Concluída agora há pouco a entrevista de Jair Bolsonaro (PSL), a GloboNews fechou o primeiro ciclo do programa “Central das Eleições” com os cinco presidenciáveis mais bem colocados nas pesquisas. Na segunda, foi Álvaro Dias (Podemos); na terça, Marina Silva (Rede); na quarta, Ciro Gomes (PDT); na quinta, Geraldo Alckmin; e Bolsonaro entre ontem e hoje.
Álvaro Dias foi o sabatinado mais prejudicado, por ser o primeiro, com a fórmula do programa ainda aparando as diferenças entre planejamento e prática. Os entrevistados mais consistentes foram, sem dúvida, Marina e Ciro, concorde-se ou não com as suas ideias. Alckmin foi talvez o mais equilibrado, mas a empolgação que gerou fez jus ao apelido “picolé de chuchu”.
Quanto a Bolsonaro, aos eleitores que o colocam em primeiro lugar nos cenários sem Lula, talvez não signifique nada dizer que foi o candidato mais frágil entre os cinco entrevistados. Mas, depois de hoje, é difícil acreditar que crescerá nos índices de intenção de voto que já atingiu nas pesquisas. Entre as mulheres, depois do que declarou ao vivo sobre feminicídio e diferenças salariais entre gêneros, deve ser impossível. Ainda assim, mantém razoável dianteira na briga por uma das duas vagas ao segundo turno.
Talvez com base no polêmico e popular Roda Viva com o ex-capitão do Exército, exibido na segunda, os jornalistas da GloboNews não cometeram os mesmos erros dos seus colegas na TV Cultura. No primeiro bloco, Bolsonaro não foi mal como no segundo e quarto. Mas foi no terceiro que suas limitações ficaram mais evidenciadas. Tão desnudas quanto seus pulsos, entre as duas mangas abertas da camisa a pontuar a atuação confusa.
O improviso do candidato chegou ao ponto dele ficar na dúvida sobre uma questão capital: a privatização da Petrobras. Embora tenha defendido a importância estratégica da estatal dilapidada pela corrupção nos 13 anos de governo PT, ele aparentemente definiu a questão num rompante de momento: se não abaixar o preço do diesel, será privatizada. Simples assim.
Como não há soluções simples para questões complexas, a GloboNews também se expôs ao embaraço público. No decorrer da entrevista, Bolsonaro não escondeu o prazer ao repetir de cor um trecho do editorial do falecido jornalista Roberto Marinho, em apoio ao golpe civil-militar de 1964. Já havia feito o mesmo no Roda Viva. Mas na emissora da família Marinho, obrigou a mediadora Miriam Leitão a balbuciar a resposta em um teleprompter tão lento quanto constrangedor.
Foi um ponto para Bolsonaro. Mas, se ele não se submeter rapidamente a um condicionamento mais rigoroso do que em seus tempos do Exército, terá dificuldade de ampliar suas intenções de voto para além dos já convertidos. A ver…
Texto perfeito. Análise impecável
Cara Emar,
Grato pela generosidade!
Bj!
Aluysio
A imprensa brasileira é100% comunistas, não sabem nem mentir, vergonhoso.
Caro Márcio Quitete,
Não é verdade. O Coelhinho da Páscoa tem feito freela só para quebrar esse demoníaco monopólio comuna da imprensa tupiniquim. Assim como o Papai Noel. Apesar de se vestir de vermelho, todos sabem se tratar de um porco capitalista… kkkkkkkk
Abç e grato pela diversão!
Aluysio
As suas opiniões não são as mesmas de milhões de eleitores, Está na cara que vocês quer denegrir a imagem dele Bolsonaro:
Vocês ficam com as opiniões de vocês e nós eleitores ficamos com a nossas!
Nós eleitores temos o direito e livre arbítrio em escolher os nossos candidatos sem a influência de vocês Mídia.
Caro Sergio Luiz de Souza,
Entre os eleitores que manifestam intenção de voto nas pesquisas, há por volta de 20% dos eleitores que pensam como vc. Assim como cerca 30% que ainda pensam votar em Lula. Como há 40% que ainda não se definiram. São estes que decidirão a eleição presidencial. Se vc e seu candidato não arrumarem argumentos melhores, como parecem incapazes de conseguir, a aritmética eleitoral revela que vale muito a pena inistir em interpretar os fatos à luz da razão.
Grato pela participação!
Aluysio