Os deputados estaduais Clarrissa Garotinho (PR) e Jânio Mendes (PDT) estiveram na manhã de hoje na Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), dando apoio ao movimento de greve dos servidores da Fundação Estadual do Norte Fluminense (Fenorte), que deflagraram greve no último dia 14 de março, e também aos docentes e técnicos administrativos da Uenf , que iniciaram a greve dia 20 de março. Os deputados se reuniram com o reitor da Uenf, professor Silvério de Paiva Freitas, por cerca de meia hora, e se ofereceram para agir como interlocutores das reivindicações junto ao governo estadual.
Os técnicos administrativos e docentes da Uenf reivindicam o ajuste linear para todos os servidores de 86.7% e o pagamento do adicional de dedicação exclusiva de 65%. Já os servidores da Fenorte reivindicam reajuste salarial, que não têm há oito anos, além de novo plano de carreira e valorização dos funcionários. Em relação aos pleitos da Uenf, uma proposta intermediária, com reajuste de 35%, com a polêmica possibilidade de flexibilização da dedicação exclusiva em alguns casos, vinha sendo negociada entre a reitoria e o governo estadual.
Na última quarta-feira, dia 19, quem também esteve na Uenf foi o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Gustavo Tutuca (PSB), muito ligado ao vice-governador Pezão, pré-candidato em outubro ao governo do Estado que assumirá, no lugar de Sérgio Cabral (PMDB), já no começo de abril. Tutuca se reuniu com o reitor Silvério, no sentido de encaminhar a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) a proposta de reajuste de 35%. Ele, no entanto, teria concionado para isso que primeiro a greve fosse suspensa, como ocorreu na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e na Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec). Ainda sem pauta definida, na próxima quinta-feira, dia 28, está marcada uma assembleia da Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Aduenf), onde pode ser discutida a proposta do governo, condicionando o envio do reajuste de 35% à Alerj com o retorno ao trabalho.
Abaixo, no vídeo, o que disse Clarissa hoje, em sua visita à Uenf:
Será a deputada apoiará 86.7% pra nós, funcionários de Campos se fizermos greve?
Eu quis dizer ( será que)
Paulo Henrique, se fizermos greve? A UENF já esta de greve. Os salários dos técnicos da UENF é 50% menor que os da UERJ com a mesma atribuição. E os professores de lá já conquistaram ADE e ganham mais que os da UENF. Só que os professores da UENF é que trabalham na melhor universidade do estado, alias, se dedicam exclusivamente para que a UENF seja a melhor.
A pergunta é: até quando teremos a dedicação dos técnicos e dos professores com esse descaso por parte do governo?