Maioria acha que Rosinha não cumpre promessas da eleição

(Infográfico de Eliabe de Souza, o Cássio Jr. — clique na imagem para ampliá-la)
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Por Aluysio Abreu Barbosa e Mário Sérgio Junior

 

Como a Folha tem revelado numa série de matérias iniciada no domingo, com base em pesquisa realizada pelo instituto Pro4 no mês de abril, ouvindo 426 pessoas, a prefeita Rosinha Garotinho (PR) e seu governo enfrentam sua pior avaliação popular desde que ela assumiu a Prefeitura de Campos pela primeira vez, em 2009. Entre os campistas, 54% não aprovam a maneira como o município tem sido administrado, 57,5% não confiam na prefeita, 65,5% não votariam em 2016 no candidato apoiado por ela e 66,7% acham que o(a) próximo(a) prefeito(a) terá que mudar totalmente (33,8%) ou muita coisa (32,9%) em relação a governo atual. Ainda assim, em outro levantamento da consulta, Rosinha não foi tão mal: para 33,8% do povo ela estaria cumprindo a maior parte do que prometeu em campanha.

O percentual é o mais alto no questionário, completo pelos 12% que acham que Rosinha está cumprindo tudo, pelos 30% que acreditam que a prefeita não cumpre a maior parte, os 20,2% que disseram que ela não cumpriu nada, e os 4% não souberam ou não quiseram responder. Todavia, quando somados os percentuais positivos, os 45,8% que vêem o cumprimento de tudo ou da maior parte é inferior aos 50,2% cuja opinião negativa é de que a prefeita descumpriu tudo ou a maior parte das suas promessas.

Além do maior equilíbrio nos números, mesmo que na soma a avaliação popular negativa do governo supere mais uma vez a positiva, a questão do cumprimento ou não das promessas trouxe também uma pequena alteração no perfil do eleitor. Sempre fixado em renda mais baixa, a avaliação positiva de Rosinha subiu um pouco de patamar: quem mais acredita no cumprimento da maior parte das promessas (50,7%) têm renda familiar de dois a cinco salários mínimos. Já entre quem ganha até um salário, uma curiosidade: entre eles está tanto quem mais enxerga cumprimento integral das promessas (19,8%), quanto o maior número daqueles para quem a prefeita não está cumprindo nada: 22%.

Já quando a questão é escolaridade, repete-se uma impressão há tempos disseminada, mas agora confirmada por extenso detalhamento em números: quanto mais se estuda, menos se vota nos Garotinho. Verdadeiro bastião do antigarotismo em Campos, aqueles que têm curso superior mais uma vez lideram entre quem acha que a prefeita não está cumprindo nada (37,5%) ou descumprindo a maior parte (iguais 37,5%) das suas promessas. Na ponta oposta, os maiores percentuais de quem acha que Rosinha está cumprindo tudo (21,2%) ou a maior parte (47,5%) do que prometeu em campanha, estão respectivamente localizados entre escolaridades até a 4ª série e até a 8ª do ensino fundamental.

 

Info Pro4 07-05-15 (2)
(Infográfico de Eliabe de Souza, o Cássio Jr. — clique na imagem para ampliá-la)

 

Visões diferentes sobre a voz das ruas

Enquanto para o deputado federal Paulo Feijó (PR) o resultado da pesquisa Pro4, que mostrou que para a maioria dos campistas o próximo prefeito de Campos terá que mudar totalmente em relação à atual, é reflexo do descontentamento fruto da crise nacional, o ex-deputado estadual Roberto Henriques (PSD) disse que a população campista está amadurecida para não aceitar a atual gestão nem para voltar ao passado.

Segundo o instituto Pro4, para 33,8% da população, o próximo prefeito de Campos terá mudar totalmente em relação à atual, enquanto 32,9% acham necessário mudar muita coisa, 18,3% defendem poucas mudanças e apenas 11,3% querem a continuidade do que hoje está. Do total de 33,8% que exigem mudança total do próximo governante de Campos em relação ao casal atual, 50% ganham acima de cinco salários mínimos, ao passo que 57,5% têm curso superior. Já entre quem quer poucas mudanças, os maiores percentuais se dão na ponta oposta: 31,8% entre aqueles que têm até o 4º ano do ensino fundamental, enquanto chega aos 50% em quem declarou não possuir nenhuma renda.

Segundo Feijó, a prefeita Rosinha Garotinho (PR) está atenta e vai trabalhar em cima dos indicativos. “Por conta dessa crise sem precedente, que afeta não só o município como também toda a esfera nacional, pouca gente está satisfeita. Então acredito que Campos esteja refletindo esse descontentamento. Mas a prefeita com certeza vai estar atenta a isso e vai trabalhar em cima desses indicativos para melhorar cada vez mais”, disse.

Já Henriques pontuou que a população “não irá querer ao modelo do passado e também não irá querer continuar com o mesmo modelo”, no próximo pleito. “Penso que a população está amadurecida para não cair em conversa afiada de pessoas que estão na oposição ao governo atual, mas não de governos anteriores. A população vai querer ir além, não aceitar o presente e não voltar ao passado. Torcemos para que o povo de Campos encontre um bom caminho. Porque não adianta mudar apenas o gestor, tem que mudar o modelo de gestão”, opinou.

 

Deputado federal Paulo Feijó (PR) e o suplente de estadual Roberto Henriques (PSD)
Deputado federal Paulo Feijó (PR) e o suplente de estadual Roberto Henriques (PSD)

 

Publicado hoje na Folha da Manhã

 

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Este post tem 4 comentários

  1. James

    PESQUISA

    ROSINHA PROMETEU E CUMPRIU!
    ROSINHA A PREFEITA DA MUDANÇA
    CAMPOS MUDOU E ISSO NINGUÉM PODE NEGAR
    NA SUA OPINIÃO: MUDOU PRA MELHOR OU PIOR?
    SEJA SINCERO!

  2. James

    PESQUISA

    ROSINHA PROMETEU E CUMPRIU!
    ROSINHA A PREFEITA DA MUDANÇA
    CAMPOS MUDOU E ISSO NINGUÉM PODE NEGAR
    NA SUA OPINIÃO: MUDOU PRA MELHOR OU PIOR?
    SEJA SINCERO!!

  3. Faria

    Dr Edison batista não tem esse direito de fecha à casa do povo, e usar as contradição que haveria infiltrados no meio para fazer baderna, baderna ,está isso que eles chamam de camará de vereador, falá sério, o secretário de governo vai à hora que quer, isso deveria chama casa da mãe Joana,fala sério, me ajudai.

  4. Salvio

    Concordo plenamente com voce Faria. O Dr. Édson é uma brincadeira, e os vereadores da bancada governista todos são subserviente do Garotinho possuem diversas indicações e não estão ao lado do servidor para não perderem a boquinha. Ainda bem que 2016 está chegando e os servidores hoje hostilizados fortalecerão a bandeira de oposição a essa gente banindo da política de uma vez por todas essa gente, não só o casal mas também os vereadores que os apoiam.

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