Uma grande lição ao Brasil
Por Cora Rónai
Ao contrário do que supõe o ex-presidente Lula, que imagina um país dividido entre “nós” e “eles”, o Brasil não é binário. Não somos ricos ou pobres, brancos ou negros, burgueses ou trabalhadores, bons ou maus, reacionários ou esclarecidos, de direita ou de esquerda; somos tudo isso, e mais todas as variações possíveis. Por isso as manifestações de ontem foram tão interessantes de se ver, e tão diferentes das Diretas Já, em que todos, absolutamente todos, queríamos a mesma coisa.
Foi muito mais fácil ir às Diretas Já. Não havia pluralidade alguma lá; não havia muito o que pensar. Artistas e políticos estavam do mesmo lado, faziam comícios com os quais concordávamos 100%. Havia uma palavra de ordem única, que estava presa na gargante de todos. Nossos amigos pensavam da mesma forma, e não vivíamos a amargura de nos vermos divididos dentro de uma mesma tribo.
Não tivemos qualquer dúvida em relação às Diretas Já; tivemos todas as dúvidas em relação às manifestações de ontem. Faria sentido nos manifestarmos contra o governo sendo contra o impeachment? Não correríamos o risco de virar massa de manobra de políticos mal intencionados? Não seria perigoso ir a uma manifestação onde poderiam aparecer elementos ultraconservadores?
Sem uma pauta fechada e sem lideranças políticas para dar o tom, cada um foi com a sua cabeça, as suas dúvidas e as suas próprias ideias.
Às manifestações compareceram, essencialmente, os que estão contra o governo. Mas há mil razões para se estar contra este governo, e mil formas de se manifestar isso. Foram para as ruas as pessoas que quiseram apenas mandar um recado à classe política, uma espécie de “Veja lá!”, e as que desejam ardentemente o impeachment da presidente; foram as que não aguentam mais a corrupção, as que se cansaram da violência, as que não suportam mais impostos tão altos. Foram as que estão contra o Judiciário e as que querem uma ampla reforma ética para moralizar o país. Foram até algumas que se cansaram da democracia e que querem a volta dos militares. Houve de tudo, e recortes isolados permitem qualquer leitura.
Mas as manifestações foram, acima de tudo, uma grande lição de Brasil. Ela será bem aproveitada se soubermos olhar com sabedoria para este espelho múltiplo e plural — e, sobretudo, se os nossos governantes não se blindarem do que lhes disseram as ruas desqualificando os manifestantes como burgueses brancos elitistas manipulados pela mídia golpista.
Publicado aqui, no Blog do Noblat
Clube Militar elogia protestos e fala em ‘onipresente vigilância’
Julia Duailibi – Estadão
16 março 2015 | 17:21
Entidade ligada aos militares critica governo Dilma Rousseff, segundo o qual quer ‘impunemente’ transformar o Brasil numa Venezuela
Um dia depois das manifestações pelo País, durante as quais grupos isolados pediram a intervenção militar, o Clube Militar publicou uma nota na qual afirma que os protestos mostram que o governo não pode pensar em transformar o Brasil numa Venezuela “impunemente” e que é necessária “onipresente vigilância”.
“(A manifestação) sinaliza aos seguidores do Foro de São Paulo, hoje dirigindo o Brasil, que não podem pensar impunemente em nos transformar em uma ditadura similar à da Venezuela nem mesmo num sofrido Equador ou Bolívia, que já trilham o caminho abominável do que chamam bolivarianismo”, afirma a nota, assinada pelo coronel da reserva Ivan Cosme Pinheiro, diretor de Comunicação Social da entidade.
O texto O Dia em que o Brasil Mudou foi publicado na seção Pensamento do Clube Militar, divulgada aos integrantes das Forças Armadas associados à entidade. Segundo a nota, a administração atual pratica o “câncer social”, que é a corrupção, e precisa se corrigir. “Não basta mais dizer, em discursos recorrentes, que vai combater a corrupção, se na verdade está praticando esse câncer social em busca de seus interesses.”
Ao falar da “onipresente vigilância”, a nota aponta uma “sanha despótica” no governo Dilma Rousseff. “Havemos de ter, a partir de agora, uma onipresente vigilância quanto ao que o governo pretende nos impor e quanto às medidas a serem implementadas por ele, prometendo buscar soluções para os problemas que nos afligem, diga-se de passagem, gerados por ele próprio em sua sanha despótica.” Ainda de acordo com o texto, “toda a moral brasileira tem que ser revista em todos os níveis”.
A nota destaca que as Forças Armadas dedicam-se “exclusivamente” aos interesses nacionais, mas não menciona os pedidos de intervenção feitos por uma minoria. ”Não se olvide também que o Brasil, diferentemente desses nossos vizinhos, tem Forças Armadas avessas à execução de políticas partidárias e ideologias em seu âmago, dedicando-se, exclusivamente, aos interesses nacionais”, afirmou o coronel.
O texto termina com exclamações, dizendo que o Brasil mudou ontem. “Entendam bem: mudou para sempre e para melhor!”
A entidade se autoproclama a “A Casa da República” e diz ser a favor da democracia.
Clube Militar elogia protestos e fala em ‘onipresente vigilância’
Julia Duailibi
16 março 2015 | 17:21
Entidade ligada aos militares critica governo Dilma Rousseff, segundo o qual quer ‘impunemente’ transformar o Brasil numa Venezuela
Um dia depois das manifestações pelo País, durante as quais grupos isolados pediram a intervenção militar, o Clube Militar publicou uma nota na qual afirma que os protestos mostram que o governo não pode pensar em transformar o Brasil numa Venezuela “impunemente” e que é necessária “onipresente vigilância”.
“(A manifestação) sinaliza aos seguidores do Foro de São Paulo, hoje dirigindo o Brasil, que não podem pensar impunemente em nos transformar em uma ditadura similar à da Venezuela nem mesmo num sofrido Equador ou Bolívia, que já trilham o caminho abominável do que chamam bolivarianismo”, afirma a nota, assinada pelo coronel da reserva Ivan Cosme Pinheiro, diretor de Comunicação Social da entidade.
O texto O Dia em que o Brasil Mudou foi publicado na seção Pensamento do Clube Militar, divulgada aos integrantes das Forças Armadas associados à entidade. Segundo a nota, a administração atual pratica o “câncer social”, que é a corrupção, e precisa se corrigir. “Não basta mais dizer, em discursos recorrentes, que vai combater a corrupção, se na verdade está praticando esse câncer social em busca de seus interesses.”
Ao falar da “onipresente vigilância”, a nota aponta uma “sanha despótica” no governo Dilma Rousseff. “Havemos de ter, a partir de agora, uma onipresente vigilância quanto ao que o governo pretende nos impor e quanto às medidas a serem implementadas por ele, prometendo buscar soluções para os problemas que nos afligem, diga-se de passagem, gerados por ele próprio em sua sanha despótica.” Ainda de acordo com o texto, “toda a moral brasileira tem que ser revista em todos os níveis”.
A nota destaca que as Forças Armadas dedicam-se “exclusivamente” aos interesses nacionais, mas não menciona os pedidos de intervenção feitos por uma minoria. ”Não se olvide também que o Brasil, diferentemente desses nossos vizinhos, tem Forças Armadas avessas à execução de políticas partidárias e ideologias em seu âmago, dedicando-se, exclusivamente, aos interesses nacionais”, afirmou o coronel.
O texto termina com exclamações, dizendo que o Brasil mudou ontem. “Entendam bem: mudou para sempre e para melhor!”
A entidade se autoproclama a “A Casa da República” e diz ser a favor da democracia.
http://politica.estadao.com.br/blogs/julia-duailibi/clube-militar-elogia-protestos-e-fala-em-onipresente-vigilancia/
Essa foi a lição aplicada pelas ruas de 15 de março, Aluysio? https://www.youtube.com/watch?v=8GRhk0ofUGE
O PT PARECE ASSALTANTE DE RUA PEGO PELA POLÍCIA:
NÃO FUI EU, SENHOR!
NÃO VI NADA, SENHOR!
NUNCA FUI BANDIDO, SENHOR!
NÃO TENHO CONHECIDOS BANDIDOS, SENHOR!
NUNCA ROUBEI NADA SENHOR!
NÃO SEI DO QUE SE TRATA,SENHOR!
SOU INOCENTE, SENHOR!
Ou pior!
Roubo é coisa antiga!
Não é só a gente!
Todo mundo rouba!
Uéééééééééé!
cadê o partido mais honesto do mundo?
Provaram que não são iguais. São sim muito,muito piores e o tempo todo só desejavam,entrar pra mamar e roubar! Eu já conhecia o PT. Há muito tempo eu conhecia os métodos e as roubalheiras. Quem ainda não conhecia (infelizmente) era o povo.