à BR 101, onde os manifestantes seguiram o péssimo exemplo de fechar rodovias, dado pelos grupos da prefeita de Campos, Rosinha, e do prefeito de São João da Barra, José Amaro Martins, Neco, durante manifestos contra a partilha dos royalties. Em Campos, a BR 101 também foi fechada por correligionários da prefeita Rosinha, quando ela foi afastada do cargo.

Enquanto o protesto na BR 101 tirava o direito de seguir viagem, os cerca de 30 artistas preferiram ficar na praça São Salvador, símbolo da cidade, onde fizeram a leitura de alguns trechos da obra de Nelson Rodrigues, preenchendo o direito de ir, vir e viajar nas palavras do maior nome da dramaturgia brasileira

De autoria do editor-geral da Folha, Rodrigo Gonçalves, o texto foi publicado hoje na edição impressa do jornal.

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