Cinema de pai para filho

Acabei de assistir agora, junto do meu filho, ao filme “Tudo acontece em Elizabethtown”, estrelado por Orlando Bloom e Kristen Dunst, contando ainda com os veteranos Susan Sarandon e Alec Baldwin no elenco. Filme de 2005, a direção e o roteiro são de Cameron Crow, ex-jornalista precoce (e prodígio) da conceituada revista de rock “Rolling Stone”, cujas aventuras renderam outro filme “Quase famosos”, de 2000, e um Oscar como roteirista para quem o escreveu e dirigiu.

Quem, como eu, perdeu o pai há pouco tempo, ver “Elizabethtwon”, sobretudo ao lado do filho, foi um mergulho inesperado, mas profundo, em memórias afetivas das mais caras, daquelas que levamos guardadas num estojo.

Sensação muito semelhante já havia colhido ao também assistir recentemente ao filme brasileiro “Gonzaga — De pai para filho”, de 2012, dirigido por Breno Silveira e estrelado por Nivaldo Expedito de Carvalho (Gonzagão) e Júlio Andrade (Gonzaguinha). Aos filhos que trazem vivas as lembranças dos seus pais, ou para aqueles que têm a chance de estreitar os laços com os seus em vida, são duas experiências cinematográficas belas e necessárias.

Como brindes, se “Elizabethtown” traz ainda uma sensibilíssima história romântica, “Gonzaga” torna mais conhecida parte da historiografia de dois ícones da música popula brasileira, a tal da MPB. Imperdíveis para quem entende alguma coisa de cinema, de ser filho ou pai; ou para quem não sabe nada e precisa aprender.

Gonzaga

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