Nossos vizinhos do norte dão ao político que está em decadência, perdendo poder e que, em razão disso, já não é muito respeitado e ocupa o cargo mas não tem influência na cena, o apelido de pato manco (lame duck).
A paralisação dos transportadores rodoviários nos evidencia uma série de verdades.
O país é refém do modal rodoviário e qualquer dificuldade referente a essa via de transporte gera enorme transtorno no já tenso gargalo logístico tão conhecido de nossos exportadores, notadamente os agroexportadores.
O brasileiro detesta política, mas ama o Estado. A solução mágica da caneta do executivo transfere ao ente abstrato, governo, o custo de benesses direcionadas a uma e outra categoria. Os mais organizados e poderosos acumulam benefícios, aos demais cabe a conta aplicada na forma de impostos, taxas e contribuições majoradas e coincidentes com ineficiência no que se espera de retorno como papel do Estado Moderno, prestador de serviços. Uma espécie de Estado condomínio.
O modelo político, presidencialismo de coalizão, brasileiro falhou. Essa espécie de semiparlamentarismo torna o executivo refém do legislativo e governos fracos acabam por se arrastar por meses a fio trazendo prejuízos incalculáveis a nação. Creio que melhor seria termos a aplicação de modelo parlamentarista com voto distrital misto, mas quem sabe que jabuticaba pode surgir aqui no futuro.
Passada a crise, é provável que o futuro repita o passado e uma vez mais continuemos a viver como se nada houvesse a ser corrigido. Em todos as esferas de governo (federal, estaduais e municipais) vivemos uma bela “safra de patos” a falta de representatividade é clara e as eleições que se aproximam não nos trazem grande alento.
Lá vai o pato, manca aqui, manca acolá. Lá vai o pato sem saber para onde irá!