Secretário de Rosinha com Rui Falcão
Na terça (19), o marido e secretário de Governo na prefeita Rosinha Garotinho (PR) se reuniu em Brasília com o presidente nacional do PT. Na mesa, o político da Lapa jogou o fato (aqui, aqui, aqui, aqui e aqui) de ter obrigado sua filha, a deputada federal Clarissa Garotinho (PR), mesmo grávida, a se ausentar na votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, cujo afastamento já tinha recebido (aqui) apoio público da parlamentar. E cobrou: quer o PT na coligação Frente Popular Progressista para eleger o candidato da situação a prefeito de Campos. Ironicamente, se aceitar, o PT será o 13º partido da aliança rosácea.
Caio, Rafael e propaganda
Falcão argumentou que a “paga” já havia sido dada. Mais precisamente com o empréstimo (aqui) de R$ 367 milhões concedido Caixa Econômica Federal no último dia de governo de Dilma — responsável, além de quebrar o Brasil, por empenhar as receitas de Campos até 2026. O secretário de Rosinha insistiu. Se não puder caminhar com o PR, reivindicou que o PT pelo menos confirme a pré-candidatura própria de Hélio Anomal a prefeito, impedindo (aqui e aqui) um pré-candidato de oposição com chances, como Caio Vianna (PDT) ou Rafael Diniz (PPS), de ficar com o generoso tempo de propaganda petista.
Impopular fiel da balança
Caio e Rafael estão (aqui) à frente nas intenções de voto de todos os candidatos governistas — incluindo os dois que disputam de verdade: o vice-prefeito Dr. Chicão Oliveira (PR) e vereador Paulo Hirano (PR). Na última pesquisa feito pelo instituto Pro4, se o candidato for Chicão, ele teria 8,4%, contra os 15,2% de Caio e os 11,3% de Rafael. Se for Hirano, ele teria 1,1%, contra 15,5% de Caio e 11,8% de Rafael. Numa campanha curta de 35 dias, entre 27 de agosto e 30 de setembro, o minuto de propangada eleitoral de TV à tarde e noite, mais oito spots de 30 segundos diários, transformam o impopular PT em fiel da balança — como esta coluna adiantou (aqui) desde o último dia 2.
Publicado hoje (21) na Folha da Manhã
O “favorzinho” que o PT devia a Garotinho pela abstenção da deputada Clarissa na votação do impeachment da Presidente Dilma já foi muito bem retribuído com a liberação do último empréstimo feito pela CAIXA ao Município (vale ressaltar que, dentre os municípios que recebem royalties do petróleo, só Campos conseguiu consumar a “venda do futuro”).
Exigir algo mais seria mais um devaneio, especialmente quando o PR atualmente compõe o governo golpista e integra a sua base aliada na Câmara dos Deputados.
De mais a mais, com que cara Garotinho poderia exigir uma aliança entre PT e PR em Campos, se o PR já se aliou ao PSDB, inclusive com grandes possibilidades de compor a mesma chapa? Seria muita cara de pau e demonstraria todo o seu desespero com o fortalecimento da oposição.