Enquanto São Paulo se prepara para a abertura da Copa do Mundo nesta quinta-feira (12), os primeiros protestos contra os gastos no Mundial já começaram. Na manhã desta quinta, um grupo de 60 manifestantes entrou em confronto com a Polícia Militar ao lado da estação de metrô Carrão, na zona leste da capital paulista.
Ainda não há informação total de feridos ou detidos. No entanto, segundo a rede de televisão americana CNN, dois jornalistas ficaram “levemente feridos” no confronto.
A PM fez um cordão de isolamento para que o grupo não fechasse a Radial Leste, importante via de ligação à Arena Corinthians, palco da abertura da Copa. A PM também soltou bombas de efeito moral diante do grupo e deteve alguns manifestantes.
A polícia continua posicionada no local. Os manifestantes seguem na Rua Apucarana para tentar furar o cordão de isolamento e entrar na Radial Leste.
Os manifestantes fazem parte de movimentos sociais contra a Copa do Mundo no Brasil, que organizaram nas redes sociais este encontro perto do metrô com o objetivo de ir até o estádio de inauguração do Mundial.
Além do “Grande Ato Contra a Copa”, estão previstas para hoje manifestações em todas as cidades-sedes da Copa.
Fonte: Revista Época
Atualização às 14h18:
Uma jornalista da CNN ficou ferida durante um confronto entre manifestantes e policiais militares em um protesto contra a Copa do Mundo em São Paulo, na manhã desta quinta-feira. A confusão começou cerca de 10 minutos após o início do ato, pouco depois das 10 horas (de Brasília).
De acordo com uma mensagem postada na rede social Instagram pelo correspondente esportivo e âncora da CNN Alex Thomas, a produtora Barbara Arvanitidis pode ter quebrado o braço. Ela foi atingida por estilhaços de bomba de efeito moral.
Segundo reportagem da TV Globo, a repórter correspendente da CNN Shasta Darlington também ficou levemente ferida no protesto. Ela e Arvanitidis, que teve que ser retirada do local de maca, estavam na Rua Apucarana, nas imediações da Estação Carrão.
O assistente de câmera do SBT, Douglas Barbieri, também foi atingido por estilhaços de bomba. Ele foi ferido no rosto, mas seguia trabalhando na cobertura do evento, com curativos.
Correria e bombas
Pouco depois da confusão inicial, a polícia voltou a jogar bombas para desbloquear a Rua Apucarana. Houve correria nas ruas laterais. Uma das bombas atingiu o pátio de um prédio residencial. Moradores do condomínio brigaram com os manifestantes.
O grupo não atendeu ao pedido da PM para se afastar da Radial Leste, via que será a principal ligação das delegações com a Arena Corinthians. A PM jogou bombas de gás e de efeito moral para tentar dispersar o grupo.
Fonte: G1