“Bomba” era estalinho
No início dos anos 1990, o então vereador de oposição Geraldo Venâncio criou um apelido para Anthony Garotinho: galinha garnisé. O motivo? O político da Lapa tinha em comum com o galináceo o hábito de colocar ovos pequeninos, mas anunciando-os com cacarejar bem alto. Ontem não foi diferente. Anunciado por Garotinho (aqui) como uma “bomba”, a matéria exibida pelo programa SBT Rio requentou denúncias contra a operação Chequinho feitas pela delegada federal Carla de Melo Dolinski em novembro de 2016. Mas investigadas e arquivadas desde janeiro de 2018, a “bomba” teve em abril o efeito de estalinho. E de validade vencida.
Todas as denúncias
Por certo, as denúncias da delegada titular da Polícia Federal (PF) em Campos, à época da Chequinho, foram graves. Vão de prisões ilegais e coação de testemunhas, até elaboração de decisão judicial por um colega delegado — Paulo Cassiano Júnior, que esteve à frente das investigações da troca de Cheque Cidadão por voto, nas eleições municipais de 2016. E nem o fato de Carla Dolinski responder na Justiça Federal por peculato e falsidade de documento, além de improbidade administrativa, ou à Justiça Estadual por desobediência, além de enfrentar processo administrativo na Corregedoria da PF, invalidaria os seus questionamentos.
Denúncias superadas
Não por outro motivo, as denúncias da delegada foram devidamente investigadas pela Polícia Federal (PF) e pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), antes de serem arquivadas pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJ-RJ) em 15 de janeiro deste ano. Em sua sentença, o desembargador Carlos Santos de Oliveira deixou algumas coisas bem claras: 1) “xxxx declara que teria sido vítima de coação pelo delegado Paulo César Cassiano, aquela sentença também concluiu tratar-se de farsa”; e 2) “no tocante às declarações prestadas pela delegada Carla de Melo Dolinski, a suposta ‘parcialidade’ na condução das investigações (…) já restou superada”.
O motivo?
Mais adiante na sentença, o desembargador do TJ falou sobre o que, segundo se especula nos bastidores, poderia ter sido o estopim aos questionamentos da delegada, requentados por Garotinho mesmo após investigados e arquivados: “noticia-se nos autos que durante os desdobramentos do inquérito policial nº 23/2016, a Corregedoria de Polícia da PF avocou a referida inquisa. Contudo, a ordem foi desobedecida pela delegada mencionada, que relutou em devolver aquele expediente ao Juízo da 100ª Zona Eleitoral. Essa conduta gerou busca e apreensão em seu gabinete”.
“Total legalidade”
Traduzido do juridiquês: Carla Dolinski simplesmente se negou a devolver o inquérito da Chequinho ao juiz Glaucenir Oliveira. Ainda assim, ela afirmou no ofício nº 3138, datado de 9 de novembro de 2016 e endereçado ao magistrado de Campos: “Tenho acompanhado a operação e posso assegurar que todo o procedimento transcorre na total legalidade e regularidade”. Apenas doze dias depois, após ter que entregar o inquérito na marra, a delegada apresentou suas denúncias contra a Chequinho, em 21 de novembro daquele ano eleitoral.
Galo e terreiros
Nada disso foi tratado na matéria exibida no SBT Rio, ecoada localmente entre as ruínas do outrora poderoso grupo de comunicação de Garotinho. De fato, o critério jornalístico da reportagem se assemelhou ao das entrevistas de Roberto Cabrini, que abriram as portas do SBT ao político da Lapa. Ontem chegaram até a induzir o telespectador a pensar que a Chequinho e seus questionamentos arquivados tivessem algo a ver com a prisão do ex-governador na operação Caixa d’Água, da qual foi solto em decisão do ministro Gilmar Mendes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ouviram o galo cantar, mas erraram o terreiro.
Sombrio
O Brasil está a menos de seis meses das eleições e o cenário não é nada animador. Nas conversas entre os chamados formadores de opinião há sempre uma incógnita. Não se tem notícia de que um quadro pré-eleitoral foi tão confuso e embaralhado. Os principais nomes da disputa à presidência estão atolados com ações na Justiça. O jornal Folha de São Paulo aponta que dos 20 pré-candidatos, pelo menos 15 são responsáveis por 160 ações em tribunais do país. Lamentavelmente, é a partir desta triste realidade que o eleitor brasileiro terá que escolher seus candidatos.
Com o jornalista Paulo Renato Porto
Publicado hoje (01) na Folha da Manhã
Onde estava o TJRJ durante o vergonhoso assalto as cofres públicos da quadrilha comanda pelo do Sérgio Cabral e seu sucessor Pezão ?
As denúncias são graves e espero ansioso pelo posicionamento do TSE. Se isso for verdade, realmente a chapa vai esquentar.
Nem estalinho isso é !
Não passa de desespero de quem ta morrendo de medo de nao poder concorrer e assim nao se eleger e ter foro privilegiado… nada alem !
Mentira e mais mentiras com o intuito procrastinatorio falam por si só…
Esperneia pra todos os lados como fez quando da sua ida pra BANGÚ !
Um bandidao dos graúdos que até condenado como CHEFÃO DE QUADRILHA ARMADA JÁ FOI…
O POVO NÃO IRÁ DEIXAR ISSO ACONTECER NOVAMENTE…
FORA GAROTINHO, FORA JÁ !
QUEREMOS TE VER NA CADEIA, LUGAR DE ONDE VOCE NUNCA DEVERIA TER SAÍDO…
Quer dizer que a autora da denuncia é investigada por inúmeros crimes e além disso é amisissima de Rosinha ? Que mundo é esse… noticias plantadas !
Bolinhace fantosinha na cadeia já!
Uma pena este final para Família Garotinho politicamente !! Andei no pelo Rio de Janeiro e lá o nome dele é sinônimo de piada , descredito rejeição igual de Cabral !!!!
AGUARDEMOS…!!MUITO ENGRAÇADO,PESSOAS JULGAREM, CONDENAREM,SE A PRÓPRIA JUSTIÇA, PARA TANTO, REQUER PROVAS CONTUNDENTES…!! (trecho excluído pela moderação)
Não sei, não! Parece que este casal é mesmo inatingível! E o que podemos esperar, com os Ministros que temos? Cada dia mais eu perco a minha esperança e já não confio na Justiça.