Quem perde, ganha e deveria aprender com a eleição do Senado

 

 

O que será Davi Alcolumbre na presidência do Senado? É difícil prever. Mas, a César o que é de César, foi uma vitória consistente do governo Jair Bolsonaro, sobretudo do seu principal articulador político: o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

Alcolumbre e Onyx são do DEM — ex-PFL, ex-PDS, ex-Arena dos militares na última ditadura brasileira (1964/1985). E a legenda agora controla o Senado e a Câmara Federal, com Rodrigo Maia, o que não é pouca coisa. Hoje, mesmo que o PSL tenha o presidente, o DEM desponta como o partido mais poderoso do Brasil.

Com a derrota de Renan Calheiros, além do próprio, perdem o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, seu colega ministro Gilmar Mendes, o PT e todos os presos e investigados na Lava Jato. Derrotar essa gente toda junta, também não é pouca coisa.

Ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro respirou mais aliviado com a definição na Câmara Alta da República. Fosse presidida novamente por Renan, ele seria o principal adversário do ex-juiz federal no pacote anticorrupção que este prepara para enviar ao Congresso.

Pelo menos no discurso de vitória, Alcolumbre foi sensato. Tentou baixar a temperatura que entrou em ebulição no polêmico processo da eleição do Senado. Ao se mostrar generoso na vitória, deveria servir de exemplo ao ressentimento ainda destilado por Bolsonaro e parte dos seus eleitores.

 

fb-share-icon0
Tweet 20
Pin Share20

Deixe um comentário