Chicão ou Hirano
Primeiro foi o Núcleo de Organização Social (NOS), depois as prévias, depois a desistência dos áulicos — como bem lhes definiu em entrevista à Folha, o saudoso ex-governador Leonel Brizola (1922/2004) —, depois o conselhão. Agora eis que surge uma pesquisa para dar “precisão” à definição do candidato governista à sucessão da prefeita Rosinha Garotinho (PR). Para quem gosta de bater palma para maluco dançar, esse roteiro de ópera bufa é um prato cheio. Já para quem não vê graça na insanidade alheia, como esta coluna tem adiantado (aqui e aqui), são dois os nomes de fato: o vice-prefeito Dr. Chicão (PR) e o vereador Dr. Paulo Hirano (PR).
Chicão na pesquisa
Se o candidato fosse definido por pesquisa, ele seria (aqui) Chicão, desde a consulta do instituto Pro4, feita entre 8 e 10 de junho, com 620 eleitores das sete zonas eleitorais do município. Além de liderar (aqui) entre os pré-candidatos rosáceos na espontânea, o vice-prefeito foi o único, em cenário estimulado, a empatar na margem de erro com os três prefeitáveis de oposição que lideram a corrida: Caio Vianna (PDT) e os vereadores Tadeu Tô Contigo (PRB) e Rafael Diniz (PPS).
Rosinha nas pesquisas
Encomendada e divulgada homeopaticamente pela Folha, em suas edições dominicais de 12, 19 e 26 de junho, os números do Pro4 sobre a corrida à Prefeitura teriam sido muito semelhantes aos de uma pesquisa do instituto Precisão que, segundo fontes governistas, foi feita no mesmo período. Mas estes não foram divulgados tanto pelo dolo de não dar vantagem a Chicão, quanto por terem sido ainda mais catastróficos do que os do Pro4 (aqui), no que se refere à avaliação do governo Rosinha — fato depois referendado (aqui) pela pesquisa do instituto Pappel, feita entre 14 e 22 de junho, com 3.150 campistas das sete zonas eleitorais.
Dividir para reinar
Diante do impacto dos números favoráveis a Chicão, houve uma reação dos vereadores governistas. Estimulado por Edson Batista (PTB), presidente da Câmara e primeiro (aqui) a pular fora da disputa à Prefeitura, correu um documento (aqui) entre os edis rosáceos no sentido de pleitear que o candidato governista à sucessão de Rosinha fosse um vereador do PR. Se não há dúvida lógica de que o movimento foi feito (aqui) para beneficiar Hirano, pode existir alguma sobre quem deu a determinação a Edson? Ou de quem tem o prazer patológico de colocar seus seguidores uns contra os outros e depois posar de Salomão capaz de dividir a criança para reinar?
Mauro briga na vice
Há ainda o vereador Mauro Silva (PSDB). Mas ele só teria chance de encabeçar chapa se o governo lançasse duas candidaturas. Diante não só da liderança de Caio, Tô Contigo e Rafael, quanto dos 70,8% dos campistas que o Pro4 identificou dispostos a votar num candidato de oposição, “para que ele faça as mudanças que Campos precisa”, a vice na chapa única governista passou a ser a melhor aposta para Mauro. Neste sentido, suas fichas estão todas empilhadas no generoso tempo de propaganda do PSDB, imprescindível aos governistas, sobretudo numa campanha curta.
Caio “adoçou” João
Enquanto o governo não se decide entre Chicão ou Hirano, com ou sem Mauro na vice, os oposicionistas se movimentam. Bem perto de pegar (aqui, aqui e aqui) o PT e seu tempo de propaganda ainda mais generoso que do PSDB, Caio também está a um passo de consumar a aliança com o PSB, tendo o vereador Gil Vianna na sua vice. E o que é ainda melhor ao filho do ex-prefeito Arnaldo Vianna (PEN): sem perder o apoio do deputado estadual João Peixoto (PSDC). Após ensaiar (aqui) um “dá ou desço”, Peixoto revelou (aqui) ao jornalista Alexandre Bastos, em matéria na página 3 desta edição, que aceita ceder a vice de Caio a Gil e ainda assim caminhar com os dois na campanha.
Rafael e Rogério
Num encontro casual na ExpoAgro, foram vistos conversando Rafael e o ex-vereador e também pré-candidato a prefeito Rogério Matoso (PPL). Após um estranhamento em redes sociais, pelo qual se chegou a cogitar Matoso como candidatura de apoio aos rosáceos, o papo entre os dois fluiu muito bem, num momento em que Rafael parece ter perdido o vice, Gil, para Caio. À coluna, o ex-vereador reafirmou estar na briga pela Prefeitura, prometeu surpresas partidárias e deixou claro sua posição política nesta eleição: “Gosto muito de Chicão, Hirano e Mauro. Mas como pessoas. Politicamente, esse governo deles é indefensável”.
Publicado hoje (14) na Folha da Manhã
Quem é Matoso? Fez o que por Campos?
Acho que não será, nem Chicão, nem Hirano!!!
É que ambos são médicos e foram secretários de saúde desse governo desastroso dos Garotinhos e suas gestões só decepcionaram a sociedade campista, o que os torna vulneráveis às críticas da oposição. Se eles não foram capazes de libertar o nosso povo do caos que reina na área da saúde, quanto mais na totalidade dos serviços prestados pela prefeitura, ou por ela administrados.
Essa pergunta nobre colega Roberto deve ser feita a candidatura do Caio Vianna, o Rogério Mattoso bem ou mal enfrentou as urnas, foi eleito legitimamente a Vereador, dentro do legislativo foi eleito vice Presidente, volto a afirmar nada contra a pessoa física do Caio Vianna, mais politicamente falando, “brada os céus, brada os céus”!
Só para registrar eu apóio e voto no candidato do Governo Rosinha Garotinho, e pelo grupo liderado pelo ex Governador Garotinho.