Sem Rosinha, Santa Casa é ocupada por pacientes do SUS

Sem Rosinha, a Santa Casa era ocupada hoje por pacientes do SUS (foto de Tércio Teixeira - Folha da Manhã)
Sem Rosinha, a Santa Casa era ocupada hoje por pacientes do SUS (foto de Tércio Teixeira – Folha da Manhã)

 

Se o argumento da prefeita Rosinha Garotinho (PR), do seu marido e secretário de Governo, Anthony Garotinho (PR), e mais quem se presta a ecoá-los na tentativa de justificar a pirotécnica ocupação da Santa Casa de Misericórdia de Campos pelo governo municipal, por menos de dois dias entre as últimas terça (20) e quinta (22), era garantir acesso no maior hospital conveniado da cidade aos pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), diariamente mal atendidos nas unidades da rede pública municipal, a justificativa não tem razão de ser. Sob a curta intervenção municipal, a Santa Casa recebeu 49 doentes entre terça e quarta, mas teve que devolver quatro por falta de condições de tratamento, além registrar o óbito de Bernadete Lage Pereira, cuja saúde já frágil foi provavelmente afetada pela locomoção forçada pela Prefeitura.

Livre do controle rosáceo, a partir (aqui) da sentença do juiz Elias Pedro Sader Neto, da 1ª Vara Cível de Campos, sem pudor em desnudar publicamente o caos da Saúde Pública de Campos sob a gestão Rosinha, ontem mesmo a junta interventora nomeada judicialmente voltou ao comando das internações pelo SUS, aceitando mais 12 pacientes. Hoje, mais oito doentes tiveram acesso à internação via SUS. As informações foram dadas pelo médico João Carlos Borromeu, que integra a junta interventora. Segundo ele, a capacidade de ocupação de pacientes masculinos já se esgotou, com setores como clínica médica, pneumologia, cirurgia cardíaca e CTI operando em máxima condição. Haveria vagas na nefrologia, enquanto a ortopedia ainda não funciona a todo vapor por falta de material.

Em relação à discutida dívida que a Prefeitura teria com a Santa Casa por serviços já prestados, que Rosinha negou existir em entrevista coletiva no dia em que ocupou o hospital, mas cujo valor antes era antes estimado pelos interventores em R$ 7,5 milhões, um passo importante parece ter sido dado hoje pelo vereador governista Paulo Hirano (PR). Também médico, com larga experiência em gestão hospitalar, ele visitou hoje a Santa Casa e se reuniu com a junta, reunindo os documentos que a prefeita alegou não existirem, que comprovariam o débito do governo Rosinha. Ele ficou de fazer essa ponte para tentar ajudar na resolução do problema.

 

Confira amanhã a reportagem completa na edição da Folha da Manhã

 

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Este post tem 3 comentários

  1. Marcelo Monteiro

    Imagina se essa guarda portasse arma, como seria essa situação ????

  2. Junior

    De onde veio o dinheiro para atender pacientes , se antes não tinha ? A Santa Casa mentiu ?

  3. lenieverson

    De onde vem o dinheiro? Dos cofres públicos, ou seja, dos bolsos dos contribuintes.

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