Nem William, nem Paulinho. O substituto da Seleção Brasileira será seu jogador mais jovem: Bernard, de 21 anos. Sua camisa é a 20, mesmo número usado pelo campista Amarildo, ao substituir Pelé para ganhar a Copa de 1962 (relembre aqui). Em contrapartida, a Alemanha também surpreendeu, escalando seu veterano centroavante Miroslav Klose, de 36 anos, desde o início das semifinais de daqui a pouco, no Mineirão. Ele terá a chance de tentar ultrapassar o ex-craque Ronaldo Fenômeno como maior artilheiro da história das Copas, após empatar nesta com o brasileiro no número total de 15 gols.
Os técnicos Luiz Felipe Scolari e Joachim Löw fizeram mistério sobre suas escalações até o último momento, num xadrez tático antes do jogo de verdade começar daqui a pouco no campo. No entanto, o treinador alemão manteve Benedikt Höwedes na lateral esquerda, zagueiro adaptado à função que não tem feito uma boa Copa — foi pelo seu setor que nasceram os três gols sofridos pela Alemanha nesta Copa. Considerado o possível mapa da minha na defesa germânica pelo treinador Felipão, como o blog antecipou aqui, Bernard entra para jogar avançado pela direita, em cima de Höwedes. Com isso, Hulk cairá pela direita e Oscar fica liberado para fazer mais pelo meio a função tática que vinha sendo desempenhada por Neymar.
O Brasil pode até não ganhar o jogo. Mas pela coragem e inteligência demonstradas pelo tão criticado Felipão na escalação do Brasil nesta semifinal, em contraste com a proposta conservadora de Löw, vale a pena torcer. Afinal, como diz Sean Connery, na pele de Malone, a Kevin Costner, interpretando Eliot Ness, antes de ambos se reunirem para enfrentar uma guerra e prender Al Capone, no clássico filme “Os Intocáveis” (1987), do diretor Brian De Palma: “Deus não gosta de covardes!”
O Brasil entra em campo com Júlio César, Maicon, David Luiz, Dante e Marcelo; Luiz Gustavo, Fernandinho e Oscar; Bernard, Fred e Hulk. A Alemanha vem como Neuer, Lahm, Boateng, Hummels e Höwedes; Schweinsteiger, Kedira, Kroos e Özil; Müller e Klose.
Nada de conjecturas tudo é HIPOTÉTICO
Ou “Pra cima do perigo coragem.”