Primeiro, Magno Malta (PR) preferiu disputar a reeleição ao Senado e dispensou compor a chapa de Jair Bolsonaro (PSL) a presidente.
Quem depois entrou na fila para vice de Bolsonaro foi a advogada Janaína Paschoal (PSL), uma das que formularam o pedido de impeachment de Dilma. Mas, no lançamento da candidatura presidencial de quem promete armar a população, foi Janaína quem disparou:
— Os seguidores, muitas vezes, do deputado Jair Bolsonaro têm uma ânsia de ouvir um discurso inteiramente uniformizado. Pessoas só são aceitas quando pensam exatamente as mesmas coisas. Reflitam se não estamos fazendo o PT ao contrário.
A crítica contundente da jurista foi endossada pelo general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), consultor da candidatura de Bolsonaro. Ele admitiu que “há um certo radicalismo nas ideias, até meio boçal” nos apoiadores do presidenciável.
Pelos fartos exemplos dados diariamente pelos eleitores de Bolsonaro nas redes sociais, os alertas companheiros de radicalismo e boçalidade são bastante pertinentes. A não ser, claro, que se confirme o nome do astronauta Marcos Pontes, novo cotado para ser o vice do presidenciável do PSL.
Com base na popular trilogia cinematográfica “MIB — Homens de Preto”, a explicação seria mais simples: às vezes, esse pessoal parece mesmo ter vindo de outro planeta.