Segundo nota publicado hoje, aqui, pelo jornalista Lauro Jardim, em sua coluna dominical de O Globo, Campos também está na rota dos milhões de reais de dinheiro público desviados no escândalo do Petrolão. Confira a transcrição abaixo, no acerto de contas entre Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB no Petrolão, e Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras e peça chave do esquema, que já foi superintendente da maior estatal brasileira na Bacia de Campos:
Por Lauro Jardim
Fernando Baiano aproveitou sua delação premiada para acertar contas com seu ex-companheiro de traquinagens, Paulo Roberto Costa. Baiano relatou aos procuradores uma história de contornos cinematográficos que ficou perdida no meio da Lava-Jato – o dinheiro que supostamente foi levado do escritório de Costa por suas filhas, no dia de sua prisão.
De acordo com Baiano, Costa conseguiu mandar R$ 3 milhões em dinheiro vivo para Campos. O destinatário final era Felipe, sobrinho de sua mulher, Marici.
O dinheiro, ainda segundo Baiano, voou do Rio para o Norte Fluminense de helicóptero e quem o entregou nas mãos de Felipe foi um personagem já conhecido da Lava-Jato, o ex-policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o Careca.
Esses milhões não constam da declaração de bens feita por Costa aos procuradores, quando o ex-diretor da Petrobras fez sua delação.