Rodrigo Bacellar dispara contra Wladimir, que flerta com o PSC de Wilson Witzel

 

Rodrigo Bacellar e Wladmir Garotinho diante do mesmo microfone do Folha no Ar (Montagem: Eliabe de Souza, o Cássio Jr.)

 

 

Por Aldir Sales e Aluysio Abreu Barbosa

 

A pouco mais de mais de 14 meses da eleição municipal de 2020, o clima esquenta. E rearruma o tabuleiro político da planície, com movimentos articulados também na capital do Estado. Partido do governador Wilson Witzel, o PSC pensa em lançar nome próprio a prefeito em Campos. Mas não descarta a possibilidade de apoiar a pré-candidatura do deputado federal Wladimir Garotinho (PSD), que tem entre os principais aliados o deputado estadual Bruno Dauaire, líder do PSC na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Enquanto isso, o também deputado estadual Rodrigo Bacellar (SD) ontem reagiu com força às críticas que recebeu (aqui) do deputado federal Wladimir Garotinho (PSD) na última segunda (22), durante entrevista ao vivo no programa Folha no Ar, da Folha FM 98,3:

— Não entendo como o Grupo Folha da Manhã dá crédito a esse menino, cuja história familiar é marcada por escândalos, corrupção, traições e que ainda insiste em se apresentar como candidato a prefeito, mesmo depois de Rosinha ter quebrado a Prefeitura.

No programa líder de audiência entre as rádios da cidade e região, Wladimir afirmou que Rodrigo, também pré-candidato a prefeito de Campos, vai apoiar Caio Vianna (PDT). E que estaria tentando “limpar” a situação do pai, o ex-vereador Marcos Bacellar (PDT), para que este seja o vice em 2020 na chapa encabeçada pelo filho do ex-prefeito Arnaldo Vianna (MDB). Ao seu estilo, Rodrigo disparou:

— Como sempre, (Wladimir) usando as velhas táticas que aprendeu com seu pai de espalhar factoides. Ele insiste em citar meu nome, talvez incomodado com os rumos que estão acenando para a eleição do ano vem, em especial a sua enorme rejeição em todas as camadas da população.  Deveria se preocupar em trabalhar em Brasília e sair um pouco aqui da Alerj, onde está desesperadamente correndo atrás de apoio para tentar voltar à época da “mamata” que ele tinha quando a mãe era prefeita.

Ao contrário do que Wladimir afirmou e circula abertamente nos bastidores da política goitacá, Rodrigo garantiu não ter descartado sua própria pré-candidatura à Prefeitura, para apoiar Caio. Ele disse que mantém diálogo também com Gil Vianna (PSL) e o prefeito Rafael Diniz (PPS):

— Meu nome está sim sendo ventilado para eleição a prefeito. E a cada dia venho considerando a possibilidade. Mas sem esquecer o respeito e a boa relação com Gil Vianna (também deputado estadual e pré-candidato a prefeito), com Caio e, inclusive, com o próprio Rafael, coisa que a família dele e ele (Wladimir) e ele não conseguem ter com ninguém. Afirmo que adversário não é inimigo, uma frase simples que a família Garotinho desconhece, dado os tantos inimigos que acumularam e traíram ao longo dos anos.

 

 

PSC pode definir apoio de Witzel e empresariado de Campos

Ao contrário das palavras de Rodrigo Bacellar sobre a suposta falta de capacidade de agregar dos Garotinho, Wladimir parece estar entre as opções do PSC na disputa pela Prefeitura de Campos em 2020. Nomes como o do empresário Marcelo Mérida (PSD), ex-secretário municipal no governo Rosinha Garotinho (hoje, Patri) e candidato a deputado federal em 2018, estão em conversação com a legenda. Mas se dependesse do líder do partido do governador Wilson Witzel na Alerj, não haveria dúvida:

— Se Wladimir foi candidato a prefeito em 2020, não existe possibilidade de eu não apoiá-lo — reafirmou ontem o deputado estadual Bruno Dauaire.

Presidente do partido em Campos, o pastor Marcos Elias disse que “é importantíssimo participarmos do processo eleitoral de Campos com candidatura própria na majoritária”. Mas não descartou o diálogo com outros possíveis candidatos a prefeito, como endossam algumas fotos suas com Wladimir nas redes sociais.

Nesta sexta (25), haverá um encontro na sede do PSC no Rio, entre suas lideranças. O próprio governador Witzel deve estar presente, assim como Bruno, Marcos Elias e o presidente estadual do partido, o advogado Alessandro Martelo. Apesar deste ontem falar que será uma reunião de rotina, a eleição a prefeito de Campos em 2020 estará na pauta. Martelo disse que será “um freio de arrumação”.

Quem parece cada vez mais distante do partido é o vereador Genásio. Líder do governo Rafael Diniz na Câmara de Campos, ontem ele reafirmou seu compromisso com a tentativa de reeleição do prefeito. Mas ressaltou que vem mantendo conversas com Marcos Elias. Procurado pela reportagem da Folha, Marcelo Mérida não retornou as tentativas de contato.

 

Página 2 da edição de hoje (24) da Folha

 

Publicado hoje (24) na Folha da Manhã

 

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Este post tem um comentário

  1. Cricio Mnhães Pinto

    CONCLUSÃO TEATRAL DOS CANDIDATOS PREFEITURA CAMPOS/RJ: NINGUÉM SE COMPROMETE A FAZER NADA PROGRESSO CAMPOS/RJ ????
    AQUI NO MEU ENTENDER O PRINCIPAL É: CARGO MAIS COBNIÇADO NA PREFEITURA E PRONTO!!! O RESTANTE QUE SE DANE?

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