Se o resultado era fazer com que Santa Casa de Misericórdia de Campos (SCMC) abrisse seus leitos ociosos para abrigar os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) amontoados nos corredores do Hospital Ferreira Machado (HFM) e no Hospital Geral de Guarus (HGG), a tomada (aqui) do maior hospital conveniado do município, ontem, pela própria prefeita Rosinha Garotinho (PR), não surtiu muito efeito prático além das primeiras 24 horas. Dos 49 novos pacientes do SUS que teriam sido transferidos à Santa Casa, quatro hoje foram levados de volta, com todos os danos à saúde que a constante locomoção pode causar aos doentes. O motivo: o hospital, cuja antiga junta denunciava a dívida de R$ 7,5 milhões por parte da Prefeitura nos repasses federais do SUS, não tem remédios ou condições para tratá-los.
Floriano Rangel de Abreu, com fratura de coluna, e Maria Galito, em pós-operatório, foram devolvidos ao HGG. Enquanto André Gonçalves e Nilton Nascimento tiveram que retornar ao HFM, por recomendação médica, pois não tinham condições de ser tratados na Santa Casa.
Além disso, fornecedores de próteses, carne, leite e quantinhas se negaram a continuar a fornecer à Santa Casa, porque com o governo Rosinha agora à frente do hospital, eles temem não receber. Enquanto isso, na sede da Prefeitura, no prédio do antigo Cesec, em outra reunião tensa com os gestores da Saúde Pública, o marido da prefeita e secretário de Governo, Anthony Garotinho (PR), teria ouvido hoje à tarde do seu primo, o vice-prefeito e secretário de Saúde, Chicão de Oliveira, que estaria disposto a entregar a tortuosa pasta. A gota d’água? Chicão não teria sido sequer consultado previamente sobre a ação pirotécnica de ontem na Santa Casa.
Atualização às 20h24 para complementar informação
Atualização às 21h19: Questionada pela reportagem da Folha sobre a devolução de pacientes da Santa Casa no dia seguinte à sua admissão, bem como o interrompimento de fornecedores temerosas de não receber após o hospital ter sido assumido pelo governo Rosinha Garotinho, a Secom gerou a nota abaixo:
“O coordenador Geraldo Venâncio, da Comissão da Administrativa nomeada pela Prefeitura, explica que dentro do prescrito no decreto publicado no Diário Oficial e da Lei Federal 8080, o papel do município foi requisitar bens e serviços para garantir a reabertura dos leitos do SUS, que tinham sido paralisados pelo hospital na semana, mesmo com pagamentos feitos pelo município de mais de R$ 3 milhões. O médico Geraldo Venâncio cita ainda que a Junta Interventora, instituída por decisão judicial, continua com todas as suas prerrogativas na ordenação de despesas da instituição, sendo responsável por todos os compromissos assumidos pela instituição antes da publicação do decreto ocorrido na terça-feira”.
Leia amanhã a matéria completa na Folha da Manhã
É uma piada…Estou apavorado em ler isso. Não sou ligado a partido e grupo político nenhum, mas fico extremamente aborrecido com o descaso que esse governo está fazendo com a saúde e educação. Lamentável. Espero que o povo se lembre disso em outubro do ano que vem.
realmente pirotécnica. acharam q os pacientes iam ficar somente deitados nos leitos sem assistência alguma?
deprimente a atuação de membros do MP nesse tipo de situação, deveriam cobrar que os governantes pagassem o que devem sem atrasos.
Tudo na gaveta ninguém vai cobrar nada kkkk
Esse casal, não se faz de rogado,não negam suas origens espetaculares, cujo palco só trocou de lugar, saindo do teatro para política nefasta, que,assola a vida pública do nosso Município.
É ultrajante, para não dizer que é vergonhoso, a forma com a qual o casal e toda sua competente equipe conduz o destino de Campos dos Goytacazes para um buraco quase sem fundo, colocando à mercê a saúde e o bem estar daqueles que precisam de cuidados e tratamentos, sem falar na educação de milhares de crianças e jovens que não terão oportunidades no decorrer de suas vidas, por falta de instrução e preparação para uma vida promissora, estando nos últimos lugares no IDEB do Estado do Rio de Janeiro.
Achei a parte mais importante deste texto: “Além disso, fornecedores de próteses, carne, leite e quentinhas se negaram a continuar a fornecer à Santa Casa, porque com o governo Rosinha agora à frente do hospital, eles temem não receber” eee Campos, que desgoverno…
Por favor, olhem também pelos funcionários da santa casa que estão sendo demitidos e orientados de mãos vazias a procurar a justiça (mas eles não representam a justiça? Ministério Público)para receberem seus direitos, alimentando desta forma os proventos de certos advogados gananciosos que vem aproveitando da situação para cobrar valores exorbitantes na tentativa de ajudar-los a receber o que lhes e de direito.
VERDADE, MANDAM EMBORA IGUAL A CACHORRO E NÃO PAGAM E TAMBÉM NEM LIBERAM A DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA PARA QUE OS EXS. FUNCIONÁRIO RESGATEM O FGTS, NÃO POSSO CREDITAR QUE O PRÓPRIO MPE QUE REPRESENTA AQUELA INSTITUIÇÃO ESTEJA E SEJA CONIVENTE COM ISSO., REVOLTANTE
A prefeitura não cuida direito do HOSPITAL FERREIRA MACHADO, que
é Administrado por ela,que intervir na Santa Casa, basta chegar no Ferreira Machado, que tem uma porção de funcionários da BIOMED que presta serviços de Limpeza e Lavandaria sem receber, se a Prefeitura diz que estar em dia com a BIOMED, no minimo deveria fiscalizar e cobrar da BIOMED.
Dr.secretario, Cada vez mais fica claro que politica com gestao adm. Não dá certo. Saude das pessoas de nossa cidade bilionaria deve ser tratado por profissionais competentes, sem politicagem. Nao se cuida dos hospitais municipal, como querer ainda outros sistemas.
pede pra sair.