Dois deputados federais de Campos, embora Clarissa Garotinho (Pros) esteja radicada há anos na cidade do Rio, ela e seu irmão Wladimir Garotinho (PSD) votaram contra o texto base da Reforma da Previdência do governo Jair Bolsonaro (PSL). O voto contrário de Clarissa já tinha sido anunciado. A novidade do dia, além de Wladimir também ter votado contra a Reforma da Previdência, é que sua irmã conseguiu uma vaga na comissão especial da Câmara Federal que vai analisar a grande reforma seguinte do país: a tributária.
A filha dos ex-governadores Anthony (sem partido) e Rosinha Garotinho (Patri) comentou sobre a atuação que terá na Reforma Tributária e justificou seu voto contra a Reforma da Previdência:
— É uma grande responsabilidade poder atuar na comissão especial que vai analisar a PEC 045/19 sobre a Reforma Tributária, que é urgente, necessária e vai unificar o país. No Brasil gastamos cerca de 2 mil horas só para calcular e pagar impostos. Precisamos mudar essa realidade, trabalhar para a simplificação dos impostos eredistribuir melhor as receitas tributárias. Com relação a Reforma da Previdência, mesmo compreendendo que o modelo atual tem de sofrer alterações, não posso ser favorável a uma Reforma que, em vários pontos, praticamente impedem o acesso do brasileiro à Previdência. A economia de quase R$ 1 trilhão anunciada será feita praticamente em cima dos mais pobres. Ela vem do Regime Geral, onde 80% das pessoas ganham apenas 1 salário mínimo e da assistência social, que garante atendimento a pessoas em situação de pobreza extrema.
Wladimir, que várias vezes defendeu a necessidade da Reforma da Previdência, também justificou seu voto contrário ao projeto do ministro da Economia Paulo Guedes, mesmo em oposição à orientação à bancada do seu partido:
— Aguardei até o último momento as alterações no texto-base da comissão especial. E decidi votar contra, mesmo com meu partido tendo fechado questão favorável. Não há dúvidas de que uma Reforma da Previdência é necessária, mas, infelizmente, a proposta está muito aquém do que seria razoável para o Brasil. Por mais que se defenda que a Reforma atinge as parcelas mais ricas da população, a realidade é que o texto que estamos votando trata de forma injusta os trabalhadores, os professores, os aposentados e as pensionistas. Na votação dos destaques em plenário, vou analisar um a um e esperar, com os destaques, corrigir o que está equivocado no texto-base.
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Parabéns Clarissa e Wladimir por ter votado contra a reforma, o Brasil é um pais que tem muitas riquezas só quem usufrui delas são os mais ricos.