Como não falar ou escrever uma mentira sobre duas verdades? Bastaria saber ler…

Ponto final

 

 

Uma coisa, outra coisa

Uma coisa foi a compra pelo governo Rosinha Garotinho (PR) de títulos públicos federais, sem licitação e com valores superfaturados, por intermédio da Quantia DTVM, empresa já sabidamente ligada ao Mensalão e considerada inidônea pelos Tribunais de Contas do Estado (TCEs) do Rio e Pernambuco, gerando prejuízo de mais de R$ 4,7 milhões ao cofres públicos de Campos. Com base na auditoria determinada em janeiro de 2013, pela própria Rosinha, sobre seu governo entre 2009 e 2012, este foi o objeto da matéria da Folha, que gerou sua manchete de capa da edição da Folha de sexta, dia 28.

 

Podres frutos da mesma árvore

Embora fruto da mesma auditoria e seus mesmos claros indícios de gestão perdulária dos recursos públicos municipais por parte do governo Rosinha, outra coisa, porém, foi a matéria que gerou a manchete da edição impressa da Folha no sábado, dia 29. Nela, o objeto foram as más aplicações feitas em geral durante a primeira gestão da prefeita, em grande parte com verbas do Previcampos, mas impondo prejuízo ao conjunto dos recursos dos contribuintes e servidores de Campos.

 

Uma mentira de duas verdades

Juntar uma coisa à outra, na pretensão patética de negar a ambas, é como quem, na incapacidade de respondê-las separadamente, tenta unir duas verdades para produzir sua própria mentira. De qualquer maneira, ecoado pelo grupo de comunicação do (ainda) deputado federal Anthony Garotinho (PR), chega a soar patética essa tentativa de um ex-presidente da Previcampos, que rubricou cada uma das 46 páginas do relatório da auditoria determinada por Rosinha, fonte primária e documentada de todas as matérias da Folha sobre o caso, pretender um ano depois negar suas informações.

 

Bastava saber ler

Se quem falou, mentiu e será responsabilizado judicialmente por isto, ao se revelar no aparente esforço de tentar tapar com o dedo um vazamento no governo Rosinha que tem suas próprias digitais, não ficou menos mal na fita quem igualmente assinou o nome no papel para tentar ecoá-lo, a soldo do mesmo patrão. Afinal, para distinguir devidamente as denúncias entre as matérias da Folha de sexta e sábado, não seria nem preciso ser formado em comunicação social, tampouco ser jornalista de fato. Antes de falar ou tentar escrever, bastaria saber ler.

 

 

Publicado hoje na Folha

 

 

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Este post tem 2 comentários

  1. carlinhos j.carioca

    Fico feliz ao ler esse texto e mais,por ver esse jornal tomar uma atitude correta,justa e precisa.Ora,esse grupo derrotado,tem a mania de se colocar como um ‘deus.Claro,que náo ao Deus Supremo e perfeito,mas,esse grupo se quer fazer sempre de ‘prefeito,honesto e transparente em suas ações.Não tem um pingo de humildade para se chegar a um ponto de dizer,que falhou,que fez uma aplicação uma uma projeção qualquer errada.Sempre os outros são sempre falhos,desonestos e corruptos,isso claro quando estão do lado contrario.Fiquei indignado com essa matéria do jornal do grupo na edição de domingo,onde chamava a Folha de MENTIROSA,e pedi(não me lembro qual o blogueiro que postou algo),a direção que tomasse uma atitude e processasse essa turma de picaretas e verdadeiros mentirosos.”se quem falou e mentiu,será responsabilizado judicialmente’…muito bom,parabens Aluyzio! Tá na hora de desmascarar essa turma de VERDADEIROS MENTIROSOS!

  2. sandra.maria

    E a filha ,tadinha,chorando copiosamente,reclamando das injustiças cometidas contra a sua família. Que peninha!!!

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