Roda Viva ignora: se Ustra não é torturador, como prender Lula?

 

 

Muitas críticas foram feitas à conduta dos jornalistas que entrevistaram Bolsonaro no Roda Viva do final da noite de ontem. A maioria delas por quem acha que a emissão de opinião pessoal em redes sociais — aquelas que, para Umberto Eco, “deram voz aos imbecis” — serve como credencial de ombusdman. E quem não souber o significado da palavra de origem sueca, que busque a Wikipédia citada pelo apresentador do programa, Ricardo Lessa.

Quem pouco entende de jornalismo sequer percebeu que a melhor pergunta foi ofertada numa capital contradição do entrevistado. E, ainda assim, foi ignorada pela bancada de seis jornalistas: se no caso do falecido coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, mesmo condenado em segunda instância por tortura, Bolsonaro alegou que “ninguém poderá ser declarado culpado sem uma sentença transitado (sic) em julgado”, como manter Lula preso por uma condenação em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro?

 

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