Para quem retornasse a Campos, alienígena da sua realidade no último mês, algumas parecem ser as questões cujas respostas terão papel fundamental na sucessão da prefeita Rosinha Garotinho (PR). Diante da única certeza de uma eleição em dois turnos, são elas:
1 – Sem a capacidade oligárquica para aglutinar de alguém da família Garotinho, como o candidato governista conterá a deserção dos preteridos no dia seguinte à sua escolha? Será um candidato? Serão dois? E os que não forem?
2 – Dada sua imensa rejeição entre os campistas, Garotinho (PR) vai conseguir não aparecer na campanha para não prejudicar seu(s) candidato(s), como fez em 2008 para que Rosinha (PR) pudesse vencer? E se ele mesmo vier candidato a vereador?
3 – Também a exemplo de 2008, quem será o Paulo Feijó (atual PR) no papel de candidato de apoio à principal candidatura governista, para fazer o trabalho sujo de desconstrução? Virá da governo ou da oposição?
4 – Se Mauro Silva (atual PT do B) não for o candidato do PSDB, o gigante nacional e nanico local vai insistir mesmo na candidatura própria? E ela será mesmo independente?
5 – Geraldo Pudim (atual PMDB) conseguirá convencer alguém que não é um Cavalo de Tróia? Ex-aliado de Garotinho (PR), como seu atual padrinho, Jorge Picciani (PMDB), o que os impediria os três de voltarem a ser? E de ainda serem?
6 – Ainda sobre Picciani, quais nominatas já montadas ele irá simplesmente se apossar, de cima pra baixo, visando dar consistência à candidatura de Pudim? Os “possuídos” aceitarão ou exorcizarão a si da nova composição majoritária?
7 – Se o PT nacional e/ou estadual não aceitar(em) o apoio do diretório municipal a Rafael Diniz (PPS), como e onde caminharão os petistas de Campos, entre eles o vereador Marcão? O quanto Rafael sangraria sem o tempo de propaganda do PT?
8 – E em relação a Arnaldo e Caio Vianna (ambos do PDT)? O primeiro vai concorrer mais uma vez inelegível ou apoiar o filho? Na primeira opção, qual legenda: PDT ou PEN? Na segunda, Arnaldo conseguiria transferir seus votos a Caio? Hoje, ele quereria isso?
9 – Antes disputado na oposição, o apoio do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), que se elegeu batendo Marcello Crivella (PRB) com Garotinho em cinco das sete zonas eleitorais de Campos, hoje dá ou tira votos dentro do município?
10 – Com um governo estadual que parcela o 13º do servidor, e o governo federal zumbi de Dilma Rousseff (PT), de onde virá o aporte financeiro à oposição? Quais compromissos serão firmados para consegui-lo? É possível fazê-los e mudar a maneira de governar?
11 – A fogueira de vaidades da oposição, sempre muito mais ardente para si do que ao eleitor, não queimará ainda no primeiro turno as pontes necessárias para se vencer no segundo?
A oposição não precisa de aporte financeiro, quem precisa de aporte financeiro é quem compra voto.
A oposição precisa é de uma chapa única e unida pelo desenvolvimento de Campos.
Mas como sabemos que isso é uma ilusão, pois nesta terra de índio cada um quer ver o seu, não importa se acabaram as benesses oriundas do petróleo, ainda dá para deixar o povo mais burro e com menos saúde, seja usando os livros da Expoente ou fazendo aditivos em estradas inacabadas, obras faraônicas sem propósito ou pagando mordomias.
Caro Leo,
Sem aporte financeiro, quem paga as contas da campanha? Até porque o estado é laico, Deus não será.
Abç e grato pela chance de ressaltar o óbvio!
Aluysio