Ponto final — Para ser eleito presidente ou governador, a tática é porrada

Ponto final

 

Diferença maior nos menores

Assim como só os candidatos menores a presidente tocaram em assuntos polêmicos no primeiro turno, como aborto, direitos homoafetivos e descriminalização da maconha, apenas dois institutos menores indicaram uma vantagem destacada a um candidato a presidente neste segundo turno. No caso, o Paraná e o Sensus. O primeiro, em consulta divulgada no dia 8, creditou (aqui) 54% dos votos válidos para Aécio Neves (PSDB), contra 46% de Dilma Rousseff (PT). Já o segundo, em amostragem liberada no dia 12, registrou (aqui) 58,8% para o tucano, contra 41,2% da presidente.

 

Nada muda nos grandes

Enquanto isso, Ibope e Datafolha ontem repetiram (aqui) o mesmo resultado das pesquisas divulgadas semana passada: Aécio na frente, intocado nos 51%, mas em empate técnico com Dilma, mantida nos 49%. Com os baixos índices de votos brancos e nulos (7% no Ibope e 6%, no Datafolha) ou os que não ainda não souberam responder (5% no Ibope e 6%, no Datafolha), outra diferença se deu na rejeição, na qual é Dilma quem lidera (36% no Ibope e 42%, no Datafolha), mas em novo empate técnico com Aécio (35% no Ibope e 38%, no Datafolha), na margem de erro de dois pontos para mais ou menos.

 

O que pode mudar, define

Nessa vantagem de Aécio, muito grande no Paraná e virtualmente inalcançável no Sensus, mas pequena para Ibope e Datafolha, este último instituto fez algumas interessantes perguntas sobre o que poderá definir a eleição. Indagados sobre a certeza do voto, 42% dos eleitores disseram não estar dispostos a mudar a opção já feita por Aécio, assim como por Dilma, num empate exato. No entanto, quando perguntados se talvez votassem num ou noutra, 18% disseram poder fazê-lo no tucano e apenas 15% na petista, em outro empate técnico.

 

Leve vantagem

Assim, mesmo dentro da margem de erro, o cruzamento de todos os índices de intenção de voto, rejeição e possibilidade de ainda mudar de opção, nestes menos de 10 dias que nos separam de 26 de outubro, indica claramente uma leve vantagem de Aécio, que na noite de terça foi melhor do que Dilma no debate da Band, mas não tanto quanto havia sido na Globo, no último debate do primeiro turno.

 

Evolução da rejeição

Com o nível abissal da campanha, sobretudo na internet, Aécio precisa atentar para uma coisa. Na última vez que sua rejeição foi medida no primeiro turno, ele tinha 19% no Ibope e 23%, no Datafolha, enquanto Dilma bateu 31% em ambos. No primeiro instituto, ele cresceu 16 pontos na rejeição, de 19% a 35%, enquanto a presidente só aumentou cinco, de 31% a 36%. Já no Datafolha, enquanto Dilma cresceu 11 pontos, de 31% a 42%, nos eleitores que não votariam nela sob nenhuma circunstância, o tucano subiu 15 no índice, de 23% a 38%.

 

Porrada 

Ou seja, na briga, aparentemente, Aécio perde mais eleitores do que Dilma. Muito embora se há algo claramente evidenciado desde o primeiro turno, com a caluniosa campanha petista contra Marina Silva (PSB), é que dar a outra face é suicídio para qualquer um com a pretensão de governar o Brasil a partir de 2015. Para que alguém ganhe do PT, ou para este somar mais quatro anos aos 12 nos quais está entronizado no poder, a tática parece ser uma só: porrada!

 

Mais Arnaldo, menos Garotinho

E a coisa não é diferente na disputa ao governo do Rio, entre Luiz Fernando Pezão (PMDB) e Marcelo Crivella (PRB). Na tentativa de fazer chegar ao conhecimento do eleitor que Crivella é ligado pelo umbigo à Igreja Universal e sobrinho do seu fundador, o polêmico Edir Macedo, Pezão só não pode esquecer que ele talvez tenha mais jeito para Arnaldo Vianna (PDT) do que para Anthony Garotinho (PR). Se é para bancar o mau, ele certamente teria nos deputados Eduardo Cunha (federal) e Jorge Picciani (estadual), ambos do PMDB, atores bem mais aptos ao papel.

 

Mistérios

Quanto às pesquisas ao governo fluminense, entre a Gerp divulgada pela Record, também propriedade de Edir Macedo, que deu (aqui) 55% a 45% a favor de Crivella, e a GPP contratada pelo PMDB, que registrou (aqui) 54,6% a 45,4% para Pezão, só há uma certeza: alguém está mentindo grosseiramente. Saber quem, só depois que Ibope e Datafolha (aqui) também divulgarem suas primeiras pesquisas, já feitas e registradas, sobre este até aqui misterioso segundo turno ao Palácio Guanabara.

 

 

Publicado hoje na Folha

 

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Este post tem 5 comentários

  1. Afonso

    O debate foi quente, mas, não ví vantagem para o Aecio não, até pelo contrário, a Dilma sufocou ele com perguntas sem respostas. vide http://www.tce.mg.gov.br/, (trecho excluído pela moderação) só que, nesse ele perdeu vários votos da minha família, totalmente despreparado para assumir cargo dos mais importantes, (trecho excluído pela moderação)

  2. ANTÔNIMO

    DILMA VEZ POR TODAS, DILMA 13 !!!
    VOTE, (trecho excluído pela moderação)

  3. Marcelo Silva

    DILMA 13.

    (Trecho excluído pela moderação)

  4. ENOQUE

    VOU VOTAR EM AÉCIO, NÃO PORQUE PRECISO DELE NO GOVERNO, POIS NÃO PRECISO E NÃO DEPENDO DE NINGUÉM, TENHO MINHA VIDA DEFINIDA, MAS PARA INTERROMPER O CICLO DO PT, QUE ROUBA SOLTO PELO BRASIL AFORA!
    ACHO MUITA CORAGEM DAS PESSOAS AINDA VOTAR EM DILMA! É NÃO ENCHERGAR, QUE HOJE VIVEMOS UM DOS PIORES GOVERNOS NO BRASIL!
    AFINAL, A POLÍTICA NO BRASIL, JÁ EXISTE HÁ 126 ANOS, DESDE 1888, O QUE ESPERAR MAIS? EU NÃO ESPERO QUE VAI MUDAR, NEM COM AÉCIO E MUITO MENOS COM ESSA DILMA, MAS PELO MENOS VOU ARREBENTAR A CORRENTE DE QUEM ROUBA SOLTO NESTE O GOVERNO: O PT.
    PASSAR BEM…

  5. Herval Guimarães

    EXÉRCITO DESCOBRE MILITARES CUBANOS DISFARÇADOS NO “MAIS MÉDICOS”
    Publicado: 16 de outubro de 2014 às 0:04 – Atualizado às 0:15

    Informe reservado “Mensagem Direta de Inteligência” (MDI) ao ministro Celso Amorim (Defesa) atestou que a ditadura cubana infiltrou militares no programa Mais Médicos. A descoberta foi da Base de Administração e Apoio do Ibirapuera, do Comando Militar do Sudeste, em São Paulo, que recebe gente do Mais Médicos. Ouvido, um suspeito confessou ser capitão do Exército cubano, e que não está sozinho. Amorim nada fez.

    Militares brasileiros desconfiaram do “médico” por seus hábitos de caserna (cama sempre arrumada, por exemplo). Era o capitão cubano.

    A infiltração de militares no Mais Médicos repercutiu na Câmara.
    O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) quer convocar Amorim a se explicar.

    Bolsonaro avisa que não adianta Celso Amorim negar a existência do informe reservado que lhe foi enviado: ele obteve cópia do documento. Leia na Coluna Cláudio Humberto.

    http://www.diariodopoder.com.br/noticias/cuba-infiltrou-militares-no-programa-mais-medicos/

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