Por conta do trabalho na cobertura da Copa da Rússia, ironicamente não pude assistir ao primeiro tempo de um dos confrontos que prometiam nesta primeira rodada: Croácia x Nigéria. Mas conferi o segundo tempo, quando aos 26 minutos foi ampliada a vitória croata para 2 a 0.
Não só por ter cobrado com muita categoria o pênalti bem marcado pelo árbitro brasileiro Sandro Meira Ricci, mas pela capacidade de ler e mudar o jogo, dá um grande prazer ver o meia Luka Modric jogar.
Como a seleção da Croácia depende mais dele do que o Real Madrid, no qual brilha em meio a tantas estrelas, Modric notou que a Nigéria pressionava pelo empate no segunto tempo, enquanto perdia de apenas 1 a 0. E, ato contínuo, ele saiu da meia cancha para se aproximar do seu ataque e equilibrar a presão africana.
O resultado? Com volume de jogo igualado, Modric cobrou o escanteio que gerou o pênalti, também batido por ele, bola para um lado, goleiro para o outro. Garantidos os três pontos, a Croácia fica em posição privilegiada no difícil Grupo D, com o empate de 1 a 1 (aqui) entre Argentina e Islândia.
Ao brasileiro com algum conhecimento de futebol, ver Modric em campo torna inevitável o questionamento: após décadas com pelo menos um meia criativo em cada time de primeira divisão do país, como e por que paramos de produzir jogadores como esse cerebral croata?
Primeiramente acho seu comentário raso e um pouco oportunista. Modric é um ótimo jogador, um dos melhores meias do mundo. Porém, se você pegar a “nova” safra no Brasil muitos jogadores têm esse perfil. Paquetá e Arthur são exemplos disso. Abraço!
Caro Romário,
Primeiramente, acho que não levar Arthur à Copa da Rússia foi um erro de Tite. Talvez seja o melhor jogador ainda em atividade no futebol brasileiro. Mas tentar nivelá-lo a Modric, e na mesma altura de Paquetá, só pode ser oportuno para se afogar no raso. Mesmo para um torcedor do Flamengo.
Abç e grato pela oportunidade da constatação!
Aluysio