Petrolão — Sucessor de Cerveró tem R$ 34,7 milhões bloqueados no Principado de Mônaco

 

Principado de Mônaco, paraíso mediterrâneo famoso pelos cassinos, pela prova de Fórmula 1 e agora também pelo Petrolão brasileiro
Principado de Mônaco, paraíso mediterrâneo famoso pelos cassinos, pela prova de Fórmula 1 e agora também como destino do dinheiro público brasileiro roubado no Petrolão

 

 

Jorge  Zelada, sucessor de Nestor Cerveró como diretor internacional da Petrobras
Jorge Zelada, sucessor de Nestor Cerveró como diretor internacional da Petrobras

Por Renato Onofre

 

As autoridades do Principado de Mônaco bloquearam 10 milhões de euros (R$ 34,7 milhões) do ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Jorge Zelada. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), há a suspeita de que o ex-diretor, que substituiu Nestor Cerveró, possa estar envolvido no esquema de corrupção.

Para o procurador federal da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava-Jato, o acúmulo de recursos no exterior é incompatível com a renda do ex-diretor que até o momento não foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF).

— É estranho que esses recursos não são compatíveis com sua renda – afirmou o procurador, explicando que ainda não é possível oferecer denúncia contra Zelada porque ainda não há o rastro do pagamento de propina.

Zelada já era alvo de investigação da Controladoria Geral da União (CGU) junto com o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, e o ex-diretor da Área Internacional, Nestor Cerveró. Eles respondem a processos administrativos que apuram suposta participação dos três no esquema de pagamento de propina pela empresa holandesa SBM Offshore.

A SBM é uma empresa que atua com construção de plataformas de petróleo e mantém contratos com a Petrobras. Diretores da companhia internacional já admitiram ter pago US$ 139 milhões a representantes no Brasil, mas ainda não detalharam o caminho final da propina na estatal brasileira.

A CGU instaurou 13 processos administrativos sancionadores e três sindicâncias patrimoniais para investigar a suposta participação de empregados e ex-empregados da Petrobras no esquema da holandesa SBM. Em dezembro, o GLOBO mostrou que os ex-diretores são Duque, Cerveró e Zelada e o ex-gerente de Serviços, Pedro Barusco terão o patrimônio avaliado pelos auditores do órgão federal.

 

Publicado aqui, no globo.com

 

fb-share-icon0
Tweet 20
Pin Share20

Deixe um comentário