Para o PT, panelaço fracassou em seu objetivo

PT 35 anos

 

 

Nota oficial do PT

 

As manifestações que aconteceram em algumas cidades brasileiras durante pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff foram orquestradas para impedir o alcance da mensagem, mas fracassaram em seus objetivos.  A avaliação é do secretário nacional de Comunicação do PT, José Américo Dias, e do vice-presidente  e coordenador das redes sociais da legenda, Alberto Cantalice.

A comprovação do curto alcance do protesto veio pelas próprias redes. A hashtag#DilmadaMulher, em apoio à presidenta, tornou-se uma das mais usadas pelos internautas e entrou  para o trending topics do Twitter, durante a fala da presidenta em cadeia nacional de rádio e tevê.

O chamado “panelaço”, realizado por moradores de bairros de classe média , como  Águas Claras (DF),  Morumbi e Vila Mariana, em São Paulo, e Ipanema, no Rio, foram mobilizados durante o final de semana por meio das redes sociais, conforme monitoramentos do PT.

“Tem circulado clipes eletrônicos sofisticados nas redes, o que indica a presença e o financiamento de partidos de oposição a essa mobilização”, afirma José Américo.

“Mas foi um movimento restrito que não se ampliou como queriam seus organizadores”, completa.

O secretário avalia que apesar da intensa convocação e dos investimentos na divulgação do protesto, a mobilização não repercutiu nas áreas populares e perdeu o alcance.

Para Cantalice, a movimentação via internet tem ligações com outras reações ao governo, oriundas de setores que pretendem um golpe contra a atual gestão.

“Existe uma orquestração com viés golpista que parte principalmente dos setores da burguesia e da classe média alta”, define o vice-presidente.

Ele avalia que essas reações  são semelhantes às que estimularam as chamada  “Marchas da Família”, com o apoio da grande mídia, e se tornaram os baluartes do golpe que derrubou o presidente João Goulart.

“Hoje, reciclados, investem em novas formas de atuação buscando galvanizar os setores populares”.

O protesto dos moradores de áreas nobres foi ironizado na internet. O perfil do Facebook “Sem Panelaço” publicou levantamento no qual mostra que a manifestação se restringiu a poucos bairros de regiões ricas da capital paulista.

No Twitter, o panelaço virou piada. “Minha amiga agora: Aqui no Nordeste, nenhum panelaço. Acho que é porque não tem mais panela vazia por aqui”, postou Camila Moreno em seu microblog.

Ajustes – Durante pronunciamento em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres, a presidenta Dilma defendeu o  ajuste fiscal, que vem sendo implementado pelo ministro da Fazenda,  Joaquim Levy.

Ela atribuiu a necessidade de ajustes à persistência da crise internacional e aos efeitos da seca que afeta as regiões Nordeste e Sudeste, tranquilizou a população e negou que o País viva um crise nas “dimensões que dizem alguns”

 

Publicado aqui, no pt.org

 

 

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Este post tem um comentário

  1. Marcos Cintra

    Manifesto à imprensa por uma cobertura limpa no “Dia 15″

    O que se pede neste manifesto não é nada de outro mundo: apenas que a imprensa faça seu trabalho respeitando o momento histórico em que vivemos.

    Em 1984, os organizadores acreditaram que marcar a manifestação pelas Diretas Já no dia do aniversário de São Paulo facilitaria a participação popular. O que não esperavam é que o jornalismo da Globo, sob pressão dos militares, se veria forçado a espremer a cobertura do evento numa reportagem de dois minutos e meio acerca dos 430 anos da capital paulista. O resultado é que, até hoje, muita gente acredita que o Jornal Nacional se negou a dar o devido valor ao evento por iniciativa própria, algo que manchou para sempre a história da empresa.

    Mais de três décadas se passaram e o Brasil novamente se vê numa época rica em protestos. O contexto é bem distinto: a nossa democracia já acumula um quarto de século de vida e a Rede Globo reconhece em seu site os erros cometidos no passado. Mas a indignação brasileira com o governo segue ressoando de forma bem semelhante à daquele verão de 1984. Após algumas iniciativas espontâneas no final de 2014, o clima sentido nas redes sociais dá a entender que as manifestações agendadas para o próximo 15 de março marcarão este momento da mesma maneira que, no passado, entraram para a história os esforços populares pela redemocratização e pelo impeachment de Collor. E é aqui que chamamos a atenção dos veículos de imprensa em atividade no país.

    Em primeiro de fevereiro, assim escreveu Vera Guimarães Martins, ombudsman da Folha de São Paulo: “A defesa da imparcialidade é norma do jornal, mas os deslizes são mais frequentes do que deveriam. […] É reflexo de uma visão baseada em falta de empatia, afinidade ideológica com o ideário da esquerda e também em comodidade: gozar quem está no topo da pirâmide social não desafia o politicamente correto, e a cobrança costuma ser menor. Ou costumava.”
    O que pode soar como caso isolado deste respeitado jornal salta aos olhares mais atentos como um padrão bastante utilizado na nossa imprensa, principalmente pelos veículos mais jovens. Por uma nítida discordância da pauta dos eventos que pedem o impeachment da presidente Dilma Rousseff, usam-se dos mais variados artifícios para amplificar erros individuais e ofuscar acertos coletivos. Tudo com um objetivo único: fortalecer um falacioso espantalho extremamente conveniente ao partido no poder há 12 anos.

    Ora, se estamos lidando com um evento aberto, organizado coletivamente, ou seja, sem uma liderança relevante que centralize a pauta, é natural que todo tipo de voz queira se aproveitar da aglomeração para se fazer ouvir. Cabe ao jornalismo identificar o que pode ser tomado como um discurso do grupo e o que seriam meras reivindicações isoladas de um ou outro manifestante mais radical – ou mesmo de um sabotador infiltrado.

    O que se pede neste manifesto não é nada de outro mundo: apenas que a imprensa faça seu trabalho respeitando o momento histórico em que vivemos. Que os chefes das redações evitem escalar seus repórteres menos experientes no plantão do fim de semana. Que os editores revisem o material apurado antes de publicá-lo, impedindo que manchetes equivocadas desinformem os leitores. Que as empresas de comunicação coloquem a mão na consciência, pois há grandes riscos de o próximo domingo ainda ser lembrado daqui a 30 anos – e seria uma atitude prudente evitar a repetição dos erros de 30 anos atrás.

    Assinam essas palavras cidadãos que há pelo menos 10 anos protestam contra a impunidade em vigor nesta nação. São mulheres, são homens, são homossexuais, heterossexuais, empresários, assalariados, profissionais liberais, desempregados, membros da classe média, ricos, pobres, de todas as raças e de todas as regiões. São liberais, são conservadores, são social-democratas. Alguns possuem partidos de preferência, outros evitam hastear bandeiras. Se há algum traço comum a todos, é o desejo de um Brasil melhor. Acreditava-se que isso já seria possível por intermédio das urnas nas eleições passadas, mas uma campanha suja da parte do governo manteve a situação pregressa. O que buscamos agora é a utilização de meios legais para atingir nossos objetivos, com precedentes recentes não só na história brasileira, mas também na de outras nações democráticas. E este grupo adoraria poder contar com o apoio da imprensa livre nesta democracia para exigir justiça contra quem vem prejudicando o país.

    Essa é uma iniciativa apoiada pelos grupos e entidades abaixo. Se você concorda com ela, a melhor forma de “assinar” este manifesto é compartilhando-o em seus sites, blogs, fanpages, grupos de Whatsapp e redes sociais. Sinta-se livre para copiar e colá-lo, desde que não altere o texto original. Agradecemos qualquer esforço:

     Implicante
     MBL
     Os 20 do MASP
     Reaçonaria
     Turma do Chapéu

    http://www.implicante.org/blog/manifesto-a-imprensa-por-uma-cobertura-limpa-no-dia-15/

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