Carol Poesia — Foi de chorar!

 

(Foto: Facebook de Potiara Lopes)

 

(Foto: Facebook de Potiara Lopes)

 

(Foto: Facebook de Potiara Lopes)

 

 

Felipe Ábido, o Bilibit, disse, há dois meses, que seria uma pequena roda de choro… Mas cerca de mil pessoas foram presenteadas com um show de altíssimo nível neste último sábado (dia 03).

Aconteceu, na Villa Maria, a segunda edição do Choro na Villa, que homenageou o singular compositor campista Juventino Maciel e reuniu ilustres convidados, como o músico Ricardo Maciel, bandolinista filho do compositor homenageado; o flautista Antônio Rocha, discípulo do grande Altamiro Carrilho; e Mailton Gonçalves, luthier, grande músico campista e integrante do grupo Reminiscências (décadas de60 e 70) — grupo esse que acompanhava o Juventino.

Felipe, com seu violão sete cordas, idealizador, diretor artístico e organizador do evento, integra o grupo Pé de Pitanga, que conta também com os músicos Vitor Vieira (bateria e percussão) e Joel Monção (cavaquinho). O grupo, que reuniu Rio e Bahia ao convidar a flautista Giselle Mascarenhase o acordeonista Marcone Cruz na primeira edição, conquistou o público ao homenagear os compositores Pixinguinha, Waldir Azevedo e Jacob do Bandolim, em abril. Incansáveis, emocionaram a todos, executando com brilhantismo as composições do conterrâneo Juventino Maciel, em junho.

Bilibit conta, emocionado, que existe uma conexão entre as edições do evento, uma vez que Juventino foi lançado no mercado fonográfico através da música “Cadência”, do LP “Vibrações” (1968), de Jacob do Bandolim; disco considerado pela crítica especializada como dos mais importantes da história do chorinho. Além disso, o homenageado foi amigo pessoal do grande Pixinguinha.

Pergunto a Felipe como foi a organização do evento. Ele, como músico excepcional, sincero e apaixonado, não responde à minha pergunta e me conta empolgado: “Ricardo utilizou, no show, o bandolim do próprio Juventino. E Antônio, não por acaso, tocou com o flautim do próprio Altamiro Carrilho. Ou seja, é uma tradição que está sendo passada de geração para geração”. E por falar em tradição, a centenária Lira Guarany fez uma maravilhosa intervenção surpresa, o que abrilhantou ainda mais a noite.

O organizador, além de músico, é estudante de mestrado em Cognição e Linguagem na Uenf, a quem agradece pelo apoio junto a demais parceiros. Seu estudo intitula-se “A formação da linguagem musical do chorão Juventino Maciel”. Seu talento, simplicidade e conhecimento podem, então, ser aguardados e desfrutados nas próximas edições do evento, que já é absoluto sucesso e marco importantíssimo para o cenário artístico-cultural de Campos.

 

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