BRASÍLIA – A Agência Nacional de Águas (ANA) deve concluir ainda esta semana um parecer técnico sobre a viabilidade da captação de água do Rio Paraíba do Sul, no Rio de Janeiro, para abastecer o Sistema Cantareira, em São Paulo, quando este estiver em baixa. Técnicos do setor hídrico do governo federal avaliam que é possível autorizar o governo paulista a fazer a captação. Como o Paraíba do Sul é um rio federal, ontem o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), se reuniu com a presidente Dilma Rousseff para fazer o pedido.
— Ao utilizar a vazão mínima do Paraíba do Sul, o estado do Rio já capta tudo o que precisa para abastecer a população fluminense. Não parece ser um problema tirar 5m³ de um rio cuja vazão mínima é 120m³ — avalia um técnico.
O plano de Alckmin já está sendo estudado pela ANA. A avaliação de técnicos que trabalham no assunto é que como metade da água que o Rio usa do Paraíba do Sul é utilizada no tratamento de esgoto, um desvio de uma pequena parte desse recurso para outro estado não teria potencial de causar prejuízos para o abastecimento da população fluminense.
Alckmin disse que conversou nesta quarta-feira com os governadores do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e de Minas, Antônio Anastasia, para explicar a proposta de retirada de água do Rio Paraíba do Sul, e afirmou ter obtido o apoio de ambos para a obra.
É possível que seja feito um acordo que inclua o estabelecimento de compensações de São Paulo com relação ao Rio. Uma compensação cabível seria uma contribuição para o tratamento de esgoto fluminense.
Presente à reunião entre Dilma e Alckmin, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, diz que o governo vai avaliar a proposta para buscar uma solução que resolva o problema de São Paulo, estado que concentra a maior parte do PIB brasileiro, sem prejudicar os outros estados que se beneficiam da Bacia do Rio Paraíba do Sul. Além de São Paulo e Rio, Minas Gerais também usufrui de parte dessa água.
— A postura do governo federal é buscar uma solução em que ninguém seja prejudicado, uma solução colaborativa e construtiva. Estamos discutindo segurança hídrica na região econômica mais importante do Brasil: São Paulo, Rio e Minas. Vamos buscar uma solução que garanta a segurança hídrica dos três estados — pontuou Izabella.
Publicado aqui no Globo.com.
sacaniar o rio Paraíba pode…
Aqui já está pronta a resposta antecipada:
” o governo vai avaliar a proposta para buscar uma solução que resolva o problema de São Paulo, estado que concentra a maior parte do PIB brasileiro[…]”.
Ou seja, concentra a “maior parte do PIB brasileiro”, mas também do mais significativo grupo político e “sede” dos conglomerados financeiros principais do país, além dos Bancos, a Indústria. Se fosse só isso, já bastaria para sabermos a “resposta”, mas é o reduto, local de moradia do LULA, e onde ele “criou” sua sustentação política!
Em resumo, pode ser que eu me engane, mas a resposta será favorável, e como o Cabral, comparado ao Alckmin é “fósforo apagado”, já sei que nós, fluminenses, seremos prejudicados!
O que irá acontecer com 11 milhões de pessoas que necessitam da água do Rio Paraíba do Sul, com certeza, não interessa à Dilma! Este é um dos grandes males de termos políticos de “3º nível”, entre governador, os prefeitos que temos nos 38 municípios dependentes do Paraíba, deputados e demais políticos, e um povo que só pensa em “Copa do Mundo”, “Carnaval” e outras superficialidades!