Somente ontem, pelo jornalista Alexandre Bastos, fui saber da manifestação do ex-prefeito Arnaldo Vianna (PEN) na qual, sem citar nomes, como Bastos frisou aqui, buscar responder ao artigo “Só Freud explica — Tragédia grega na novela política de Campos”, escrito por mim e publicado aqui.
Postado (aqui) em sua página no Facebook, no mesmo dia em que seu nome saía (aqui) em mais uma lista negra do Tribunal de Contas do Estado (TCE), lá mesmo o texto de Arnaldo mereceu comentários críticos às suas últimas atitudes políticas, ao decidir (aqui, aqui e aqui) apoiar a candidatura a prefeito do deputado estadual Geraldo Pudim (PMDB), em cuja convenção de lançamento fez (aqui) deselegantes observações públicas sobre a candidatura do próprio filho, Caio Vianna (PDT), ao mesmo cargo.
Já na timeline de Arnaldo, com palavras pouco lisonjeiras, foi como parece ter visto o comentarista Bruninho do Farol:
De qualquer maneira, intitulado “Não briguei com meu filho. Minha briga é contra os coronéis”, além de dar a dimensão de como a atitude de Arnaldo refletiu mal junto à população, seu texto parece também revelar um autor que transformou em carapuça o chapéu dos coronéis Odorico Paraguaçu, da série “O Bem Amado” (1980/84), e Afrânio de Sá Ribeiro, da novela atual “O Velho Chico” — lembrados pelo economista, analista político e articulista do jornal carioca “O Dia”, Wilson Diniz, que dialogou com meu artigo para fazer aqui suas próprias analogias com as figuras que dominam o cenário político goitacá.
Logo na abertura do seu texto, Diniz prevê o que de fato parece ter acontecido:
“O artigo do editor da Folha, ‘Só Freud explica’, deve ter surpreendido a classe política de Campos pela erudição como foi abordado.
“Tenho dúvidas, se uma classe política tão decadente das oligarquias mereça a abordagem que foi dada no artigo.
“Se merecem a abordagem do tema, tenho certeza que a maioria não conhece Freud e muito menos entendeu a abordagem”.
Do que o ex-prefeito parece realmente não ter entendido, mesmo diante de um texto montado também com referências de um grande vulto da área médica, como Sigmund Freud (1856/1939), o que claramente se entende da sua resposta é a tentativa talvez vã de passar do papel de algoz do filho ao de vítima da analogia dos seus atos com elementos da cultura universal.
Afinal, no entendimento popular, por mais que agora negue a “briga” com o filho, a imagem que ficou das palavras e atos de mais recentes de Arnaldo talvez tenha sido melhor resumida aqui, num comentário feito na democracia irrefreável das redes sociais, pelo advogado Rodrigo Bacellar:
— Brigou mesmo não… fez mto pior o traindo e virando as costas no momento em que mais precisava!!!!
Por fim, só em relação ao “jornalismo preguiçoso” citado por Arnaldo, com a mesma elegância que este reservou ao único filho, talvez fosse o caso de lembrar que, num país governado por Michel Temer (PMDB), o cúmulo da preguiça política seria se deitar numa cama e, só por isto, querer se levantar dela vice-prefeito de Campos.
Sabe Aluysio , é triste nesta história política a gente ver “morrer um ídolo”,dos poucos que tive,por fazer da política,um mal ao nosso coração…Os “iniciados” entenderão…
Agora a coisa já desceu a ladeira! A realidade é que Arnaldo causou uma enorme decepção, acho mesmo que ele comete neste momento o que podemos chamar de “suicídio político”.
Perdeu a chance de se reerguer e ao mesmo tempo projetar politicamente o filho, ao invés disso, escolheu a mesmice, optou pela manutenção da política decadente que atingiu Campos nestes últimos anos!
Triste fim de carreira!