Nestes primeiros momentos após a condução do ex-presidente Lula (PT) e seu filho mais velho, por força coercitiva da Polícia Federal (PF), para prestarem depoimento, duas análises se destacaram pela exposição didática e desapaixonada sobre as muitas implicações criminais, políticas, econômicas e sociais dos fatos que se sucederam no dia de hoje e continuarão a se desenrolar os próximos. Não por coincidência, são dois artigos que enriquecem aqui e aqui a opinião do Estadão, jornal que tem andado quase sempre à frente no noticiário da Lava-Jato.
Confira e tire suas próprias conclusões da interpretação do hoje e a projeção preocupante dos amanhãs pelas experientes jornalistas Dora Kramer e Eliane Catanhêde. Até pela gravidade da situação, ambas as leituras são necessárias:
Cerimônia do adeus
Por Dora Kramer
Quando as investigações da Lava Jato alcançam o ex-presidente Luiz Inácio da Silva, atingem de maneira grave e irreversível a presidente Dilma Rousseff, cujo governo está morto. Não tem credibilidade nem reúne condições de governabilidade suficientes para se recuperar. Seu esteio político se verga ante a força dos fatos, anunciando que, para o PT, acabou-se o que já foi extremamente doce.
Restava ao partido a vã esperança de que Lula da Silva pudesse dar uma volta por cima ao molde daquela de 2005, no mensalão. Hoje resta ao governo ver se haverá um enterro ou se a situação levará a um longo culto desse cadáver insepulto. É tudo muito diferente: Lula não é presidente, não tem foro especial, sua popularidade despenca.
Além disso, a economia está aos frangalhos, a oposição já não se dispõe a fazer acertos com o governo, os resultados das investigações já conhecidos não permitam que se dê o dito pelo não dito. Essa pasta de dente, enfim, não tem como voltar ao tubo.
O tom dos procuradores na Lava Jato na entrevista sobre a nova fase da operação não deixa dúvida: são consistentes e contundentes os indícios de que o ex-presidente valeu-se do cargo para se locupletar, faltando apenas provas de que a organização criminosa montada para fazer dos cofres públicos fonte de financiamento do PT era comandada direta e objetivamente por ele.
Na palavra dos investigadores, tendo ou não o domínio dos fatos Lula foi o principal beneficiário do esquema de corrupção posto em prática ao tempo em que ele era mandatário do País e sobre o qual não deixa de ter responsabilidade funcional a presidente Dilma, uma vez que os ilícitos prosseguiram na gestão dela. Embora não seja (ainda?) investigada, a presidente é beneficiada por aquilo que os procuradores definiram com toda clareza como um sistema montado para comprar apoio político ao governo.
É o fim do projeto do PT
Por Eliane Catanhêde
A sexta-feira, 4 de março de 2016, é um dia histórico e divide apaixonadamente a opinião pública do Brasil, onde Luiz Inácio Lula da Silva nasceu nos rincões áridos do Nordeste, cruzou o país continental num pau-de-arara, comeu o pão que o Diabo amassou, foi o maior líder sindicalista e virou o presidente da República mais popular em décadas. É um dia profundamente triste, mas é também um marco: ninguém, nem mesmo Lula, está acima da lei.
A condução coercitiva de Lula e de seu primogênito, Fábio Luiz, não foi nenhuma surpresa no mundo político, mas é daqueles fatos que todo mundo espera, mas, quando acontecem, são como uma explosão atômica. Com Lula depondo na Polícia Federal e acossado, junto com a presidente Dilma Rousseff, pela delação premiada do ex-líder do governo Delcídio Amaral, não há outra conclusão possível senão a óbvia: é o fim do projeto do PT, o fim de uma era.
Até por isso, a Justiça, o Ministério Público, a Polícia Federal e a Receita Federal cercaram-se de todos os cuidados. Há meses vinham dando indícios de que Lula seria preso, mas isso só ocorreria quando as provas fossem consistentes, inquestionáveis. “Não podemos morder o Lula. Quando chegarmos nele, é para engolir”, diziam os investigadores, ilustrando a consciência de que, deixar brechas de contestação, seria não apenas implodir a Lava Jato, mas também desmoralizar as instituições responsáveis.
Hoje, a Lava Jato engoliu Lula e, com ele, o projeto de eternização do PT no poder. De uma forma simples e direta, há provas de que havia uma triangulação criminosa: o dinheiro saía da Petrobrás, passava pelas empreiteiras e parte dele ia para o ex-presidente em forma de pagamentos dissimulados de palestras, viagens pelo mundo, o sítio de Atibaia e o triplex do Guarujá. Lula, portanto, seria beneficiário dos desvios da maior companhia brasileira, hoje uma das maiores empresas mais endividadas do mundo. Sem falar na Operação Zelotes…
A condução coercitiva de Lula, a prisão do marqueteiro dele e de Dilma, a delação do ex-líder do governo sobre o envolvimento de Dilma na compra suspeitíssima da refinaria de Pasadena e na tentativa de manipular o Judiciário para soltar empreiteiros amigos… tudo isso configura um cerco a Lula e a Dilma que, apesar de dependerem visceralmente um do outro, entram na dolorosa fase do “salve-se quem puder” ou, de outra forma, “cada um por si”.
Como pano de fundo, a crise política e a economia. Por uma macabra coincidência, ou não, o resultado da economia em 2015 saiu no dia do vazamento da delação de Delcídio e na véspera da condução coercitiva de Lula e de seu filho. O Brasil teve uma recessão de 3,8% e ficou em 30º lugar entre 32 países pesquisados, só atrás da Venezuela, que quebrou, e da Ucrânia, que vem perdendo parte do seu território para a Rússia.
Tudo somado, Dilma está totalmente isolada em seus palácios, enquanto Lula se despe da roupagem do “Lulinha paz e amor” e conclama suas tropas para a guerra. A possibilidade de impeachment de Dilma é cada vez mais real e a próxima etapa de todo esse processo deve ocorrer nas ruas. Vêm aí as manifestações do dia 13 contra Dilma, Lula e o PT, mas, antes delas, já começam os confrontos. As bandeiras vermelhas, em minoria, vão tentar ganhar no grito — ou na pancadaria.
A máscara não caiu. Ela está sendo suprimida pela aplicação da lei. Ninguém burla a lei a vida toda. Os responsáveis por esta crise não estão acima das leis. O que estamos vendo é um grupo de servidores públicos fazendo uso da legislação competentemente para reprimir essa corrupção, essa apropriação indevida dos recursos públicos em benefício próprio. Justiça seja feita.
Os dois textos foram precisos e cirurgicos!
Quando o ‘rigor da lei ” e a “força da caneta “forem aplicadas sem distinção de “bandeiras “,estaremos à caminho da realização!
TENHO QUE RESOLVER UM PROBLEMA ,DA COLETIVIDADE,? ME INDICARAM EDUARDO CUNHA,NÃO VAI DAR ,TA SENDO CASSADO COMO PRESIDENTE DA CAMÂRA,HAA,VOU FALAR COM A PRESIDÊNCIA DO SENADO,,IIIII,VAI DAR NÃO !,RENAM CALHEIROS TÁ SENDO INVESTIGADO.ENTÃO VOU FALAR COM O GOVERNADOR,HUMM,TAMBEM TÁ SENDO INVESTIGADO,JÁ SEI VOU FALAR COM DILMA,ÈTA,TÃO PEDINDO O CARGO DELA POR INOPERÂNCIA,JÁ SEI QUEM VAI RESOLVER O LULA,MELHOR NÃO É FORMADOR DE QUADRILHA’ ACABOU COM A FOME DO PARTIDO,E TEUS COMPANHEIROS,IIIIIIII ,CAIU A FICHA 1 É FORMAÇÃO DE QUADRILHA,NUM TÔ VENDO O MENTOR SARNEY,O SÓCIO COLOR,ELES TÃO AONDE FHC?,,MORAL DA HISTÒRIA,,EM PAÍS QUE SE ENTREGA AO ROUBO UNIDO,O SOFRIMENTO SERÁ DE TODOS,POBRES OU RICOS. ‘QUAL A TUA RESPONSABILIDADE NO CAOS?
É UM PERIGO não só para o BRASIL,mais para AMERICA DO SUL ,,já que a esquerda é forte.
O QUE APONTA ,É UMA GUERRA CIVIL,NA CASSAÇÃO DO PRESIDENTE COLLOR,,A GRANDE MAIORIA QUERIA ,HOJE NO MANDATO DA DILMA A VÁRIOS PROS E MUITOS CONTRA,UM PERIGO PARA O ESTADO DE DIREITO,MUITOS PAÍSES EM QUE TEUS HABITANTES FOGEM PARA EUROPA COMEÇOU ASSIM.