Agenda do governador Wiltzel adia RioAgro Coop de 17 para 23 de maio

 

Governador Wilson Witzel em visita à Folha da Manhã no período de campanha (Foto: Folha da Manhã)

 

 

A pedido do governador Wilson Witzel (PSC), que reiterou a vontade de estar presente no RioAgro Coop, o evento vai ser realizado no dia 23 de maio, no mesmo local, a Coagro, em Campos (RJ). No dia 17 de maio, data inicialmente marcada, o governador foi convocado para um encontro nacional em Salvador (BA), e pediu para que o RioAgro Coop, realizado pelo Sistema OCB-RJ e Coagro, e organizado pelo Fatore, pudesse considerar a mudança da data, em função da agenda pública consistente, composta por pautas como a do crédito e subsídio rurais, e a mudança da classificação climática regional para semi-árido.

O RioAgro Coop conta com apoio do Grupo Folha, e Inter TV. Abaixo, o vídeo promocional do evento:

 

 

Com informações da Fatore.

 

Rafael x Wladimir em restaurante e tomógrafo. Silvinho, Perfil e Igor na base

 

 

Rafael, Wladimir, Silvinho, Perfil, Igor e Jorginho (Montagem: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Ação e reação política

O governo Rafael Diniz (PPS) está certo ao não querer antecipar a disputa eleitoral. Mas após dois anos arrumando a casa, por conta de uma dívida de R$ 2,4 bilhões do governo Rosinha Garotinho (hoje Patri), foi o próprio prefeito que assumiu a candidatura à reeleição em 2020. Fez isso na mesma entrevista à Folha, publicada em 30 de dezembro, em que admitiu ser “a hora de avançar politicamente”. E, aos avanços políticos do governo, com Marcão Gomes (PR) no Desenvolvimento Humano e Social, Abdu Neme (PR) na Saúde e uma série de novidades administrativas, houve a reação dos que também pensam em disputar a eleição a prefeito.

 

Rafael x Wladimir

Reitor do Instituto Federal Fluminense (IFF), Jefferson Manhães Azevedo chegou a ser cogitado como prefeitável para 2020. Mas, em entrevista à Folha publicada (aqui) no último domingo (28), declinou da disputa, à qual apontou Rafael e o deputado Wladimir Garotinho (PSD) como pré-candidatos mais fortes. Não é preciso dirigir a maior instituição de ensino da região para projetar isso. Surpresas recentes da urna recomendem cautela, como a eleição do governador fluminense Wilson Witzel (PSC) e do mineiro Romeu Zema (Novo). Ainda assim, o prefeito e o herdeiro do clã Garotinho parecem ser a aposta mais lógica em Campos.

 

Restaurante Popular

Embora insista em não assumir sua pré-candidatura, Wladimir age como candidatíssimo. Com Garotinho e Rosinha inelegíveis até 2024, o filho usa o cacife político que restou à família junto ao novo governador Wilson Witzel (PSC). Nos bastidores, tenta dividir a paternidade de iniciativas importantes do governo Rafael. É o caso do Restaurante Popular. Ainda com pernóstico nome de Centro de Segurança Alimentar e Nutricional, Marcão prometeu reabri-lo até o fim do primeiro semestre. E já propôs à gestão Witzel a cessão do prédio estadual onde funcionou o antigo. Por sua vez, Wladimir tenta que governador o reabra por conta própria.

 

Tomógrafo do HFM

Essa disputa com os principais reforços políticos do governo Rafael, se dá também com Abdu. Através do contato deste com o secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, o município vai receber o tomógrafo móvel do Estado na próxima sexta, dia 3, para realização de exames no Hospital Ferreira Machado (HFM), cujo aparelho próprio está em manutenção. No vácuo do único tomógrafo público do município, os vereadores de oposição Eduardo Crespo (PR), Josiane Morumbi (PRP), Renatinho do Eldorado e Alonsimar (ambos do PTC) ser reuniram com Wladimir. Que pediu à secretaria estadual de Saúde o mesmo que Abdu.

 

Caio fora

Enquanto algumas disputas se antecipam, outras parecem ainda não deflagradas. Anunciada pela coluna no último domingo (28), a articulação do deputado estadual Rodrigo Bacellar (SD) com os vereadores governistas Igor Pereira (PSB), Marcelo Perfil (PHS) e Silvinho Martins (PRP), pelo apoio ao pré-candidato Caio Vianna (PDT), foi ontem negado pelos quatro primeiros. Os três edis admitiram afinidade com o parlamentar da Alerj, mas garantiram que não conversaram com ele sobre possibilidade de apoio político ao filho do ex-prefeito Arnaldo Vianna (MDB). A versão foi endossada pelo filho do ex-vereador Marcos Bacellar (PDT).

 

Base da base

Os três vereadores da situação indicaram que devem continuar com Rafael. Silvinho pareceu o mais convicto: “Caminhei dois anos e meio com Rafael. Por coerência, como poderia fazer diferente a seis meses da eleição?”. Por sua vez, Perfil disse: “Desde o momento em que eu entrei na base, minha tendência é caminhar com Rafael. Só não vou estar com ele, se o prefeito não quiser”. Aliado antigo dos Bacellar, Igor projetou para 2020: “Vereador da base caminha com o governo. Estou caminhando. Essa é a minha perspectiva”.

 

Luz, água e gás

Outro vereador governista, Jorginho Virgílio (PRP) ficou ainda mais próximo com a costura do deputado estadual João Peixoto (DC), a quem apoiou em 2018, com Rafael para 2020. O edil comemorou o parecer favorável da Procuradoria da Câmara e da Comissão de Constituição e Justiça sobre um projeto seu, que impede cobrança por estimativa de luz, água e gás. Nada mais justo que cada um pague exatamente o que consumiu no mês. Projetos neste sentido, por parte das câmaras municipais, tiveram sua constitucionalidade atestada em 2018 pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O de Jorginho será votado em 1º turno na sessão de hoje.

 

Publicado hoje na Folha da Manhã

 

Gil projeta 2020 na segunda e Quintanilha detalha transporte na terça

 

 

Numa cidade como Campos, na qual a maioria dos pré-candidatos a prefeito são egressos de uma tradição familiar na política, o deputado Gil Vianna (PSL) apresenta seu nome como uma exceção para 2020: “Eu não tenho berço político e, na minha família, não existe nenhum político, além de mim. Vejo que essa é a hora de mudarmos essa visão dentro do município”. Foi o que ele disse na manhã de hoje, quando foi o convidado do Folha no Ar, programa da Folha FM 98,3, sempre das 7h às 8h45 de segunda a sexta.

 

Gil Vianna na manhã desta segunda no Folha no Ar (Foto: Isaias Fernandes – Folha da Manhã)

 

O entrevistado também avaliou o governo Rafael Diniz (PPS). Entre a nota 6 dada (aqui) pelo presidente da Câmara de Campos, vereador Fred Machado (PPS), e a nota 7 ou 8 dada (aqui) pelo reitor do IFF, Jefferson Manhães de Azevedo, ambos em entrevistas à Folha, Gil ficou com a avaliação do primeiro. Mas observou que o prefeito vem fazendo um trabalho de recuperação financeira do município, após ter herdado R$ 2,4 bilhões em dívidas (aqui) da administração Rosinha Garotinho (hoje Patri). Incluída a “venda do futuro” de Campos feita pela então prefeita, contra a qual o hoje deputado votou contra quando era vereador.

Líder da bancada do PSL, maior da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Gil espera contar com o apoio da família Bolsonaro em sua pré-candidatura à Prefeitura de Campos. E disse acreditar que o presidente vai conseguir recuperar a popularidade perdida, segundo todas as pesquisas, nos primeiros meses de governo. Ele também esperar ter o apoio do governador Wilson Witzel (PSC) em 2020, que disputa nos bastidores com o deputado federal Wladimir Garotinho (PSD). Mas garantiu que concorrerá a prefeito independente disso.

 

Presidente do IMTT, Felipe Quintanilha, será o convidado do Folha no Ar da manhã desta terça (Foto: Folha da Manhã)

 

No início da manhã desta terça (30) o convidado do Folha no Ar será o presidente do Instituto Municipal de Transporte e Trânsito (IMTT), Felipe Quintanilha. Ele detalhará (aqui) o novo modelo de transporte público de Campos. Com previsão de início em maio, ele fará a integração entre ônibus na área central com vans e micro-ônibus, nos distritos. As lotadas também continuarão passando por rigorosa fiscalização. Segundo Quintanilha, o governo Rafael herdou 400 agindo livremente na cidade, e hoje seriam apenas entre 30 e 50. Para o presidente do IMTT, “o grande desafio será resgatar a credibilidade do sistema de transporte”.

Enquanto não chega a entrevista com Felipe Quintanilha nesta terça, confira nos quatro vídeos abaixo a íntegra do Folha no Ar desta desta segunda com Gil Vianna:

 

 

 

 

 

Entre muitos erros, mas também acertos, Lula volta à opinião pública

 

Lula na entresvista do dia 26 à Folha de São Paulo e ao El País (Reprodução)

 

Só hoje, com algum tempo, assisti à entrevista de Lula com os jornalistas Mônica Bergamo (Folha SP) e Florestan Fernandes Júnior (El País), gravada na última sexta (26). Para quem esperava que o ex-presidente estivesse mais humilde após mais de um ano preso na Superintendência da PF de Curitiba, ele exibiu a mesma megalomania de sempre.

Nem tanto por insistir da teoria conspiratória de que foi condenado e preso no caso do triplex do Guarujá por um conluio do promotor Dallagnol, do ex-juiz Moro, de três desembargadores do TRF-4, de cinco ministros do STJ e até do Departamento de Justiça dos EUA. Até porque talvez não lhe reste outra saída entre o delírio e a admissão de culpa, a aposta no primeiro era esperada. Nem que seja para ser balida pelos fieis que restaram.

Lula também insistiu em não fazer autocrítica pelos muitos erros e “mal feitos” do PT, nem pela escolha desastrosa de Dilma para sucedê-lo. E não teve constrangimento ao mais uma vez se ufanar como o “maior presidente da história desse país”. Também foi ácido com adversários políticos, como o também ex-presidente FHC, com quem cultiva uma relação recíproca de amor e ódio — que “se irmanam na fogueira das paixões” reduzida a cinzas pela ducha de água fria do bolsonarismo.

Sobre Ciro, não sem razão, o líder petista observou que o cearense nao sabe conviver com o contraditório. Mas exibiu o mesmo defeito ao ser demasiadamente cruel na avaliação da sua ex-ministra Marina Silva. Lula deixou escorrer pelo canto da boca a mesma bílis que ele e Dilma destilaram em 2014 contra a ex-petista, quando esta quase pôs fim à bipolaridade entre PT e PSDB na eleição presidencial daquele ano.

Lula também lembrou a falta à política nacional que fazem figuras como Ulysses Guimarães, Leonel Brizola e Miguel Arraes. E se nisso não falou nenhuma mentira, foi mais uma vez hipócrita ao não lembrar que foi ele quem entregou a cabeça da petista Marília Arraes (neta do velho Miguel) ao PSB de Pernambuco, só para isolar Ciro na última eleição presidencial.

Sobre política internacional, Lula também insistiu em velhos erros, personificados nos elogios à ressureta argentina Cristina Kirchner e ao falecido venezuelano Hugo Chávez. E disse ser vergonhoso o reconhecimento que o Brasil deu à liderança de Juan Guaidó na Venezuela de Nicolás Maduro, quando o mesmo foi feito pelo Parlamento da Europa. Pregou que a união dos governos do PT com países da América Latina e da África seria para reforçar posição no cenário internacional, não para exportar a rede de corrupção da Odebrecht.

Lula fez também duas análises corretas. Mas que condenam suas conclusões. Disse que é preciso “crediblidade” para liderar o país. E, pelo menos em curto prazo, é difícil crer que ele ou o PT voltem a tê-la para além dos convertidos. Observou também como mudou o perfil do trabalhador, desde que era liderança sindical nos anos 1980. Mas, mesmo assim, insistiu em pregar contra a necessidade de mudança nas regras das relações de trabalho, incluindo a reforma da Previdência.

Por outro lado, o ex-presidente foi preciso ao constatar que, com a ascensão de Jair Bolsonaro à presidência — e seus três filhos não eleitos ao cargo —, o Brasil passou a ser governado “por um bando de malucos”. Como também não errou ao sinalizar dois pesos e duas medidas, quando a Polícia Federal entra na casa de um ex-presidente, como fez na dele, mas não foi acionada para buscar Fabrício Queiroz, depois que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro ligado às milícias cariocas se negou a depor no MP sobre suspeitas de corrupção.

Com todos os seus erros, mas também por seus acertos, talvez não faça mal ter Lula de volta à opinião pública do país. Ainda que sua aguardada entrevista tenha dado muito menos repercussão que um tuíte de Bolsonaro sobre “golden shower” no carnaval.

 

Se ainda não viu, ou quiser rever, confira abaixo:

 

 

 

 

Folha no Ar traz Gil, Quintanilha, Seu Zé, Fátima Pacheco e Ricardo André

 

 

O Folha no Ar, de 7h às 8h45 na Folha FM 98,3, volta no início da manhã desta segunda (29), quando o entrevistado será o deputado estadual Gil Vianna. Líder da bancada do PSL na Alerj, ele falará também sobre sua pré-candidatura a prefeito de Campos em 2020.

 

Gil Vianna, Felipe Quintanilha, Seu Zé, Fátima Pacheco e Ricardo André Vasconcelos (Montagem: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

A programação terá continuidade na terça (30), quando o convidado será o presidente do Instituto Municipal de Transporte e Trânsito (IMTT), Felipe Quintanilha. Na quarta, 1ºde maio, dia do trabalhador, o entrevistado será José da Conceição Pereira Viana, o Seu Zé, garçom do gabinete do prefeito de Campos desde a última gestão Zezé Barbosa (1982/88). Na quinta (02), será a vez da prefeita da prefeita de outro município, Fátima Pacheco (Pode), de Quissamã. E, na sexta (03), o Folha no Ar fecha a rodada da semana com o jornalista e servidor federal Ricardo André Vasconcelos.

Enquanto Gil Vianna não abre a semana, você pode conferir abaixo os vídeos das duas últimas entrevistas do Folha no Ar. Na quinta (27), o convidado foi o jornalista e secretário de Governo Alexandre Bastos. E, na última sexta (28), o professor, poeta e dramaturgo Adriano Moura:

 

 

 

Arnaldo Vianna se coloca no jogo para prefeito de Campos em 2020

 

Ex-prefeito Arnaldo Vianna (Foto: Genilson Pessanha – Folha da Manhã)

Arnaldo Vianna (MDB) será candidato a prefeito de Campos em 2020? A pergunta foi lançada (aqui) pelo próprio ex-prefeito, que tirou certidão negativa de improbidade administrativa e inelegibilidade, além de duas certidões de nada consta em decisões condenatórias com trânsito em julga e em antecedentes criminais. Ele apresentou esses documentos no final da última semana. E disse que, na próxima, irá ao Rio se reunir com o diretório estadual do MDB. A pauta do encontro será a possibilidade de concorrer na próxima eleição municipal.

As certidões foram pedidas pelo advogado de Arnaldo, Antônio Carlos Dias Vieira, o Toninho. Há cerca de um ano, assumiu a assessoria jurídica do ex-prefeito. Procurado pela reportagem da Folha, ele admitiu não ter conhecimento completo de todos os processos do seu cliente, mas admitiu que seus antecessores deixaram “uma situação crítica”. Ainda assim, aposta na possibilidade da candidatura:

Certidões da Justiça que permitiram a Arnaldo se candidatar a prefeito em 2020 (Montagem: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

— Pela certidão negativa de improbidade e inelegibilidade, não vejo porque Arnaldo não possa concorrer a cargo público. Pode vir uma nova condenação? Pode! Mas caberá recurso.

Arnaldo já disputou duas eleições a prefeito com base em liminares da Justiça. Em 2008, quando foi o segundo mais votado a prefeito no primeiro turno, só conseguiu disputar o segundo por conta de nova liminar. Rosinha Garotinho (hoje Patri) chegou a fazer uma carreata da vitória, mas teve que adiar a comemoração até o turno final. Em 2012, novamente candidato à Prefeitura, Arnaldo ficou em terceiro lugar, atrás de Makhoul Moussallem (então no PT) e de Rosinha, que se reelegeu ainda no primeiro turno. O ex-prefeito sequer chegou a ter os votos contabilizados pela Justiça Eleitoral.

A eleição à Prefeitura de 2016 não contou com a participação direta de Arnaldo. Mas ele foi considerado fundamental no resultado das urnas. Enquanto seu filho único, Caio Vianna (PDT) ostentava o apoio do pai, chegou a liderar (aqui) a série histórica de pesquisas do instituto Pró-4. Mas por conta de divergência internas, o ex-prefeito acabou sendo obrigado a sair do PDT e, depois, até do nanico PEN, antes de ir ao MDB e oficializar (aqui) seu apoio a Geraldo Pudim (MDB). Nos bastidores, comentava-se que os polos da disputa, misturando família e política, eram a ex-veredora Ilsan Vianna (PDT), mãe de Caio e ex-mulher de Arnaldo, e a atual esposa deste, a psicóloga Edilene Vianna (MDB).

Se não conseguiu transferir sua popularidade a Pudim, Arnaldo feriu de morte a candidatura do filho em 2016, que desidratou até terminar o pleito em terceiro lugar. Antes, Caio fez um acordo por baixo dos panos com o ex-governador Anthony Garotinho (hoje sem partido), na tentativa de forçar o segundo turno. No último debate antes das urnas, na InterTV, o filho do ex-prefeito fez clara dobrada com o candidato garotista Dr. Chicão (PR). Mas ambos foram batidos ainda no primeiro turno por Rafael Diniz (PPS), que venceu em todas as zonas eleitorais do município.

Consumado o pleito a prefeito, Garotinho passou a apostar publicamente na realização de uma nova eleição. E Caio se animou com a possibilidade de disputá-la com o apoio do ex-governador, com quem se reuniu (aqui) várias vezes no Rio, no prédio do “Palavra de Paz”, que era monitorado pela Polícia Federal. Após Garotinho ser condenado e preso na operação Chequinho, o filho de Arnaldo se mudou de Campos. Voltou a residir no município só para disputar a eleição a deputado federal em 2018. Mas voltou a perder e se mudou mais uma vez da cidade que sonha governar, onde só voltou a residir há pouco mais de um mês.

Em 2019, após ter sugerido (aqui) que Caio tivesse uma mulher como vice em sua chapa a prefeito, e de ter criticado publicamente (aqui) o fato do filho só aparecer em Campos nos períodos pré-eleitorais, o ex-prefeito passou a ter o apoio ostentado pelo jovem pedetista, em fotografias nas redes sociais. Ao lançar a possibilidade de voltar a concorrer à Prefeitura em 2020, Arnaldo descartou a possibilidade de disputá-la contra o filho:

— Temos um acordo. Se eu me candidatar, Caio me apoiará. Se eu não vier, apoio ele. Não dá para nós dois concorrermos juntos.

 

Página 3 da edição de hoje (28) da Folha da Manhã

 

Publicado hoje (28) na Folha da Manhã

 

Bastidores da eleição a prefeito em 2020 revelados nas redes sociais

 

 

No dia 9, mesmo em que Arnaldo Vianna ofereceu publicamente seu apoio ao filho, Caio preferiu posar com Rodrigo Bacellar (Foto: Reprodução)

 

Bastidores de 2020 (I)

Em entrevista publicada na Folha em 22 de dezembro, pouco antes de assumir como deputado estadual, o advogado Rodrigo Bacellar (SD) se colocou como pré-candidato a prefeito em 2020. No entanto, desde que foi postada nas redes sociais uma foto sua (aqui) com o filho do ex-prefeito Arnaldo Vianna (MDB), Caio Vianna (PDT), a pré-candidatura deste a prefeito passou a ser o eixo das ações de Rodrigo. Foi no dia 9 deste mês. E, a partir dali, o deputado já se reuniu com os vereadores Igor Pereira (PSB), Silvinho Martins (PRP) e Marcelo Perfil (PHS). A pauta foi o apoio desses vereadores, da base governista do prefeito Rafael Diniz (PPS), para Caio em 2020.

 

Vereadores governistas Igor Pereira, Silvinho e Marcelo Perfil foram sondados por Rodrigo para apoiar Caio (Montagem: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

Bastidores de 2020 (II)

Há vários aspectos a serem encarados nessa movimentação. A foto de Rodrigo e Caio, por exemplo, foi uma resposta direta do segundo ao seu pai. Na manhã do mesmo dia 9, Arnaldo tinha dado uma entrevista (aqui) ao programa Folha no Ar, da Folha FM 98,3, dizendo que, para ter seu apoio, bastaria o filho procurá-lo. Curioso, mas talvez não por coincidência, no mesmo dia o ex-vereador Marcos Bacellar (PDT), pai de Rodrigo, publicou nas redes sociais uma foto com o secretário de Educação de Rafael, Brand Arenari. O recado público pareceu claro: Marcos, assim como seu outro filho Nelsinho, ficavam com o governo, enquanto Rodrigo apoia Caio.

 

No mesmo dia da foto do filho Rodrigo com Caio, Marcos Bacelar publicou nas redes sociais uma foto sua com Brand Arenari (Foto: Reprodução)

 

Bastidores de 2020 (III)

Duas outras entrevistas no Folha no Ar revelaram outros aspectos dessas movimentações. Em 3 de abril, o presidente da Câmara Fred Machado (PPS) avisou (aqui): estaria atento aos edis governistas que pretendessem “costear o alambrado” na eleição a prefeito. Aparentemente, Igor, Silvinho e Perfil pagaram para ver. A outra entrevista da Folha FM foi do secretário de Governo Alexandre Bastos. Na última quinta (25), ele respondeu (aqui) com veemência às críticas do deputado federal Wladimir Garotinho (PSD) a Rafael. Mas foi complacente com as de Rodrigo, que disse à Folha (aqui) em dezembro: “o governo precisa querer ser ajudado e assumir suas falhas”.

 

No dia 2, Rodrigo propôs aliança com João e Gil para 2020, mas esqueceu de contar que seria também com Caio (Foto: Reprodução)

 

Bastidores de 2020 (IV)

Rafael não quer antecipar confrontos. E tem razão para agir assim. Rodrigo Bacellar flertou (aqui) com os colegas de Alerj João Peixoto (DC) e Gil Vianna (PSL), mas não combinou com eles que sua aliança envolveria também Caio. João já estava em conversa com o governo para 2020. Já Gil reafirma sua pré-candidatura a prefeito e não tem vontade de bisar a experiência de 2016, quando foi vice do filho de Arnaldo. Após fechar com João, é bem provável que o novo alvo da costura governista seja Rodrigo. Que tenta surfar na sua proximidade com o presidente da Alerj, André Ceciliano (PT), enquanto pode estar usando Caio só para valorizar seu passe. A ver.

 

Publicado hoje (28) na Folha da Manhã

 

Arnaldo Vianna levanta possibilidade de concorrer a prefeito em 2020

 

(Foto: Genilson Pessanha – Folha da Manhã)

 

 

O médico Arnaldo Vianna (MDB) é pré-candidato a eleição municipal de Campos em 2020? A possibilidade foi levantada pelo próprio ex-prefeito, que enviou ao blog uma cópia e sua certidão negativa de improbidade administrativa e inelegibilidade.

 

Certidão negativa de Arnaldo por improbidade administrativa e inelegibilidade, cujo número do CPF foi checado (Reprodução)

 

Com vários problemas na Justiça, que trouxeram problemas na contabilização oficial de seus votos nas eleições a prefeito de 2008 e 2012, Arnaldo agora está assessorado pelo advogado Antônio Carlos Dias Vieira, o Toninho. Ele disse acreditar que, juridicamente, o ex-prefeito pode voltar a se candidatar.

Arnaldo disse que vai na próxima semana ao Rio de Janeiro, onde irá se reunir com a direção nacional do MDB para avaliar a possibilidade de concorrer a prefeito de Campos. Se decidir se candidatar, ele garantiu que terá o apoio do filho, o também pré-candidato Caio Vianna (PDT):

— Temos um acordo. Se eu me candidatar, ele me apoiará. Se eu não vier, apoio ele. Não dá para nós dois concorrermos juntos.

 

Leia a reportagem completa na edição deste domingo (28) da Folha da Manhã